JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

sexta-feira, 1 de maio de 2015

VERSO VAI E VERSO VEM...

Ton Oliveira
(em homenagem feita ao seu pai, o poeta Juvenal Oliveira)
Meu pai foi poeta repentista
Que lutou calejando suas mãos
Sustentou eu, mamãe e dois irmãos
Na difícil carreira de artista
Um valente, um herói, um otimista
Que tirando seus versos da sacola
Construiu de Repente a minha escola
E foi assim que aprendi a admirá-lo
O meu pai me criou fazendo calo
Na ferrugem das cordas da viola
Nas cantigas e grandes festivais
Divulgou a cultura em alto nível
Cantador de uma voz inconfundível
Que lutou pelos próprios ideais
Quando eu penso na falta que ele faz
Vem a dor da saudade e me assola
Minha voz quer falhar, a língua cola
Mais é cheio de orgulho que eu falo
Que meu pai me criou fazendo calo
Na ferrugem das cordas da viola.

DOIS SONETOS MAGISTRAIS DA A LA MAGNIFICA: MARIANA TELES

Engano

(Abril de 2009)

Uns foram puros, outros pecadores
Do mais antigo, ao mais recente.
Uns que chegaram carregando dores…
Outros, que deixaram dores de presente.

Alguns passados, que hoje tristemente,
Eu os cultivo entre os ”traidores”.
No verso antigo, no buquê de flores.
A prova viva que quem jura mente.

Alguns reais, outros, fantasias.
Uns duraram anos, outros poucos dias.
E todos levaram um pouco de mim…

Partiram todos os que eu julguei
Amar, mas no fundo eu não os amei…
Todos começaram na hora do fim.



Eu buscava Deus em templos erguidos
Em hinos cantados por bocas sem fé
Procurava o pai nos filhos perdidos
Nos mil caminhantes de sonhos a pé...

Das letras dos livros, procurei até,
Aos sonhos deixados pelos oprimidos
No ouro do templo, nos caros vestidos
E ninguém dizia, o meu Deus quem é...

Pelos infortúnios que a vida nos leva
Procurei meu Deus ante a luz da treva,
Quando até a vida me levou ao fim,

E no fim da busca, encontrei somente
Um Deus quase humano, vestido de gente
Disfarçado em força, escondido em mim...

Mariana Teles

ALERTA!!!!

Novo vírus pode estar causando doença semelhante à dengue, dizem pesquisadores

manchas_dengue
Pacientes têm buscado unidades com manchas na pele
Pesquisadores do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Bahia (ICS/UFBA) podem ter encontrado a resposta para os quadros de pacientes que têm apresentado manchas avermelhadas e outros sintomas semelhantes aos da dengue nos últimos meses. Trata-se do Zika vírus, que, conforme os especialistas, é comum na África e na Ásia, mas nunca tinha sido detectado na América Latina, informa a Folha de PE.
A descoberta, divulgada nesta quarta-feira (29), foi feita esta semana, através de exames de sangue de pacientes infectados no município baiano de Camaçari. O vírus foi encontrado em oito das 25 amostras testadas. Naquele estado, moradores de Salvador e de Feira de Santana estão entre os afetados pela doença “misteriosa”, que chegou a ser diagnosticada, quando os casos começaram a surgir, apenas como uma virose.
Em Pernambuco, embora haja pessoas com sintomas semelhantes, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que não existe nenhum caso. Esta semana, foi determinado que os pacientes que chegarem às unidades de saúde com manchas avermelhadas na pele tenham o quadro notificado como de suspeita de dengue. Ainda de acordo com a SES, os exames são encaminhados para o Instituto Evandro Chagas, no Pará, para um reteste. Até agora, todos deram negativo para Zika. Os que apontaram alguma doença confirmaram a dengue.
Para o infectologista Vicente Vaz, do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), a possibilidade de os casos atípicos registrados no Estado serem do Zika vírus está descartada. “Acho pouco provável. Não há histórico no País. Não há registros nas Américas. Se foi confirmado na Bahia, é o primeiro caso na América”, afirma.
Sintomas
Segundo o professor Gúbio Soares, da UFBA, o novo vírus é mais fraco, e os sintomas, mais brandos. Além das manchas avermelhadas, o paciente pode apresentar febre, dores e diarreia. Em alguns casos, também pode haver a ocorrência de conjuntivite. A descoberta ocorreu por meio de uma técnica chamada RT-PCR. “Zika vírus não é tão grave quanto dengue ou chikungunya e não leva o paciente à morte. O quadro parece alérgico e o tratamento é o mesmo”, explica Soares, que realizou o trabalho em parceria com a pesquisadora Silvia Sardi.
Para os especialistas baianos, a doença pode ter chegado ao Brasil durante a Copa do Mundo, em 2014, quando houve grande trânsito de estrangeiros. O Zika vírus é transmitido da mesma forma que a dengue e a chikungunya, ou seja, por meio do mosquito Aedes aegypti, além de outros insetos da mesma família. A descoberta contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb).

