JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

sexta-feira, 2 de maio de 2008

VERSOS DIVERSOS

NO LUGAR DO ENGENHO HOJE SÓ RESTA
OS ESCOMBROS DE DOR E DE SAUDADE (Joel Gomes)

Quando vou no meu sítio passear
Eu recordo os meus tempos de infância
No meu peito a bater com inconstância
A saudade d’àquele meu lugar
Eu recordo os meus bois sempre a rodar
Vinha gente do campo e da cidade
Tinha gente de tudo que era idade
A moagem pra gente era uma festa
No lugar do engenho hoje só resta
Os escombros de dor e de saudade

O aroma gostoso da fervura
Da garapa, a ponto de aprontar
A rapadura, a melhor do meu lugar
Começava quando a noite “inda” era escura
De manhã se comia rapadura,
Alfinim, muito queijo e, à vontade
As mulheres do campo com vaidade
Paquerando uns garotos pel’uma fresta
No lugar do engenho hoje só resta
Os escombros de dor e de saudade

Boi Craúna e Estrela era os meus
Preferidos pra lida do sertão
Nunca ouve um trabalho que eles não
Enfrentassem com a força de um deus
Sempre foram lembrados pelos seus
Bons trabalhos e pela lealdade
Desses dois resta a marca da verdade
Que o engenho até hoje lhes empresta
No lugar do engenho hoje só resta
Os escombros de dor e de saudade
(Josa Rabelo)

Vendo a foto da rosa que a mãe de Taisa Marcolino plantou próximo à janela do seu quarto...

....A Rosa perto do quarto
Grande "responsa" assume
Estando ao lado de ti
Tem a essência do lume
Expressa encanto e nobreza
É a própria realeza
Tem mais beleza e perfume
mais um pé-quebrado do amigo,
Josa Rabêlo

HOMENAGEM AO PROF. E ADVOGADO JOSÉ RABÊLO

Homenagem do poeta Dedé Monteiro ao Professor e Advogado José Rabêlo de Vasconcelos

Quem passou pela vida em brancas nuvens
E em plácido repouso adormeceu
Quem sentiu o fio da desgraça
Quem passou pela vida e não temeu
Foi espectro de homem, não foi homem
Só passou pela e não viveu


Mas tu ,Rabelo,tu viveste tanto,
Fizeste tanto, tanto te doaste,
Que, mesmo em vista de algum desencanto,
Seguiste em frente, não te acovardaste.

Vestindo toga de demônio e santo,
No mais terrível divinal contraste
Foste guerreiro do riso e do pranto
Todas as lutas sem temor lutaste

Se a poesia perde uma menestrel
Perde o direito um gênio bacharel
E o magistério um mestre sem igual.

Enquanto a gente sofre, chora e sente,
O céu gargalha sobre a dor da gente
Por que recebe um santo genial.
(Dedé Monteiro)