JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

terça-feira, 23 de outubro de 2012

DIA DO POETA!


Ao dia do poeta (20.10.2012)

Tempos de Guerra.

Sou poeta no tempo em que a poesia
Cada vez perde espaço entre as pessoas.
Nesses "Tempos de Guerra", coisas boas
Inverteram valor pra maioria...

Se escrevesse, talvez, pornografia,
Os meus versos não eram tão atoas,
Mas prefiro escrever as minhas loas;
Eu prefiro ser sempre a minoria.

Nesses tempos, olhando a minha verve,
Muitas vezes nem sei para que serve.
Sinto apenas que tenho que escrever.

Possa ser que alguém ache utilidade
Nesses versos que faço com vontade,
Por enquanto, pra mim, basta fazer.

Vinícius Gregório

CANCÃO

 
 
Não quero mais o teu amor perjura
Não me seduzas coração fingido
Repara, veja, como eu sou ferido
Por teu sorriso de voraz ternura
És como a cobra em sentir bravura
Das criaturas que já tens mordido
Em teu espírito tens um mal contido
Pra teu veneno não existe cura

Foge pra longe com os teus encantos
Enxuga noutro os teus malditos prantos
Não me atormente com teus falsos ais

Esquece os tempos que jamais revivem
Deixa eu viver como as aves vivem
Por minha vida não perguntes mais.

Cancão , 'malassombrado' .

POETA REVERENDO BRÁS IVAN

A segunda da série.
Um "arrombar de barreiro
O fim de um longo jejum
As ramas de jerimum
Ameaçando o terreiro
Boiada num atoleiro
Feijao baixando o valor
E um atravessador
Sem ganhar mais um tostao.
SO PARECE MEU SERTAO
QUANDO O ANO È CHOVEDOR.

Nas casas dos camponeses
"paiò" de milho guardado
Sertanejo emocionado
Porque lucrou duas vezes
Um vaqueiro vendo as reses
Mudar de carne e de cor
Pensa: "Deus curou a dor
Das feridas do verao.
SO PARECE MEU SERTAO
QUANDO O ANO È CHOVEDOR.

Trovoes como um estribilho
Que hà tempos nao se escutava
As ramas finas da fava
Enrolando o pé de milho
Matuto fazendo filho
Sem se lembrar que o doutor
Lhe tinha dito: "O senhor
Nao tem idade mais nao".
SO PARECE MEU SERTAO
QUANDO O ANO È CHOVEDOR.

Bras.