VIVA!!!!!!!!

Câmara aprova prisão para quem maltratar cães e gatos

O abandono de cão ou gato provocará a detenção por 3 meses a 1 ano
O abandono de cão ou gato provocará a detenção por 3 meses a 1 ano
Matar cão ou gato terá pena de detenção de 1 a 3 anos. A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (29), Projeto de Lei 2833/11, de autoria do deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP), que criminaliza condutas contra a vida, a saúde ou a integridade de cães e gatos. A matéria será votada ainda pelo Senado.
A exceção será para a eutanásia, se o animal estiver em processo de morte agônico e irreversível, contanto que seja realizada de forma controlada e assistida. Se o crime for cometido para controle populacional ou com a finalidade de controle, a pena será de detenção de 1 a 3 anos. Neste último caso, ela será aplicada quando não houver comprovação de enfermidade infecto-contagiosa que não responda a tratamento.
Essas penas serão aumentadas em 1/3 se o crime for cometido com emprego de veneno, fogo, asfixia, espancamento, arrastadura, tortura ou outro meio cruel.
Assistência e abandono Para o agente público que tenha a função de preservar a vida de animais e não prestar assistência de socorro a cães e gatos em situações de grave e iminente perigo, ou não pedir o socorro da autoridade pública, a pena será de detenção de 1 a 3 anos.
O abandono de cão ou gato provocará a detenção por 3 meses a 1 ano. O abandono é definido pelo projeto como deixar o animal de sua propriedade, posse ou guarda, desamparado e entregue à própria sorte em locais públicos ou propriedades privadas.
Rinha de cães No caso da rinha de cães, a pena será de reclusão de 3 a 5 anos; e a exposição de cão ou gato a perigo de vida ou a situação contra sua saúde ou integridade física provocará detenção de 3 meses a 1 ano.
Aumento de pena Todas as penas previstas no projeto serão aumentadas quando, para a execução do crime, se reunirem mais de duas pessoas.
Interesse da sociedade
O autor da proposta disse que o projeto vai ao encontro das expectativas dos eleitores. “Estamos decidindo dentro do que a sociedade nos pede”, disse Tripoli.

PROSA SERTANEJA!

SABATINA FEITA COM UM MATUTO PRESIDENTE DE BANCO DE FEIRA

Fiz esse texto no ano 2000 e foi publicado em 2001 na página 79 do livro Prosa Morena.
O assunto corrupção é feito casa funerária: não tem fim nunca.
prosa morena
* * *
Senador – Senhor Pedim de Mané Lingüiça, sendo um presidente de banco de feira, como o sr. vê a situação econômica do Brasil, hoje?
Matuto – Ahh!… O Brasil tá se acabando ligerim feito sabão em mão de lavadeira.
Senador – Ao seu ver, qual a causa desta situação de crise em que o país se encontra?
Matuto – Falta de medida meu cumpade! Cada qual só devia estirar a perna até onde lhe chega o lençol.
Senador – Mas o governo promete ajustes para resolver o problema da crise, não promete?
Matuto – É… Só que ovelha prometida não diminui rebanho, né?
Senador – E quanto aos novos rumos que o governo está tomando, qual a sua opinião?
Matuto – Pra quem tá perdido, todo mato é caminho.
Senador – Na sua opinião, o que o governo deve fazer para sair da crise?
Matuto – Deve deixar de mel que é estruição de farinha.
Senador – O que o sr. acha do problema dos rombos, no poder público?
Matuto – O problema tá na cerca: cerca ruim é que ensina o boi ser ladrão.
Senador – Agora vamos falar de Nordeste. Como é verdadeiramente o quadro da seca no Nordeste?
Matuto – Olhe: De bicho de cabelo, só quem escapa é escova, de bicho de fôlego, só quem escapa é fole, e animal de quatro pé, só escapa tamborete.
Senador – O sr. não acha que o governo tem realmente vontade de resolver este problema da seca?
Matuto – O que mais se perde neste mundo é vontade e cuspe, home!
Senador – E os açudes que os governos já construíram?
Matuto – Açude de papel e cuia emborcada não ajunta água não, cumpade véi!
Senador – E quanto aos políticos que já deram a palavra, que vão resolver esta situação caótica do Nordeste, o sr. também não acredita?
Matuto – Olhe cumpade: sol de inverno, chuva de verão, choro de mulher e palavra de ladrão… esse aqui não fia não.
Senador – Mas o sr. não acha que a atual situação econômica, está afetando pobres e ricos e o próprio governo?
Matuto – Tá nada, home!.. O pau entorta no cu do rico e do governo, mas só se quebra no do pobre.
Senador – Como é que o pobre esta sobrevivendo nesta crise?
Matuto – Gato com fome come até farofa de alfinete.
Senador – Como o sr. vê a justiça no Brasil?
Matuto – Da justiça pobre só conhece os castigo.
Senador – Como o Sr. está vivendo agora?
Matuto – Nasci nu, tou vestido; pra morrer pelado não custo.
Senador – O que o Sr. acha da classe política brasileira?
Matuto – Olhe cumpade véi, tem um magote ali dentro tão bom de roubo que, se vendesse cavalo, achava um jeito de ficar com o galope.
Senador – E quanto aos prefeitos e vereadores?
Matuto – Ahhh! meu fi… Esses aí tão ensinando rato a subir de costa em garrafa.
Senador – E quanto à oposição?
Matuto – Humm?
Senador – A oposição!…O sr. acredita nos partidos de oposição?
Matuto – Hummmm!
Senador – O senhor acha que são realmente o que dizem? Íntegros, retos, austeros?
Matuto – Hum-hum!
Senador – O sr. é sempre assim, de poucas palavras?
Matuto – Palavra de homem é um tiro. Falar sem cuidar é atirar sem apontar.
Senador – Como homem do povo, que recado o sr. tem para os governantes?
Matuto – Meu recado é uma verdade: a gente nunca se esquece de quem se esquece da gente.


