JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

terça-feira, 30 de novembro de 2010

MÃE, POEMA DE Giuseppe Ghiaroni


Giuseppe Ghiaroni

 


Mãe! hoje eu volto a te ver na antiga sala
onde uma noite te deixei sem fala
dizendo adeus como quem vai morrer.
E me viste sumir pela neblina,
porque a sina das mães é esta sina:
amar, cuidar, criar e depois perder.
Perder o filho é como achar a morte.
Perder o filho quando, grande e forte,
já podia ampará-la e compensá-la.
Mas nesse instante uma mulher bonita,
sorrindo, o rouba, e a velha mãe aflita
ainda se volta para abençoá-la.

Assim parti, e nos abençoaste.
Fui esquecer o bem que me ensinaste,
fui para o mundo me deseducar.
E tu ficaste num silêncio frio,
olhando o leito que eu deixei vazio,
cantando uma cantiga de ninar.

Hoje volto coberto de poeira
e te encontro quietinha na cadeira,
a cabeça pendida sobre o peito.
Quero beijar-te a fronte, e não me atrevo.
Quero acordar-te, mas não sei se devo,
não sinto que me caiba este direito.

O direito de dar-te este desgosto,
de te mostrar nas rugas do meu rosto
toda a miséria que me aconteceu.
E quando vires e expressão horrível
da minha máscara irreconhecível,
minha voz rouca murmurar:''Sou eu!"

Eu bebi na taberna dos cretinos,
eu brandi o punhal dos assassinos,
eu andei pelo braço dos canalhas.
Eu fui jogral em todas as comédias,
eu fui vilão em todas as tragédias,
eu fui covarde em todas as batalhas.

Eu te esqueci: as mães são esquecidas.
Vivi a vida, vivi muitas vidas,
e só agora, quando chego ao fim,
traído pela última esperança,
e só agora quando a dor me alcança
lembro quem nunca se esqueceu de mim.

Não! Eu devo voltar, ser esquecido.
Mas que foi? De repente ouço um ruído;
a cadeira rangeu; é tarde agora!
Minha mãe se levanta abrindo os braços
e, me envolvendo num milhão de abraços,
rendendo graças, diz:
"Meu filho!", e chora.

E chora e treme como fala e ri,
e parece que Deus entrou aqui,
em vez de o último dos condenados.
E o seu pranto rolando em minha face
quase é como se o Céu me perdoasse,
me limpasse de todos os pecados.

Mãe! Nos teus braços eu me transfiguro.
Lembro que fui criança, que fui puro.
Sim, tenho mãe! E esta ventura é tanta
que eu compreendo o que significa:
o filho é pobre, mas a mãe é rica!
O filho é homem, mas a mãe é santa!

Santa que eu fiz envelhecer sofrendo,
mas que me beija como agradecendo
toda a dor que por mim lhe foi causada.
Dos mundos onde andei nada te trouxe,
mas tu me olhas num olhar tão doce
que , nada tendo, não te falta nada.

Dia das Mães! É o dia da bondade
maior que todo o mal da humanidade
purificada num amor fecundo.
Por mais que o homem seja um mesquinho,
enquanto a Mãe cantar junto a um bercinho
cantará a esperança para o mundo!

DEDÉ MONTEIRO, A PORCA PRETA PELADA



Dedé Monteiro

No dia em que eu me casei
Ganhei uma bacorinha.
Era preta e peladinha,
Com muito gosto a criei.
Cresceu tanto que eu nem sei
discriminar a cevada.
Assombrava a meninada
Com seu tipo de gigante!
Parecia um elefante
A porca preta pelada.


Todos tinham medo dela,
Mas ela era tão mansinha
Que eu fiz uma cangalhinha
Pra carregar coisa nela…
Depois comprei uma sela
E a bicha deu de tacada:
Aprendeu toda passada,
Sem ser preciso ensinar…
Todos queriam comprar
A porca preta pelada.


Mas eu não vendia não.
Podia vir ouro em pó
Que eu não dava um mocotó
Da bicha por um milhão!
Um dia um rico ancião
Chegou na minha morada
Com uma vaca raçada,
Me cantou pra fazer troca,
Mas eu disse: é de maroca
A porca preta pelada.


O tempo se foi passando,
A fama dela crescia:
Eu estava almoçando um dia
E, quando estava almoçando,
Ouvi um carro zuando,
Saí pra ver da calçada,
Vi o carrinho na estrada,
Dele o prefeito descer
Dizendo: ‘eu vim só pra ver
A porca preta pelada…’


Tudo ia correndo certo,
Mas um dia aconteceu:
Quando o dia amanheceu
Procurei-a e não vi perto…
E, vendo tudo deserto,
Disse: ‘a bicha foi roubada…’
Mas achei a condenada
Na roça de Pedro Mudo.
Estava acabando tudo
A porca preta pelada



Tudo que o Pedro cobrou
Paguei sem fazer questão:
Notei que tinha razão,
Pois quase nada ficou…
E ela não se conformou,
Foi lá outra madrugada;
Dessa vez não deixou nada,
Carregou tudo na pança…
Era um ‘esmeril de França’
A porca preta pelada.


De outra feita fez um oco
Na roça de Tia Zefa:
Comeu quase uma tarefa
De jerimum de ‘caboco’…
Derrubou dez pé de coco,
Cada um de uma dentada…
E titia aperreada
Com essa terrível arte,
Quis matar de bacamarte
A porca preta pelada.


Paguei todo o prejuízo,
Depois chamei um pedreiro,
Mandei fazer um chiqueiro
Do jeito que era preciso.
Gastei até ficar liso,
Mas ela ficou trancada,
Tia ficou sossegada,
Eu sossegado fiquei,
Porque nunca mais soltei
A porca preta pelada.


Já fazia um ano e meio
Que a suína estava presa,
Quando uma rude tristeza
Quase aniquilar-me veio.
Foi grande o meu aperreio:
Ela amanheceu deitada,
Sem comer, acabrunhada…
Fui ver o que tinha sido,
A cobra tinha mordido
A porca preta pelada.


