VERSOS COLHIDOS NO FACEBOOCK
No meu
jardim de ilusões
Colhi espinhos e flores...
Reguei as belas roseiras
Com o pranto dos dissabores
Depois que a erva daninha
Matou a
rosa rainha
Ouvinte das minhas dores.
Lima Júnior
Como são cheias de glórias
As fruteiras do pomar
Confidentes das histórias
Que o beija-flor vem contar
Manoel Filó
Guardo no
cofre da mente
Fotos de cenas vividas,
De muitos beijos roubados
tantas paixões proibidas,
o tempo
borrou imagens
me enganando com miragens
de ilusões coloridas.
(Pedro
Fernandes)
O passado se reflete
Nas curvas da minha vida
Contrariando os caminhos
Que levam pra despedida
A contramão é severa
E o amor se desespera
No momento da partida
Joel Junior
Hoje
eu queria somente
Ter a tua companhia,
Contar no céu as estrelas
Sentir da noite a magia
No agasalhar do abraço
Sepultar
pranto e cansaço
Que a tua ausência trazia
Lima Júnior
Com
o mesmo objetivo
Duas direções se vê
E quanto mais nós andamos
Mais longe estamos por quê
Está faltando um atalho
Que
sirva de quebra galho
Pra que eu encontre você.
Lima Júnior
Sinto um aperto no
peito
Que me toma por completo
O pensamento inquieto
Me deixando assim de um jeito
As vezes insatisfeito
Pois fico pela metade
Quando isso me invade
Sei que todo mundo tem
Pois creio que não convém
Viver sem sentir saudade
(Didi Menezes)
COM A MORTE DE
PINTO FOI EMBORA
A BELEZA POÉTICA DO SERTÃO
"Pois a morte de Pinto com certeza
Nos deixou uma vaga impreenchível
E
arrumar outro igual é impossível
Pra cantar o nordeste a natureza
Litoral, o sertão e a tristeza
E os nuance da nossa região
Os segredos que tem o coração
E este mundo de fauna, céu e flora
Com a morte de Pinto foi embora
A beleza poética do sertão.
Com a morte do gênio cantador
O nordeste -coitado- ficou triste
Somente a saudade é que existe
Por lembrar este homem de valor
Para mim verdadeiro professor
De quem teve essa mesma profissão
Eu não vejo a substituição
Se tiver, eu não vi até agora
Com a morte de Pinto foi embora
A beleza poética do sertão."
PRENÚNCIO DE TROVOADA
Quando o tempo se fecha, o céu nublado
É sinal que vem chuva pra o sertão.
(Mote de Júnior Adelino/PB)
Quando vejo no canto do terreiro
As formigas inquietas caminhando
Parecendo operários carregando
Vários sacos de cimento pra o canteiro
Sinto o vento balançando o marmeleiro
Escrevendo suas marcas pelo chão
O roceiro deixa a lata no oitão
Recolhendo o que desce do telhado
Quando o tempo se fecha, o céu nublado
É sinal que vem chuva pra o sertão.
As ovelhas que pastavam mais distante
Aproximam-se da porteira do curral
Numa árvore gorjeia o cardeal
Sob ela repousa um ruminante
Bem na beira da estrada um viajante
Pede abrigo na primeira habitação
Uma velha solicita proteção
Pelas contas do rosário desbotado
Quando o tempo se fecha, o céu nublado
É sinal que vem chuva pra o sertão.
Glosas: Wellington Vicente
Porto Velho, 03 de agosto de 2012.