JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

segunda-feira, 29 de abril de 2013

POETA BRÁS IVAN

  • Caro Josa, Que Deus te encha de força e fè neste momento de dor. Eu daqui te acompanho com minhas oraçoes. Paz pra ti e tua familia.
  • 29 de janeiro
  • Brás Ivan Costa Santos
    Foi um talho profundo em reta linha
    Uma dor forte assim talvez não haja
    O remédio alivia mas não saja
    A ferida que tem na alma minha
    Com Danilo entre nós a vida tinha
    Os tons vivos de tela colorida
    Mas, agora só tem essa ferida
    E a dor da saudade do menino.
    "A NAVALHA AFIADA DO DESTINO
    DEU UM CORTE CRUEL NA MINHA VIDA."

    NOTE: JOSA RABELO
    GLOSA: Brás.
  • 31 de janeiro
  •  
    Brás Ivan Costa Santos
    E Deus se compadecendo
    Vendo seu povo sofrer
    Manda seu sol se esconder
    Vê-se o céu escurecendo
    Vem uma nuvem chovendo
    Da comporta da usina
    Deus manda abrir a turbina
    Que a seca tinha fechado
    Pro sertão ficar molhado
     

    DEPOIS QUE A SECA TERMINA.
    Do sertão para o agreste
    Dum tecido colorido
    A chuva tece um vestido
    E o corpo da terra veste
    No céu um arco celeste
    Fica enfeitando a cortina
    Feita de véu e neblina
    Que Deus quis dá de presente
    Pra janela do poente
     

    DEPOIS QUE A SECA TERMINA.
    A água tange o basculho
    No manso leito do rio
    Que se encontrava vazio
    Desde meiados de julho
    Da mata vem o barulho
    Do canto da sururina
    Que não canta a trsite sina
    De uma ave viúva
    Mas, canta louvando a chuva
     

    DEPOIS QUE A SECA TERMINA.
    A telha deixa que molhe
    A linha, o caibro e a ripa
    O "empresário" do pipa
    Os carros pipas recolhe
    O gado faminto escolhe
    O que comer na campina
    Nem sequer olha pra tina
    Onde só comia palma
    O sertão muda de alma
    DEPOIS QUE A SECA TERMINA.
     

    A água corre barrenta
    Pelos cantos do terreiro
    E a copa do marmeleiro
    Um verde brilhante ostenta
    No nascente se apresenta
    Uma torre pequenina
    A chuva começa fina
    Mas, aos pouquinhos engrossa
    Começa a festa na roça
    DEPOIS QUE A SECA TERMINA.
    Brás.
  • Domingo
  • Brás Ivan Costa Santos
    Eita meu bom Pajeu
    Este teu poeta ingrato
    Ta com saudade do mato
    Onde correu seminu
    Ta lembrado do angu
    De milho novo e canela
    Do rangido da cancela
    Do tempo da mocidade.
    Ja sentiu tanta saudade
    Que se acostumou com ela.

    Brás