Mandei logo um portador
Chamar Seu Zeca Toinho,
Ele foi num minutinho
E trouxe o tal curador.
Este me fez um favor
Que eu não pagarei com nada:
Deixou a bicha curada,
Nunca vi reza tão forte!
Tirou das garras da morte
A porca preta pelada.


Aí gastei mais dinheiro
Pra dar proteção a ela:
Comprei dez metros de tela,
Dessa de fazer viveiro.
Cobri de tela o chiqueiro,
Não deixei brecha pra nada.
A tela era tão fechada
Que não passava nem grilo.
Então fui cevar tranqüilo
A porca preta pelada.


E para recuperar
Todo aquele dinheirão
Adquiri um barrão
Para com ela cruzar.
E, para a estória encurtar.
Apareceu a ninhada!
Até que sei tabuada,
Mas quase que não contava…
Todo mundo admirava 

A porca preta pelada.

Ao todo eram trinta e três,
De robusto a mais robusto!
Com um mês, causavam susto:
Já pareciam ter seis…
‘Enriqueci’ de uma vez
Na venda da bicharada:
Vendi a cem contos cada,
Enchi os bolsos contente
E fui cevar novamente
A porca preta pelada.


Inda deu mais sete crias,
Cada qual mais numerosa
Ficou mais do que famosa,
Me deu milhões de alegrias!
Mas também deu-me agonias:
Morreu de velha,  coitada…
Hoje só resta a ossada
Da rainha dos suínos,
Assombração dos meninos,
A porca preta pelada.

Tabira, 1970

FIM DE FEIRA, POEMA DE DEDÉ MONTEIRO


DEDÉ MONTEIRO - Fim de feira

 


o lixo atapeta o chão
um caminhão se balança
quem vem de fora se lança
em cima do caminhão
um ébrio esmurra o balcão
no botequim da esquina
o gari faz a faxina
um cego ensaca a sanfona
e um vendedor dobra a lona
depois que a feira termina.


miçanga, fruta, verdura,
milho feijão e farinha,
bode, suíno, galinha,
miudeza, rapadura.
é esta a imagem pura
de uma feira nordestina
que começa pequenina,
dez horas não cabe o povo.
e só diminui de novo
depois que a feira termina



na matriz que nunca fecha
muito apressado entra alguém
mas sai vexado também
se não o carro lhe deixa
o padre gordo se queixa
do calor que lhe domina
e agita tanto a batina
quem que vê fica com pena
toca o sino pra novena
depois que a feira termina.


a filhinha do mendigo
sentada a seus pés, num beco,
comendo um pão doce seco
diz: papai, coma comigo.
e o velho pensa consigo
meu deus, mudai sua sina
pra que minha pequenina
não sofra o que eu sofro agora
ria a filha, o velho chora
depois que a feira termina.


um pedinte se levanta
da beira de uma calçada
chupando uma manga espada
pra servir de almoço e janta
um boi de carro se espanta
se o motorista buzina
um velho fecha a cantina
um cachorro arrasta um osso
e o pobre “assavessa” o bolso
depois qua a feira termina


um camponês se engana
chega atrasado na feira
não compra mais macaxeira,
nem batata, nem banana
empurra a cara na cana
pra esquecer a ruína,
arroz, feijão, margarina,
açúcar, óleo, salada,
regressa e não leva nada
depois que a feira termina


no açougue da cidade
das cinco e meia em diante
não tem um pé de marchante
mas mosca tem com vontade
um faxineiro abre a grade
tira uma mangueira fina
rodo, pano, creolina,
deixa tudo uma beleza
mas só começa a limpeza
depois que a feira termina


e o dono da miudeza
já tendo fechado a mala
escuta o rapaz que fala
do outro lado da mesa:
- meu senhor, por gentileza,
o senhor tem brilhantina?
ele diz com voz ferina:
- aqui na mala ainda tem
mas eu não vendo a ninguém
depois que a feira termina

um jumento estropiado,
magro que só a desgraça,
quando vê que a feira passa
vai pra frente do mercado
o endereço ao danado
eu não sei quem diabo ensina
eu só sei que baixa a crina
entre as cinco e as cinco e meia
lancha, almoço, janta e ceia
depois que a feira termina.

HÉRCULES DECLAMA O POEMA : O FILÓSOFO ZÉ GOGÓ

PAULO RABELO NARRA A TENTATIVA DE ROUBO A RUI BARBOSA

VERSOS DE JOSA RABELO

Temas: MÃE

Homenagem às Mães

Mãe presença Divinal
Na família o alicerce
Toda Mãe boa merece
Tudo de bom, nada de mal
No seu Amor Maternal
Possui grande coração
Não existe dimensão
Nem trena pra ser medida
É a melhor coisa da vida
Mãe não tem comparação

Ela passa aflição
Quando a gente tá doente
Fica pertinho da gente
Faz reza, faz oração,
Prepara medicação
Tráz biscoito e papa quente
E sorrindo de contente
Devido aos esforços seus
Fica agradecendo a Deus
Por não nos ver mais doente

Quando mãe chega se sente
Mais brilho no firmamento
Dá o primeiro alimento
No nascimento d’agente
Ela está sempre presente
Em qualquer situação
Se estou certo ou sem razão
Ou mesmo um condenado
Ela fica do meu lado
Nem que custe a salvação

Agradeço de coração
O que Deus já tem me dado
Ter minha Mãe do meu lado
Em qualquer situação
É grande a minha emoção
Esta homenagem prestar
A todas quero abraçar
Mães puras de boas almas
A todas eu peço palmas
VIVA AS MÃES DESTE LUGAR!


de Josemar Rabêlo de Vasconcelos

Transnordestina transforma Salgueiro




Valor Econômico - 30/11/2010

Ainda decifrando os muitos horizontes abertos pelo primeiro emprego, a estudante Cyntia Carolina de Souza, de 18 anos, só tem uma certeza imediata: quer consumir. Perguntada sobre o que vai mal em Salgueiro, cidade de 56 mil habitantes no sertão de Pernambuco, ela só se lembrou da torturante demora na conclusão das obras do primeiro shopping center local. "Estou muito ansiosa", afirmou a estudante, que trabalha há quatro meses no controle de qualidade da fábrica de dormentes de Salgueiro, com salário de R$ 792 mensais.