Do Blog da Besta Fubana

VERSO VAI E VERSO VEM!!!!

NESSA CASA QUE UM DIA MOROU GENTE

casinha
Nessa casa deixada por seu dono
Ouço o grito da fome na cozinha
Tem um silo deixado com farinha
Tem as marcas cruel do abandono.
Sobre um torno, as vestes do patrono
Que por causa da seca vive ausente
Tem um pé de urtiga em seu batente
Três vigias em forma de um cardeiro
Tem um verso varrendo esse terreiro
Nessa casa que um dia morou gente
DO BLOG DA BESTA FUBANA




Sou um eterno aprendiz
Fã de Dedé, de Diniz,
E Louro do Pajeú...
De verso e boi ando atrás
Usando ou não o Morais
Sou simplesmente Dudu.
 
Tabira-PE

Outra bebida me atrasa
por isso eu fico distante
Prefiro refrigerante
Com carne assada na brasa
tudo isso me dá asa
meu pensamento decola
Fiz desse vício uma escola
Na qual me matriculei
Depois que me viciei
num copo de coca cola

Gostei logo de início
quando provei a danada
"tumei" ela bem gelada
pra alimentar o vício
pra eu largar da difícil
porque mulher só da bola
pro "caba" que desenrola
boa lábia e compromisso
e eu faço tudo isso
num copo de coca cola

depois que eu tomo o primeiro
viajo pra outro mundo
aí eu tomo o segundo
e em seguida o terceiro
pensando que "tou" solteiro
mancho de batom a gola
a mulher se descontrola
e eu me faço de inocente
mas apanho consciente
num copo de cola cola

a bebedeira não pára
porque da coca eu preciso
só no dia que eu tô liso
eu paro de encher a cara
como é coisa rara
eu ficar liso de esmola
eu "desenbaio" a viola
canto verso dia inteiro
arrecadando dinheiro
pra um copo de coca cola

com dinheiro embolsado
me destino para o bar
e por sorte ou por azar
senta uma turma do lado
e uma moça de namorado
que o mesmo não lhe consola
pois o assunto ou é bola
ou que bebe desde sexta
e eu com essa cara de besta
num copo de coca cola

eu não critico a cachaça
cada um faz o que quer
mas por ser fã de mulher
eu num bebo essa desgraça
pois uma mulher que passa
maquiagem põe argola
não quer ter na sua cola
um cabra de tola cheia
se agarra até com o mais feio
mas que bebeu coca cola

diante tanta vantagem
eu vivo assim sossegado
por nem viver ressacado
nem conversando bobagem
bebo só conta pabulagem
que é rico tem corolla
que já passou na degola
e que já bebeu mil venenos
mas, se eu mentir e bem menos
num copo de coca cola.

Dudu Morais poeta Tabirense.






