JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

segunda-feira, 18 de julho de 2011

PADRE CORAJOSO...
O Ministério Público Federal de São Paulo ajuizou ação pedindo a retirada dos símbolos religiosas das repartições publicas.

Pois bem, veja o que diz o Frade Demetrius dos Santos Silva.

“Sou Padre católico e concordo plenamente comoMinistério Público de São Paulo, por querer retirar os símbolos religiosos das repartições públicas… Nosso Estado é laico e não deve favorecer esta ou aquela religião. A Cruz deve ser retirada!
Aliás, nunca gostei de ver a Cruz em Tribunais, onde os pobres têm menos direitos que os ricos e onde sentenças são barganhadas, vendidas  e compradas.
Não quero mais ver a Cruz nas Câmaras legislativas, onde a corrupção é a moeda mais forte.
Não quero ver, também, a Cruz em delegacias, cadeias e quartéis, onde os pequenos são constrangidos e torturados.
Não quero ver, muito menos, a Cruz em prontos-socorros e hospitais, onde pessoas pobres morrem sem atendimento.
É preciso retirar a Cruz das repartições públicas, porque Cristo não abençoa a sórdida política brasileira, causa das desgraças, das misérias e sofrimentos dos pequenos, dos pobres e dos menos favorecidos”.

Frade Demetrius dos Santos Silva * São Paulo/SP
Fonte: FOLHA de SÃO PAULO, de 09/08/2009

CORAGEM É CORAGEM...
verdades são verdades...
PASSE ADIANTE..


                               

                           Frade Demetrius dos Santos Silva

LICITAÇÕES À VISTA

BARRAGEM DE CACHOEIRINHA PODERÁ SER LICITADA ESTE ANO, DIZ LUCIANO TORRES
 

O Prefeito da Ingazeira (PSB), Luciano Torres, anunciou durante entrevista ao Programa Comando Geral (Rádio Pajeú) que o processo de licitação da Barragem de Cachoeirinha poderá acontecer até o final deste ano.
"Já houve várias reuniões com o Dnocs para agilizar o processo e na próxima 5ª feira (21) haverá encontro com a equipe jurídica do órgão para definir as indenizações de áreas da Barragem", disse Torres.
Cachoeirinha terá capacidade para 49 milhões de metros cúbicos d'água e serão investidos 50 milhões de reais na obra. O Prefeito Luciano Torres espera absolver boa parte da mão de obra com pessoas de Ingazeira e da região. A informação é do blog de Aldo Vidal.
 
 
Por Nill Júnior

SEMANA DA POESIA COM O POETA/REVERENDO BRÁS IVAN


Dinheiro do Santo

Nosso sertão tem histórias
Que até o diabo duvida
De desventuras, de glórias,
De coisas da outra vida.
Essa que eu vou contar
Aconteceu num lugar
Pequenino,pobre e feio
Porém de gente decente
De cabra honesto e valente
Era Riacho do Meio.

Naquele tempo o distrito
Tinha uma igreja pequena
Para se cantar bendito
No mês que tinha novena
O povo todo acorria
Quando a igreja abria
E alguém o terço puxava
Outro levava um dinheiro
Para o santo milagreiro
E aos seus pés depositava.

Um frade tinha doado
À capela do distrito
Um santo muito afamado
Por nome São Benedito
O santo era poderoso
E logo ficou famoso
Porque mostrou muita raça
Quem rezava e lhe pedia
Nem bem da igreja saia
Já tinha alcançado a graça.

Todo tipo de promessa
O povo vinha fazer
O santo mais que depressa
Não tardava em atender
Pedido de todo jeito
Pra se livrar de defeito,
Pro ano ser bom de inverno
Moça velha se casar
Ladrão deixar de roubar
E se livrar do inferno.

O santo logo ganhou
O titulo de padroeiro
O padre a missa rezou
Para o santo milagreiro
E o povo na capela
Reza, acendia vela
Depois cantava um bendito
Para o santo padroeiro
E não faltava dinheiro
Nos pés de São Benedito.

No ano quarenta e três
Teve uma seca infeliz
Choveu um quarto de mês
Dos sertões aos cariris
E Antonio Cabugé
Que inda hoje vivo é.
Sem ver mais nuvens no céu
E a lavoura perdida
Resolveu fazer partida
De Barra de São Miguel.

E foi procurar trabalho
Logo em Riacho do Meio
Arrumou um quebra-galho
Para fazer um esteio
E foi por ali ficando
Sempre,sempre trabalhando
Todo serviço enfrentava
Lutava a semana inteira
Quando era dia de feira
Umas cachaças tomava.

Antonio era um rapaz
Que lhes dizer eu preciso
Não era doido demais,
Nem tinha muito juízo
Mais era trabalhador
Honesto e respeitador
Todos lhe queriam bem
Era bem visto na rua
Tomava a cachaça sua
Sem fazer mal a ninguém.