Para desespero de Cyntia, o Salgueiro Shopping só deve ficar pronto em novembro de 2011. O local vai abrigar uma praça de alimentação e 50 lojas, entre as quais já estão garantidas marcas nacionalmente conhecidas, como O Boticário, Americanas e Sorvetes Nestlé. "Também estou negociando com um banco internacional a instalação de uma agência, mas ainda não posso adiantar detalhes", afirmou o empresário Eugênio Muniz, que está colocando do próprio bolso 60% dos R$ 10 milhões investidos no shopping.

O empreendimento é mais uma aposta do empresário em Salgueiro, sua terra natal. Bastante conhecido na região, Muniz também é dono da varejista Tradição, que vende móveis e eletrodomésticos em 38 lojas espalhadas pelo sertão nordestino. Segundo ele, os negócios vão muito bem em todas as praças, mas é em Salgueiro que se colhe os melhores frutos. "Meu faturamento dobrou aqui nos últimos dois anos, mesmo com a chegada de redes concorrentes", relatou.

O dinamismo econômico pelo qual passa a região Nordeste, puxado pela alta vertiginosa da renda e do consumo, é singular em Salgueiro. Localizada em um ponto geograficamente estratégico do Nordeste, a cidade se transformou em um imenso canteiro de obras, com destaque para os projetos da ferrovia Transnordestina e de transposição do Rio São Francisco. "Salgueiro é o lugar onde todo mundo ganha", resume o dentista Julio Cezar Cruz, que nos últimos dois anos ganhou mais de 30 concorrentes, porém viu seu consultório aumentar os lucros em 30%.

Emancipado em 1864, o município está exatamente no cruzamento entre as movimentadas rodovias BR-232 e BR-116 e fica a menos de 600 quilômetros de todas as capitais do Nordeste, com exceção de São Luís (MA). O potencial dessa localização para o setor logístico ganhou força com a definição do traçado da Transnordestina, que colocou Salgueiro como principal entroncamento da ferrovia. A cidade será passagem obrigatória para se chegar a qualquer um dos três extremos da ferrovia, que são os portos de Suape (PE) e Pecém (CE) e o município de Eliseu Martins (PI).

Segundo o prefeito de Salgueiro, Marcones Libório de Sá (PSB), cerca de R$ 70 milhões irão para os cofres municipais neste ano, um crescimento de 52% em relação a 2009. A arrecadação com o Imposto Sobre Serviços (ISS) deve aumentar impressionantes 275%, para R$ 7,5 milhões. Com a valorização dos imóveis, o IPTU vai dobrar. "Quando assumimos, em janeiro de 2009, a receita própria representava 9% da arrecadação total. Este ano vai chegar próximo de 20%", calculou o prefeito.

O principal projeto instalado em Salgueiro é o canteiro central da Transnordestina, cujas obras estão hoje no pico de atividade. Somente a construtora Odebrecht, que toca o empreendimento na região, está empregando mais de 3 mil pessoas na cidade. Além da transposição do São Francisco, há ainda obras de uma fábrica de computadores, de uma adutora, de pavimentação de ruas, entre muitas outras. De acordo com o prefeito, cerca de 15 mil pessoas estão trabalhando em todos esses projetos.

Números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam um crescimento de 102% na geração líquida de empregos em Salgueiro entre janeiro e outubro deste ano. Mais de 90% dos novos postos de trabalho com carteira assinada foram gerados no setor da construção civil, que sofre com a falta de mão de obra.

Um dos prejudicados por essa escassez é Julio Cesar Vasconcelos, de 26 anos, também natural da cidade. Após estudar Hotelaria no Recife, ele abandonou um emprego de recepcionista na capital pernambucana para ser empreendedor em sua terra natal. Há um ano e cinco meses, comanda um concorrido restaurante de beira de estrada. A primeira ampliação já está em andamento, mas a obra parou por falta de pedreiro. "Já era pra ter concluído faz tempo", queixa-se.

Animado com as oportunidades na região, ele agora quer abrir um hotel em Salgueiro, outra carência local. Reclama, no entanto, da supervalorização das terras e dos imóveis. "Há terrenos que valiam R$ 5 mil e hoje estão pedindo R$ 100 mil", conta o empresário, em um misto de perplexidade e frustração. O prefeito também está atônito: "O dono do imóvel onde fica um posto de saúde nosso quer aumentar o aluguel de R$ 600 para R$ 2 mil de uma tacada só", conta.

Feliz com a situação está Fernando Parente, único corretor de imóveis de Salgueiro, hoje com pinta de celebridade. Cauteloso em revelar números de sua ascensão na pirâmide social, ele diz que seu faturamento dobrou no último ano e meio. Hoje Fernando administra uma significativa lista de espera por imóveis para locação e compra na cidade. "O preço médio dos aluguéis triplicou. O dos imóveis comerciais também. Um ponto que era alugado por R$ 1 mil, foi recentemente alugado por R$ 6 mil", relata.

O boom imobiliário de Salgueiro vem da imensa procura das empresas com obras na cidade. Sem leitos de hotel suficientes, muitas buscam casas para acomodar seus funcionários. Diante do potencial de valorização dos imóveis, até mesmo os engenheiros que estão temporariamente morando na cidade já começaram a comprar terras nos arredores.

De acordo com o prefeito, o último levantamento feito em Salgueiro apontou para a existência de apenas 840 leitos de hotel na cidade, número deveras insuficiente para os padrões atuais, ainda mais em se tratando de acomodações mais confortáveis, voltadas aos profissionais de escalões superiores que visitam a cidade.

