JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

POETA HENRIQUE BRANDÃO

ENCONTROS E DESENCONTROS


Quando o brilho do olhar vestiu-se em luto  
Uma lágrima rolou por minha face
Já não tenho sequer um atributo
Pra o fim que se deu no nosso enlace
Apaguei da memoria os seus gemidos
E também meus olhares atrevidos
Quando às vezes você se aproximava
Eu não sei em qual ponto do trajeto
Nós perdemos assim, tão por completo.
Esse amor que a gente cultivava.

Eu perdi a mulher que eu tanto amava
A mulher que eu amava me perdeu
Essa perda eu nunca imaginava
Não sei quem perdeu mais, se ela ou eu.
Só ficou seu perfume pela casa
A saudade queimando feito brasa
O orgulho tampando nossas vistas
Toda noite me vem à recaída
A angústia com a cama é dividida
Essa dor que é perversa e egoísta.

Me tornei esse ser tão pessimista
Orgulhoso, medroso e vulnerável.
E por mais que meu coração insista
Eu sequer voltarei a ser amável
Me contaram que ela às vezes chora
Do seu peito, tentou arrancar fora.
Esse amor que ela tem, mas foi em vão.
Eu também já pensei em esquecê-la
Mas não posso viver sem minha estrela
Desse jeito, o culpado é o coração.

Mergulhado num mar de solidão
Velejando no barco da saudade
Dois amantes sofrendo sem razão
Só por causa de orgulho e vaidade
Decidi, vou tomar uma atitude.
Sendo assim, pode ser que ela mude.
E me aceite de volta novamente
Esquecendo as besteiras do passado
E vivendo de novo lado a lado
Com certeza será bem diferente.

-Henrique Brandão-
(Serra Talhada - 18/02/2013)