Quem parte do cariri;
Um lugar que chove pouco
E vem parar por aqui
Só pode ser mesmo louco.
Pois se lá è ruim que dobra
Aqui é pior e sobra
Padece da mesma falha
Pra quem vem de São Miguel
É sair do fogaréu,
Pra entrar numa fornalha.

Antonio è feito dum talho
Que hoje não se usa mais
Não tem medo de trabalho
Mandou, pagou, ele faz
Sua palavra é um tiro
Até o ultimo suspiro
Sustenta a palavra dada
Mesmo ninguém nunca viu
De norte a sul do Brasil
Antonio com enrolada.


Antonio um dia tomou
Umas bicadas a mais
Porque ele misturou
Cana com vinho São Brás
Não era de embriagar-se
Mas sem que ele notasse
Perdeu o rumo dos astros
E fico na ocasião
Como se diz no sertão:
Fazendo dum pé, dois rastros.

Antonio então resolveu
Que queria outra bicada
Porem logo percebeu
Que no bolso, tinha nada
Ficou meio encabulado
Porque já tinha alisado
E não tinha uma ruela
Saiu andando sem norte
E por azar ou por sorte
Se viu dentro da capela.

Quando Antonio olhou de lado
Viu a imagem do santo
E ficou admirado
Quando também viu o tanto
De dinheiro velho e novo
Que era oferta do povo
Para o santo poderoso
Nisso Antonio levantou-se
Da imagem aproximou-se
E disse em tom respeitoso:

Boa tarde cidadão
Sô Antôio Cabugè
Moro perto do grotão
Trabaio pra João Coité
Recebo toda sumana
Quero tumar uma cana
Mas tô mei disprivinido
Percibi sua bondade
E tomei a liberdade
Di li fazer um pidido:

Da pru sinhô me arrumar
Do muito cobre que tem
Cinco minrés preu tumar
Uma ali no armazém?
Podi imprestar sem sobrosso
Que sabu despois do armoço
Assim que eu receber
O meu pequeno ordenado
Podi ficar sossegado
Que eu vem aqui lhe trazer.


Comigo não tem perigo
Do sinhô num receber
Pode escrever o que eu digo
Depois espere pra ver
Se eu tenho palavra ou não
Pois daqui pru Riachão
Meu nome é limpo na praça
E se o sinhô mim emprestar
Garanto de li pagar
Di sabu que vem num passa.

São Benedito ficou
Calado e indiferente
Ele consigo pensou:
Quem cala é por que consente.
Ficou na ponta dos pés
Pegou os cinco minrés
Despediu-se gentilmente
Com o dinheiro emprestado
Entro no bar de Conrado
Tomou mais uma aguardente.

Tinha um guarda na capela
Rezando na sacristia
Escutou toda novela
Que Antonio ao santo dizia
E resolveu esperar
Se ele vinha pagar
Como tinha prometido
E depois achou por bem
Não contar nada a ninguém
Sobre o que tinha ocorrido.

Antonio voltou pra roça
Trabalhou feito um jumento
Sempre a noite na palhoça
Lembrava do juramento
E consigo ia pensando:
Eita, tá quage chegando
O dia do ordenado
Compru um sandaio prus pés
E levo os cinco minrés
Daquele homi educado.

Quando enfim chegou o dia
Que Antonio tinha marcado
Pegou a justa quantia
E partiu meio apressado
Quando foi na rua entrando
De longe foi avistando
Meio sem acreditar
Pois sim! era Cazuzinha
Seu irmão menor que vinha
Da Barra lhe visitar.


Se entreteram meia hora
Num constante blablablà
Antonio lhe disse: Agora
Fique aqui que eu volto já
Vou acertar um negoço
Pois me esquecer eu não posso
E hoje é o dia certo
Depois da conta acertada
Nós toma uma bicada
Ali no bar de Adaberto.

Quando ele ia saindo
O guarda se aproximou
Onde o senhor está indo?
Zangado lhe perguntou.
Deixe dessa veiaquisse
Não foi o senhor que disse
Que hoje pagava o santo
Pois pegue os cinco minrés
E vá botar nos seus pés
Você sabe onde è o canto.

Quando Antonio aquilo ouviu
Ficou dispranaviado
Pra igreja se dirigiu
Sem responder ao soldado
A porta tava encostada
Deu lhe logo uma pesada
Foi tabua pra todo lado
Sem que ninguém lhe impedisse
Pegou o dinheiro e disse:
Toma ai cabra safado.

Por certo você pensava
Que eu não vinha lhe pagar
Me diga se precisava
Você o guarda mandar
Cobrar essa minxaria
Saiba que essa quantia
Para mim não vale nada
Comigo você foi raso
Eu inda tava no prazo
Você que fez paiaçada.