De olho neste nicho, a ex-professora Socorro Borba está investindo R$ 1 milhão na expansão do seu Salgueiro Plaza Hotel. O número de suítes passou de 32 para 58. "Nenhuma área do comércio em Salgueiro tem do que reclamar", garante Socorro.

Assim como os demais empresários da cidade, Socorro não acredita na existência de uma bolha em Salgueiro. Uma eventual diminuição do movimento após a conclusão das principais obras, em dezembro de 2012, já está nos cálculos. Porém, todos acreditam que o desenvolvimento veio para ficar.

A principal aposta é o projeto, já em fase inicial, de construção de uma plataforma logística multimodal, que servirá para troca de cargas entre os caminhões e os trens da Transnordestina. O "porto seco", como é chamado o empreendimento, ficará em uma área de 347 hectares e está aguardando licença ambiental para instalação do canteiro de obras.

Responsável pelo projeto, a Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (AD Diper) quer criar ali um polo logístico e agroindustrial. Além da localização estratégica, o porto seco poderia atrair, por exemplo, indústrias interessadas em beneficiar os grãos que chegarão mais baratos pela ferrovia. De acordo com o presidente do órgão, Jenner Guimarães, o governo estadual está em negociações avançadas com alguns grupos que atuam no setor, porém preferiu não adiantar os nomes.

Outra prioridade é definir como será a gestão da plataforma, cujo projeto também prevê a construção de um aeroporto de cargas. O presidente da AD Diper informou que poderão ser adotados os formatos de concessão pura ou de parceria público-privada (PPP).

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

SONETO DE GILMAR LEITE



O Jardim de uma Poetisa

                                À poetisa Rachel Rabelo

Os teus versos têm cores madrigais,
O perfume que exala nas campinas,
O frescor das gotículas cristalinas
Dando os beijos nas flores aromais.

As palavras têm tons angelicais
Na candura de estrofes bem divinas,
Onde o riso mais puro das meninas
São teus versos com luzes matinais.

Os sonetos que brotam do teu peito
São os lírios do sonho mais perfeito,
Exalando das pétalas teu perfume.

Ao andar no jardim dos teus poemas,
Encontramos essências de alfazemas
Com fulgores dum lindo vaga-lume.

domingo, 28 de novembro de 2010

VERSO DE ALDO NEVES


Eu estava falando com o poeta Aldo Neves, no bar de Mixirica sobre o clima de final de ano, quando o poeta imediatamente fez:

Até o Semblante Muda
Na Pomba Branca da Paz
O Pais Abraçando os Filhos
Os Filhos Abraçando os Pais
O Ódio Perdendo Espaço
O Amor Crescendo Mais

VERSO DE FENELON DANTAS

A caridade agora é nosso assunto
A gente deve doar enquanto deve
Que depois de morrer não há quem leve
Um tostão de dinheiro que tem junto
Não há bolso pra roupa de defunto
Nem caneta pra tampa de caixão
Que Deus só cobra o pedágio dos que vão
Quando a carga da fé está vencida
Um pedaço de pão conforta a vida
D’um mendigo que sofre pelo um pão
                                                  (Fenelon Dantas)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O QUE É QUE ME RESTA FAzER MAIS?



O QUE É QUE ME FALTA FAZER MAIS


(Josa Rabêlo)

Viajei por este mundão inteiro
Naveguei os sete mares que existe
Alegrei a quem  encontrei triste
Monte Everest, eu conquistei primeiro
Fui criador do primeiro de janeiro
Do calendário dos dias atuais
Conheço todas as florestas tropicais
Descobri o planeta de Plutão
Ensinei a Luiz fazer Baião
E o que é que me falta fazer mais?

A espada de Joana D’arc eu forjei
De Tomas Edson fui colaborador
Ensinei Rui Barbosa ser orador
Os concílios da católica organizei
Em Nicéia e Trento me formei
Pra defender esses dogmas atuais
Reuni Sacerdotes e Cardeais
Para que ao povo trouxessem sua Luz
Fiz tudo isso em nome de Jesus
E o que é que me falta fazer mais?

Já cantei em todo esse arrebol
Dei em tudo que é poeta violeiro
Ensinei a Pinto do Monteiro
Fui inventor da camisa cachecol
Para o Brasil eu trouxe Futebol
Junto a Charles Muller bom rapaz
Nesse esporte o Brasil tem bom cartaz
Tem o título de Penta-Campeão
Fui assistente do grande Felipão
E o que é que me falta fazer mais?

Do Filósofo Sócrates, Conselheiro
De Cristóvão Colombo, Capitão
Da estória de Maria e João
Escrevi e ganhei logo o primeiro
Prêmio que um poeta estrangeiro
Queria ganhar e esforçou-se até de mais
Fui tutor de Dom Pedro sofri demais
Antes dele assumir esta nação
E na empreita Bonifácio deu-me mão
E o que é que me falta fazer mais?

De Alexandre, o Grande, fui Guerreiro
Na Roma dos Césares , Senador
Do império Britânico, Opositor
E na África do Sul cheguei primeiro
Do Mahatman eu fui seu conselheiro
Ajudei esse santo até demais
A livrar seu País pregando a Paz,
Usando o diálogo e consciência
Fazendo uso da não violência
E o que é que falta fazer mais?

Com Lutter King marchei mais d”uma vez
Defendendo sua tese em questão
De lutar pelo Negro, seu irmão
Dei a ele de conselho mais de três
Mais o próprio dos conselhos se desfez
Defedendo os assuntos principais
Contra os preconceitos raciais
E até hoje o seu nome é lembrado
Grande mártir que foi assassinado
E o que é que falta fazer mais?

Naveguei com os fenícios há
Mais de dez mil anos que passô
E a Santos Dumont o inventô
D’uma máquina que andava pelo ar
Ajudei esse homem quando na
Criação do avião pra ser capaz
De entrar pra história e nunca mais
Ser esquecido devido a invenção
Batizei-o de O Pai da Aviação
E o que é que me falta fazer mais?