JANSEN FILHO
Miguel JANSEN FILHO: Nasceu no dia 1º de maio de 1925, na cidade de Monteiro, Estado da Paraíba e faleceu em São Paulo, no dia 18 de julho de 1994; filho de Miguel Jansen de Paiva Pinto e D. Maria Virgem de Paiva Pinto. Iniciou o curso primário em Monteiro, no Grupo Escolar Miguel Santa Cruz, concluindo no Colégio Olegário Barros, em Taubaté, São Paulo, cursando, também, aí, no secundário, formando-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito das Faculdades Metropolitanas Unidas de São Paulo. Jansen Filho começou a fazer versos, ainda criança, em Monteiro, influenciado pela presença dos violeiros e repentistas que freqüentavam as feiras livres do interior. 

Deixando o sertão, estabeleceu-se no Rio de Janeiro e, lá, qual um trovador medieval, era convidado a declamar as suas poesias nas mais nobres residências da Cidade Maravilhosa, sendo aplaudido e admirado por todos. Recebeu o título de Cidadão Honorário da Cidade de São José dos Campos; Membro Benemérito da Academia de Letras da Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie, de São Paulo; Troféu da Academia Paraibana de Poesia, de João Pessoa; homenageado com a criação do Grêmio Literário Jansen Filho, do Lyceu Paraibano; Membro da Academia Joseense de Letras de São José dos Campos, entre outros títulos e honrarias.
 
EU E MAMÃE 
 
Mamãe: você se recorda
De quando eu era menino
E saia sem destino
À procura de brinquedo?...
Papai ficava escrevendo
E toda vez que eu saia
Você sempre me dizia:
"Não demore! Volte cedo!"

E quando eu deixava a mesa,
Ia em direção à sala,
Escutava a sua fala:
"Meu relógio nunca atrasa!"
E para mim se voltando
Dizia, depois da ceia:
"O mais tardar: sete e meia
Você tem que estar em casa!"

Eu saia como o vento,
Correndo pelas calçadas,
Brincando com os camaradas
Sem passado e sem porvir!
Faltando cinco minutos
A brincadeira acabava
E às sete e meia eu voltava
Para rezar e dormir...

À beira da minha cama
Você, mamãe, se sentava
E tranqüila me ensinava
Padre Nosso... Ave Maria...
Depois lhe pedia a benção,
Pedia a papai também,
Sem falar mais com ninguém
Fechava os olhos e dormia...

Fui crescendo! Fui crescendo!
E quando mudei de idade
Morreu a tranqüilidade
Do menino inexperiente!
Com a carta de A. B. C.
Um lápis, uma sacola,
Você me pôs numa escola
- Outro mundo diferente!
 
Mas um dia, a Professora
Me bateu!... Não sei porque!
Minha carta de A. B. C.
Lhe atirei de encontro ao rosto!
E você sabendo disso
Caiu prostrada num canto!
Seu sofrimento foi tanto,
Quase morreu de desgosto!

Lá me fui para outra escola!
Aquela não me aceitava!...
- Dona Faninha me odiava!
Pobre velha sofredora!
Hoje dou graças a Deus
Por algo ter aprendido
E viver arrependido
Do que fiz com a Professora!

Um dia, Você, Mamãe,
Me mandou comprar o pão.
Depois que cuspiu no chão
Disse: "Volte num segundo!"
"E se esse cuspo secar
E eu perceber sua ausência,
Fique certo - a penitência
Será a maior do mundo!"

Sai sem nenhum temor,
Não fiz caso da ameaça,
Fiquei correndo na praça,
Esquecendo o meu dever...
Mas quando cheguei em casa
Você me bateu à bessa...
Se papai não vem depressa,
Não parava de bater!...

Então corri como um louco,
Saltei a porta da frente!
Chovia torrencialmente
E ante o temporal fechado
Sai numa disparada,
Blasfemei enquanto pude
Gritando: vou para o açude
Para morrer afogado!

Nossos bondosos vizinhos
Entraram na noite escura,
Todos à minha procura
Sem saber onde eu estava!
Mas depois que me encontraram
Foi aquela romaria:
O povo todo sorria!
Só Você, Mamãe, chorava!...
 
Hoje que o tempo passou
E eu acordei para a vida,
É que sei, mamãe querida
Os erros que pratiquei!...
Você bem sabe, Mamãe,
Que eu fui um menino horrível
Pela série indescritível
Dos desgostos que lhe dei!

Ajoelho-me ante a distância
Para lhe pedir perdão
E dizer de coração:
SEU FILHO SE ARREPENDEU!
Arrependi-me mamãe
De tudo ter praticado.
Porisso odeio o passado
Só porque você sofreu!...

Mas a mamãe carinhosa,
amiga, fraterna e boa,
Ama, castiga, perdoa,
Faz o que você me fez!
Se eu voltasse à minha infância
Seria feliz porque
Estou certo que você
Me perdoaria outra vez!

Jansen Filho
Do livro: "Poemas de Jansen Filho", Irmãos Pongetti Editores, 1959, RJ