Ao ouvir o lambassé
O sacristão perguntou
O que è isso Cabugé,
Por que a porta quebrou?
Antonio lhe disse: nada!
Eu e esse camarada
Tamu acertando uns pendido
Fique fora da manobra
Se não o cacete sobra
Também pru seu pé do uvido.


E partiu feito um leão
Pra cima de Benedito
Lhe agarrou o sacristão
Uma velha deu um grito
Juntou gente pra danado
O cacete foi pesado
Não ficou um banco em pé
Por mais gente que juntasse
Não tinha quem sigurasse
A fùria de Cabugé.

Quem chegava pra apartar
Um bufete recebia
Com raiva, pra se vingar
Com pancada respondia
E a briga ia aumentando
E sempre gente chegando
Homem, mulher e menino
Quebraram com uma vassoura
A caixa da difusoura
E toraram a corda do sino.

No meio da confusão
Quebraram a chapa de Noca
Acertaram um bufetão
Na filha de Zé de Doca
Depois rasgaram o vestido
De Zefa de zé cumprido
Inda hoje ela tem mágoa
Ligeira como um foguete
Pra se livrar do cacete
Saiu correndo de anágua.

E nisso banco voava
E na parede batia
Um deles quase acertava
Nossa Senhora da Guia
No meio da bagaceira
Um pedaço de cadeira
Acharam por bem jogá-lo
Mesmo em São Jorge, patrão
Que ficou sá o dragão
E um taco do cavalo.

Quebrou-se o confessionário
De um coice que Antonio deu
O pobre São Januário
De um golpe que recebeu
Começou a balançar
Não tendo onde se apoiar
Espatifou-se no chão
Jogaram um pau em Abreu
Trincou São Judas Tadeu
Quebrou São Sebastião.


Tinha uma imagem indefesa
De São José e Jesus
Jogaram um taco de mesa
Acertou logo na luz
Depois atingiu o santo
Foi caco pra todo canto
O fuzuê foi bonito
A santaiada quebrada
Só quem não levou pancada
Foi mesmo São Benedito.

A bagunça se desfez
Quando a policia chegou
Todo mundo pro xadrez!
O delegado frisou.
Algemaram todo mundo
Somente José Raimundo
Filho de Nhô Nicolau
Invés de ir pra cadeia
Passou foi semana e meia
Na cama do Hospital.

Liberaram cabugé
Depois de alguns contatos
Porque nenhum um doido é
Responsável por seus atos
Liberaram todo mundo
Depois também Zé Raimundo
Teve alta do hospital
Riacho do Meio aos poucos
Apesar dos muitos loucos
Ia voltando ao normal.

Indireitaram a capela
Madaram imendar os santos
Bendito louvado seja!
Dizia o povo entre prantos
Sempre entoando bendito
Louvando São Benedito
Que do furdunço escapou
Já tem outra imagem até
De Jesus e São José
No lugar da que quebrou.

O vigário novamente
Fez a inauguração
E disse:daqui pra frente
É pra prestar atenção
Quando quiserem brigar
Procurem outro lugar
Pra fazer esse serviço.
Vão bagunçar noutros cantos
Que aqui sobrou foi pros santos
Que não têm nada com isso.


Antonio voltou pra lida
Tocou a vida pra frente
Manerou com a bebida
Mas inda toma aguardente
Continua sem preguiça
Vez enquando vai à missa
Reza pra Santo Expedito,
São José do Ribamar
Mas, não quer nem escutar
O nome São Benedito.
 

Brás Ivan,
Suiça, maio de 2007.

ESTRADAS DE PERNAMBUCO

ISALTINO PROMETE LANÇAR EM SETEMBRO LICITAÇÕES PARA REFAZER ESTRADAS
 
O Governo do Estado de Pernambuco deverá lançar neste mês de setembro, após a passagem do inverno, um pacote de licitações visando à contratação de empresas de engenharia para refazer as estradas estaduais, a maioria delas em péssimo estado de conservação. O custo das obras deve ficar perto de R$ 1 bilhão.
 
Segundo o governador Eduardo Campos, muitas das estradas que se encontram totalmente esburacadas foram construídas no governo de Marco Maciel (há mais de 30 anos, portanto) e não comportam mais conserto.
 
Todas elas serão reconstruídas e a empresa que vencer o processo licitatório assumirá também a manutenção da estrada pelo período de três anos, segundo disse ao Blog de Inaldo Sampaio o secretário Isaltino Nascimento (transportes).
 
De todas as estradas que se encontram deterioradas, o que mais irrita os motoristas que trafegam por ela devido à grande quantidade de “crateras” é a que liga Sertânia a Brejinho (100 km de extensão). A 292, entre Albuquerque Né e Iguaracy e um bom trecho da PE 320 principalmente entre Afogados da Ingazeira e Tabira estão na mesma situação.
 
 
Por Nill Júnior

FRASE DA SEMANA

"Pai, eu sou composto de duas metades, você é uma delas". 
(Elvis, filho de Pedro Petrônio)