Quando eu descobri penicilina
Essa criação eu não patenteei
A febre amarela eu erradiquei
Fui um mestre, um às da medicina
Contra à ditadura fui pra cima
Dos palanques e passei para os jornais
Pra mulheres, fui motivos de ais
E pra minha missão ficar completa
Inventei eu de um dia ser poeta
E o que é que me resta fazer mais?

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

SONETO DE SEBASTIÃO SIQUERA (BEIJO)

TRANSFORMAÇÃO

 Hoje cedo um espelho me mostrava
O meu rosto bastante diferente,
Foi o tempo passando eu não notava
Mesmo tendo o espelho em minha frente.

Quando a fonte de ilusões me alimentava
Passei os anos a tudo indiferente.
Enquanto lento, o tempo passava.
deixando a tinta que o transforma a gente.

Com a distância dos meus vintes anos
E já a sombra de alguns desenganos
Porque a vida se termina assim

Com as diferenças que o início pinta
É bom que o homem na velhice sinta
Antecipadas as impressões do fim.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

VERSOS DE ALDO NEVES NO ENCONTRO DA "RABELADA" SÁBADO E DOMINGO, DIAS 19 E 20 DE NOVEMBRO DE 2010

O POETA ALDO NEVES FEZ ESSA OBRA PRIMA NO ALPENDRE DA CASA, DE SÍTIO, DE TEREZINHA RABELO...


ESSE ALPENDRE POR NÓS É VISITADO
E ESSA CASA TÃO SIMPLES FICOU BELA
ONDE O VENTO PENETRA NA JANELA
LAGARTIXAS PASSEIAM NO TELHADO
ENCONTREI UMA IMAGEM DO PASSADO
ENCOSTADO A UM CHIQUEIRO DE GALINHA
E BEM PERTINHO DA PORTA DA COZINHA
A PANELA POR FOGO JÁ TINGIDA
TUDO QUANDO FAREMOS NESTA VIDA
É EM TORNO DE DONA TEREZINHA
(ALDO NEVES)

... NA CALÇADA DE DONA TEREZINHA RABÊLO FOI ASSIM...

OUTRO ENCONTRO VAI SER MUITO CUSTOSO
MISTURANDO A RESSACA COM BEBIDA
VENDO A PRAÇA ENFEITANDO A AVENIDA
E COM DIRCEU NUM DISCURSO MAJESTOSO
ELE ALÉM DE POETA É CAPRICHOSO          
E O SEU PESO DE VERSOS DEU NO MEU
UMA ESTRELA SUBIU O CÉU DESCEU
N O SEMBLANTE ENRUGADO O CHORO INVADE
E TODO MUNDO SOLUÇA COM SAUDADE
NA SÁIDA DO POVO DE DIRCEU


MOTE: FICA O DIA MAIS BONITO
            NA PRESENÇA DE DIRCEU
GLOSA: ALDO NEVES






DIRCEU JÁ NASCEU FORMADO
NAS AULAS DA NATUREZA
VENDO UM CÃO QUE AMOLA A PRESA
SENTINDO UM PEBA ENCOVADO
O VENTO ESFRIANDO O PRADO
DEPOIS QUE AMANHECEU
MEIO DIA O SOL PENDEU
E UM NAMBU DEU UM APITO
FICA O DIA MAIS BONITO
NA PRESENÇA DE DIRCEU

QUEM NASCEU NA MINHA TERRA
OUVIU  CHOCALHO TOCANDO
JÁ VIU VAQUEIRO ABOIANDO
PERTO DO SOPÉ DA SERRA
VENDO UM DIA QUE SE ENCERRA
E DEPOIS QUE ESCURECEU
TRAVESSOU RIO  QUE ENCHEU
PENDURADO NUM CAMBITO
FICA O DIA MAIS BONITO
NA PRESENÇA DE DIRCEU

DIRCEU DEIXOU SUA CAMA
PARTIU COMO VETERANO
NÃO VAI PASSAR MAIS UM ANO
SEM VIR Á TUPARETAMA
ONDE O VERSO SE DERRAMA
IGUAL COPO QUE ENCHEU
QUE O DONO LHE ESQUECEU
MAIS DEPOIS FICOU AFLITO
FICA O DIA MAIS BONITO
NA PRESENÇA DE DIRCEU

SONETO DE ZÉ ADALBERTO


PISTOLEIRO!!!


CEGO DE GANÂNCIA QUE TÊM COMO GUIA
O DINHEIRO SUJO SEU MAIOR TRIBUTO
ANDA ACOBERTADO PELA COVARDIA
DERRAMANDO SANGUE E ESPALHANDO LUTO

APÓS CADA ATO DE SELVAGERIA
RETORNA AO MANDANTE RECEBE E ASTUTO
SAI DE BOLSO CHEIO E DE ALMA VAZIA
DEVENDO A JESUS E SEM PAZ UM MINUTO

ÁGIL NO GATILHO, FRIO NA TOCAIA
EM SUA EMBOSCADA NÃO HÁ QUEM NÃO CAIA
NÃO É AUTUADO, MAIS MATANDO ATUA

NAS ALTAS CALADAS AGE ÁS ESCONDIDAS
FECHANDO NEGÓCIOS, PONDO PREÇOS EM VIDAS
DEUS ESTÁ SABENDO QUANTO CUSTA A SUA...

SONETO E VERSOS DE MARIANA TELES






A poetisa fez para o seu pai, Valdir Telles, esa obra prima da poesia?




Hoje eu volto meu pai,buscando abrigo
Embalada por dores e tormentos
A saudade guiando os passos lentos
Que o corpo dirige ao lar antigo

Os fracassos meu pai,voltam comigo...
Na tempestade dos antigos ventos
Onde o meu pranto lavou os momentos
Que eu desejava pai,estar contigo...

