JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

domingo, 9 de junho de 2013

POETA DA SEMANA

FANTASMA DA VELHICE

Você tá vendo esse velho
Do cabelo embranquecido
Os olhos quase fechados
O semblante entristecido
Respeite-o seja educado
Que é um prédio do passado
Que está pra ser demolido

Estou Velho e esquecido
Da soberba humanidade
Não posso alcançar o trote
Da fogosa mocidade
Tenho em meu interior
Quadros pintado de amor, 
Mágoa, tristeza e saudade

Quem me ver tenha a bondade
Passe, não estacione
Que sou um obcecado
Atingido do ciclone
Por favor não  e se atreva
Não pergunte nem escreva
Não chame, nem telefone.

Quero que o mudo ressone
Esquecido do meu eu
O meu tempo já passou
O meu prazo se venceu
O prédio trincou a base
Estou terminando a fase
Da vida que Deus me deu

A velhice me envolveu
Com um manto transparente
Quando olho no espelho
Me sinto tão diferente
Que passo a mão no meu rosto
Só pra ver se tenho o gosto
De ter outro em minha frente

É verdade, infelizmente,
Tudo quanto eu observo
Cabisbaixo e pensativo
Humilhado eu me reservo
Buscando um lugar oculto
Aonde escondo meu vulto
E as mágoas que conservo

Da tristeza sou um servo
Na minha choupana tosca
A velhice me alvejou
Acertou mesmo na mosca
Ferido e cambaleando
Eu sinto a vida chegado
No último fio da rosca

Na minha choupana tosca
Ninguém faz uma visita
Que a mocidade não gosta
Da casa que o velho habita
Fogem da minha guarida
Transformando a minha vida
Cada vez mais esquecida

O meu personagem grita
Pedindo mais assistência
O meu sistema nervoso
Faz a sua interferência
Mas o tempo esse impostor
É o único causador
Dessa minha decadência

Durante a minha existência
Lutei para para não perder
Minha doce mocidade
Comecei envelhecer
E o pintor da deformagem
Me pôs essa maquiagem
De ser palhaço sem ser

Acho que devia ter
Direito a uma reforma
Mais lembrança, mais potência
Meu corpo ficar em forma 
Que essa tal decadência
É obra da providência
Mas ninguém não se conforma

Pergunto ninguém informa
Como foi que conseguiram?
Tudo quanto eu achei bom
Recolheram e consumiram
Eu fiquei só com o fardo
Do sentimento que guardo
De um bem que me destruíram

Os meus meus colegas fugiram
Como se foi minha infância,
Ficaram longe de mim
Não deram fé da distância
Subiram pra classe alta
E lá não sentiram falta
Dessa pequena importância

Perdi a minha elegância
Minha presença aborrece
O povo passa por mim
Finge que não me conhece
Sem meu porte de fidalgo
Comigo acontece algo
Que só sabe quem padece

O homem quando envelhece
Com os moços não se une
E por casualidade,
Na hora que se reúne
Pobre velho indefeso
É tratado com desprezo
Um crime que fica impune

Nossa existência reúne
Quatro fases em sua empresa:
Primeiro é a nossa infância
De inocência e beleza;
Segundo é mocidade;
Três velhice com saudade;
Quatro morte sem defesa.

A vida é uma princesa
Embalada pelo sono
Na mocidade ela impera
Na velhice perde o trono
Se despede do reinado
E vai chorar pelo passado
No museu do abandono

Nosso sangue é um veneno
Fica entre a carne e o couro
Quem topar nele se suja
Com tinta que vale ouro
Mas depois que o sangue coalha
É morte certa e mortalha,
Cova enterro, reza e choro.

Falar em morte é agouro
Pra quem está na meiguice
Sem nunca pensar que vai
Ser preso pela velhice
Numa cadeia tristonha
Que o prazer é quando sonha
Brincando na meninice

O fantasma da velhice
Todo dia me aborrece
Dizendo que a morte solta
Noite e dia permanece
Vai matar um conterrâneo,
Amigo e contemporâneo
E brevemente aparece

Sei que este dia acontece
Do mundo eu perco as estimas
Ficará alguém falando
Nas minhas pequenas rimas
O resto... Os tempos consomem
E assim termina o homem
Que meu pai chamou de DIMAS.

(DIMAS BIBIU)

Postado por Josa Rabêlo com a colaboração do Poeta Ary da Farmácia
Tabira, 09 de junho de 2013.
 










 








FRASE DA SEMANA

"Já experimentou acreditar em você? Tente ... você não faz ideia do que é capaz"
(Desconhecido)

FILME DA SEMANA

DECISÕES EXTREMAS

  • Sinopse
    "Decisões Extremas" retrata o drama do casal John e Aileen Crowley na luta para encontrar a cura para seus dois filhos, que sofrem de uma doença genética rara. Quase sem esperança de encontrar a salvação para as duas crianças, John descobre um pesquisador que pode mudar o destino da família.

RECEITA DA SEMANA


Ingredientes

  • 600 g de contra filé
  • 100 ml de cerveja
  • 2 dentes de alho
  • 1 cebola pequena
  • 3 colheres de extrato ou molho de tomate
  • 1 colher de chá de pimenta do reino moída
  • 3 pimentas doce
  • 3 colheres de azeite de oliva
  • Sal a gosto

Modo de Preparo

  1. Limpe a carne, corte em fatias de aproximadamente 4 cm e reserve
  2. Corte todos os ingredientes em pedacinhos, misture ponha na panela de pressão junto com a carne
  3. Refogue adicionando aos poucos a cerveja
  4. Cozinhe por 10 minutos na pressão
  5. Retire do fogo e reserve
  6. Regue uma assadeira com azeite de oliva e ponha a carne junto com um pouco do molho que restou
  7. Leve ao forno por aproximadamente 20 minutos ou até dourar as fatias
  8. Bom apetite