Buscando a pureza que vem dos teus braços
Manchada na tinta da cor dos fracassos
Trago minha benção,que abraçar-te vai...

Com os olhos rasos,o pranto caindo
Os lábios fechados se abrem sorrindo
Contemplando a dádiva de chamar-te: PAI .

Quando a lua desfila,eu entro em cena
Dividindo com ela o mesmo brilho
O meu corpo refém de um andarilho
Que jurou me amar,talvez por pena
Eu que a ele entreguei de forma plena
A mais santa das minhas formosuras
Rasurando os perfis das escrituras
Selpultando o silencio em meu gemido
O silencio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras

O cabelo hoje branco representa
O pincél prateado da idade
Uma brecha da minha mocidade
Se escondendo na casa dos setenta
Cada lua que morre,a dor aumenta
Derramando o meu pranto em doses puras
Eu que antes fui musa das costuras
Resta um bico mal feito em meu vestido
O silencio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras

Eu não tive direito á um anél
Mas, a faixa de misse já foi minha
Eu que andei coroada por rainha
Hoje guardo a história de um bordel
O meu beijo que antes tinha mel
Eu de tanto oferta-lo fiz misturas
Que hoje em dia as bocas mais impuras
Cospem fel no meu lábio poluído
O silencio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras

Restam ecos de sons em meus ouvidos
Na ressaca de antigas madrugadas
O meu corpo embalado por passadas
No compasso da dor meus gemidos
Os meus sonhos morreram proibidos
Enterrados em várias sepulturas
Entre as covas que guardam antigas juras
Onde o tempo jurado foi perdido
O silencio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras

Na poeira da santa madrugada
Quando a noite se veste de negrume
O meu corpo despido de perfume
Adormece na beira da calçada
Na frieza da brisa serenada
No orvalho das matas mais escuras
Os meus dedos desfilam ás procuras
De um pedaço de corpo ainda despido
O silencio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras

No altar dos pecados eu fui santa
Fiz do riso um portal pra minhas dores
Meu querer se perdeu dos meus amores
Ir buscá-lo pra mim,não adianta
Como a seca sepulta a cor da planta
A beleza morreu entre as canduras
Eu troquei a pureza nas loucuras
Num retalho de amor mal dividido
O silencio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras

Em um templo de juras e promessas
No andor que carrega fantasias
Eu fui Eva num hedem de poesias
Uma atriz atuando em várias peças
Mas, ao fim do espetáculo as remessas
Da tristeza e do pranto fez misturas
Desenhando um capitulo de torturas
Que pra o púlblico de hoje é proibido
O silencio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras

Quando a noite se pinta em suas cores
O meu pranto ao descer,é mais ligeiro
Sob o claro da luz de um candeeiro
Eu acendo uma restra em minhas dores
Alguns versos narrando meus amores
Aliviam as minhas desventuras
Uma dose de dor banhando as juras
E um resto de sonho não vivido
O silencio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras







sábado, 20 de novembro de 2010

TUDO QUANTO EU SOFRI NA MINHA VIDA/FOI POR CAUSA DA TUA INGRATIDÃO

MOTE: TUDO QUANTO EU SOFRI NA VIDA
             FOI POR CAUSA DA TUA INGRATIDÃO
GLOSA: ALDO NEVES

Seu perfume inda está no travesseiro
E sua foto enfeitando a minha cama
Se a distância é castigo pra quem ama
Vou viver castigado o tempo inteiro
Que amor não se compra com dinheiro
Nem saudade se apaga com a mão
Todo homem que age sem razão
Ele apanha, se acalma e não revida
TUDO QUANTO EU SOFRI NA MINHA VIDA
FOI POR CAUSA DA TUA INGATIDÃO

domingo, 7 de novembro de 2010

Calem a boca, Nordestinos!

Leiam esse texto na íntegra, é magnífico!
 
Calem a boca, Nordestinos!
Por José Barbosa Junior 

As eleições de 2010 trouxeram à tona, entre muitas outras coisas, o que há de pior no Brasil em relação aos preconceitos. Sejam eles religiosos, partidários, regionais, foram lançados à luz de maneira violenta, sádica e contraditória.

Já escrevi sobre os preconceitos religiosos em outros textos e a cada dia me envergonho mais do povo que se diz evangélico (do qual faço parte) e dos pilantras profissionais de púlpito, como Silas Malafaia, Renê Terra Nova e outros, que se venderam de forma absurda aos seus candidatos. A luta pelo poder ainda é a maior no meio do baixo-evangelicismo brasileiro.
Mas o que me motivou a escrever este texto foi a celeuma causada na internet, que extrapolou a rede mundial de computadores, pelas declarações da paulista, estudante de Direito, Mayara Petruso, alavancada por uma declaração no twitter: “Nordestino não é gente. Faça um favor a SP, mate um nordestino afogado!”.
Infelizmente, Mayara não foi a única. Vários outros “brasileiros” também passaram a agredir os nordestinos, revoltados com o resultado final das eleições, que elegeu a primeira mulher presidentE ou presidentA (sim, fui corrigido por muitos e convencido pelos “amigos” Houaiss e Aurélio) do nosso país.
E fiquei a pensar nas verdades ditas por estes jovens, tão emocionados em suas declarações contra os nordestinos. Eles têm razão!
Os nordestinos devem ficar quietos! Cale a boca, povo do Nordeste!
Que coisas boas vocês têm pra oferecer ao resto do país?
Ou vocês pensam que são os bons só porque deram à literatura brasileira nomes como o do alagoano Graciliano Ramos, dos paraibanos José Lins do Rego e Ariano Suassuna, dos pernambucanos João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira, ou então dos cearenses José de Alencar e a maravilhosa Rachel de Queiroz?
Só porque o Maranhão nos deu Gonçalves Dias, Aluisio Azevedo, Arthur Azevedo, Ferreira Gullar, José Louzeiro e Josué Montello, e o Ceará nos presenteou com José de Alencar e Patativa do Assaré e a Bahia em seus encantos nos deu como herança Jorge Amado, vocês pensam que podem tudo?
Isso sem falar no humor brasileiro, de quem sugamos de vocês os talentos do genial  Chico Anysio, do eterno trapalhão Renato Aragão, de Tom Cavalcante e até mesmo do palhaço Tiririca, que foi eleito o deputado federal mais votado pelos… pasmem… PAULISTAS!!!

E já que está na moda o cinema brasileiro, ainda poderia falar de atores como os cearenses José Wilker, Luiza Tomé, Milton Moraes e Emiliano Queiróz, o inesquecível Dirceu Borboleta, ou ainda do paraibano José Dumont ou de Marco Nanini, pernambucano.

Ah! E ainda os baianos Lázaro Ramos e Wagner Moura, que será eternizado pelo “carioca” Capitão Nascimento, de Tropa de Elite, 1 e 2.
Música? Não, vocês nordestinos não poderiam ter coisa boa a nos oferecer, povo analfabeto e sem cultura…
Ou pensam que teremos que aceitar vocês por causa da aterradora simplicidade e majestade de Luiz Gonzaga, o rei do baião? Ou das lindas canções de Nando Cordel e dos seus conterrâneos pernambucanos Alceu Valença, Dominguinhos, Geraldo Azevedo e Lenine? Isso sem falar nos paraibanos Zé e Elba Ramalho e do cearense Fagner…
E Não poderia deixar de lembrar também da genial família Caymmi e suas melofias doces e baianas a embalar dias e noites repletas de poesia…
Ah! Nordestinos…
Além de tudo isso, vocês ainda resistiram à escravatura. E foi daí que nasceu o mais famoso quilombo, símbolo da resistência dos negros à força opressora do branco que sabe o que é melhor para o nosso país. Por que vocês foram nos dar Zumbi dos Palmares? Só para marcar mais um ponto na sofrida e linda história do seu povo?
Um conselho, pobres nordestinos. Vocês deveriam aprender conosco, povo civilizado do sul e sudeste do Brasil. Nós, sim, temos coisas boas a lhes ensinar.
Por que não aprendem conosco os batidões do funk carioca? Deveriam aprender e ver as suas meninas dançarem até o chão, sendo carinhosamente chamadas de “cachorras”. Além disso, deveriam aprender também muito da poesia estética e musical de Tati Quebra-Barraco, Latino e Kelly Key. Sim, porque melhor que a asa branca bater asas e voar, é ter festa no apê e rolar bundalelê!
Por que não aprendem do pagode gostoso de Netinho de Paula? E ainda poderiam levar suas meninas para “um dia de princesa” (se não apanharem no caminho)! Ou então o rock melódico e poético de Supla! Vocês adorariam!!!
Mas se não quiserem, podemos pedir ao pessoal aqui do lado, do Mato Grosso do Sul, que lhes exporte o sertanejo universitário… coisa da melhor qualidade!
Ah! E sem falar numa coisa que vocês tem que aprender conosco, povo civilizado, branco e intelectualizado: explorar bem o trabalho infantil! Vocês não sabem, mas na verdade não está em jogo se é ou não trabalho infantil (isso pouco vale pra justiça), o que importa mesmo é o QUANTO esse trabalho infantil vai render. Ou vocês não perceberam ainda que suas crianças não podem trabalhar nas plantações, nas roças, etc. porque isso as afasta da escola e é um trabalho horroroso e sujo, mas na verdade, é porque ganha pouco. Bom mesmo é a menina deixar de estudar pra ser modelo e sustentar os pais, ou ser atriz mirim ou cantora e ter a sua vida totalmente modificada, mesmo que não tenha estrutura psicológica pra isso… mas o que importa mesmo é que vão encher o bolso e nunca precisarão de Bolsa-família, daí, é fácil criticar quem precisa!
Minha mensagem então é essa: – Calem a boca, nordestinos!
Calem a boca, porque vocês não precisam se rebaixar e tentar responder a tantos absurdos de gente que não entende o que é, mesmo sendo abandonado por tantos anos pelo próprio país, vocês tirarem tanta beleza e poesia das mãos calejadas e das peles ressecadas de sol a sol.
Calem a boca, e deixem quem não tem nada pra dizer jogar suas palavras ao vento. Não deixem que isso os tire de sua posição majestosa na construção desse povo maravilhoso, de tantas cores, sotaques, religiões e gentes.
Calem a boca, porque a história desse país responderá por si mesma a importância e a contribuição que vocês nos legaram, seja na literatura, na música, nas artes cênicas ou em quaisquer situações em que a força do seu povo falou mais alto e fez valer a máxima do escritor: “O sertanejo é, antes de tudo, um forte!”
Que o Deus de todos os povos, raças, tribos e nações, os abençoe, queridos irmãos nordestinos!

21 conselhos das Universidades de Medicina: HARVARD e CAMBRIDGE

21 conselhos das Universidades de Medicina: HARVARD e CAMBRIDGE
 
As universidades Harvard e Cambridge publicaram recentemente um compêndio com 20 Conselhos saudáveis para melhorar a qualidade de vida de forma prática e habitual :

01- Um copo de suco de laranja
 
Diariamente para aumentar o Ferro e repor a vitamina C.


02- Salpicar canela no café 
 (mantém baixo o colesterol e estáveis os níveis de açúcar no sangue).

03- Trocar o pãozinho tradicional pelo pão integral
 
O pão integral tem 4 vezes mais fibra, 3 vezes mais zinco e quase 2 vezes mais Ferro que tem o pão branco.

04- Mastigar os vegetais por mais tempo.
Isto aumenta a quantidade de químicos anticancerígenos liberados no corpo. Mastigar libera sinigrina. E quanto menos se cozinham OS vegetais, melhor efeito preventivo têm.

05- Adotar a regra dos 80%: 
Servir-se menos 20% da comida que costuma comer, evita transtornos gastrintestinais, prolonga a vida e reduz o risco de diabetes e ataques de coração.

06- LARANJA o futuro está na laranja,
  que reduz em 30% o risco de câncer de pulmão.

07- Fazer refeições coloridas como o arco-íris
 .  
Comer DIARIAMENTE, uma variedade de vermelho, laranja, amarelo, Verde, roxo e branco em frutas e vegetais, cria uma melhor mistura de antioxidantes, vitaminas e minerais.

08- Comer pizza, macarronada ou qualquer outra coisa com molho de tomate.
 

 Mas escolha as pizzas de massa fininha.  O Licopeno, um antioxidante dos tomates pode inibir e ainda reverter o crescimento dos tumores; e ademais é melhor absorvido pelo corpo quando OS tomates estão em molhos para massas ou para pizza .

09- Limpar sua escova de dentes e trocá-la regularmente .
As escovas podem espalhar gripes e resfriados e outros germes. Assim, é recomendado lavá-las com água quente pelo menos quatro vezes à semana (aproveite o banho no chuveiro), sobretudo após doenças, quando devem ser mantidas separadas de outras escovas.

10- Realizar atividades que estimulem a mente e fortaleçam sua memória
...
 Faça alguns testes ou quebra-cabeças, palavras-cruzadas, aprenda um idioma, alguma habilidade nova...  Leia um livro e memorize parágrafos; escreva, estude, aprenda. Sua mente agradece e seus amigos também, pois é interessante conversar com alguém que tem assunto.

11- Usar fio dental e não mastigar chicletes .  
 Acreditem ou não, uma pesquisa deu como resultado que as pessoas que mastigam chicletes têm mais possibilidade de sofrer de arteriosclerose, pois tem os vasos sanguíneos mais estreitos, o que pode preceder a um ataque do coração.  Usar fio dental pode acrescentar seis anos a sua idade biológica porque remove as bactérias que atacam aos dentes e o corpo.

12- Rir.  
Uma boa gargalhada é um 'mini-workout', um pequeno exercício físico: 100 a 200 gargalhadas equivalem a 10 minutos de corrida.   Baixa o estresse e acorda células naturais de defesa e OS anticorpos.

13- Não descascar com antecipação
.  
 Os vegetais ou frutas, sempre frescos, devem ser cortados e descascados na hora em que forem consumidos.  Isso aumenta os níveis de nutrientes contra o câncer. Sucos de fruta têm que ser tomados assim que são preparados.

14- Ligar para seus parentes/pais de vez em quando.
  Um estudo da Faculdade de Medicina de Harvard concluiu que 91% das pessoas que não mantém um laço afetivo com seus entes queridos, particularmente com a mãe, desenvolvem alta pressão, alcoolismo ou doenças cardíacas em idade temporã .

15- Desfrutar de uma xícara de chá.  
O chá comum contém menos níveis de antioxidantes que o chá Verde, e beber só uma xícara diária desta infusão diminui o risco de doenças coronárias.  Cientistas israelenses também concluíram que beber chá aumenta a sobrevida depois de ataques ao coração.

16- Ter um animal de estimação
.
As pessoas que não têm animais domésticos sofrem mais de estresse e visitam o médico regularmente, dizem os cientistas da Cambridge University.  Os mascotes fazem você sentir-se otimista, relaxado e isso baixa a pressão do sangue.   
Os cães são OS melhores, mas até um peixinho dourado pode causar um bom resultado.

17- Colocar tomate ou verdura frescas no sanduíche
.
 Uma porção de tomate por dia baixa o risco de doença coronária em 30%, segundo cientistas da Harvard Medical School; vantagens outras são conseguidas atráves de verduras frescas.

18- Reorganizar a geladeira .  
As verduras em qualquer lugar de sua geladeira perdem substâncias nutritivas, porque a luz artificial do equipamento destrói os flavonóides que combatem o câncer que todo vegetal tem.  Por isso, é melhor usar á área reservada a ela, aquela caixa bem embaixo ou guardar em um tape ware escuro e bem fechado.

19- Comer como um passarinho.  
A semente de girassol e as sementes de sésamo nas saladas e cereais são nutrientes e antioxidantes.  E comer nozes entre as refeições reduz o risco de diabetes.
 
20- Uma banana por dia quase dispensa o médico, vejamos:  " Pesquisa da Universidade de Bekeley”.
A banana previne a anemia, a tensão arterial alta, melhora a capacidade mental, cura ressacas, alivia azia, acalma o sistema nervoso, alivia TPM, reduz risco de infarto, e tantas outras coisas mais, então: é ou não é um remédio natural contra várias doenças?

21- e, por último, um mix de pequenas dicas para alongar a vida:   
-comer chocolate.
Duas barras por semana estendem um ano a vida. O amargo é fonte de ferro, magnésio e potássio..


- pensar positivamente .  
Pessoas otimistas podem viver até 12 anos mais que os pessimistas,  que, além disso, pegam gripes e resfriados mais facilmente, são menos queridos e mais amargos.

- ser sociável
Pessoas com fortes laços sociais ou redes de amigos têm vidas mais saudáveis que as pessoas solitárias ou que só têm contato com a família.

 - conhecer a si mesmo .  
Os verdadeiros crentes e aqueles que priorizam o 'ser' sobre o 'ter'  têm 35% de probabilidade de viver mais tempo, e de ter qualidade de vida...
 
'Não parece tão sacrificante, não é verdade?  Uma vez incorporados, os conselhos, facilmente tornam-se hábitos.
  É exatamente o que diz uma certa frase de Sêneca:
"Escolha a melhor forma de viver e o costume a tornará agradável." 
"Crie bons hábitos e torne-se escravo deles, como costumamos ser dos maus hábitos".
  

Quem luta com monstros deve velar por que, ao fazê-lo, não se transforme também em monstro. E se tu olhares, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti.

"Friedrich Nietzsche"