JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

sexta-feira, 20 de julho de 2012

POETA SONETEANDO E POETIZANDO!!!!

Distantes

Não nos vemos direto, infelizmente,
Nosso amor já nasceu vendo a estrada...
Mas por um telefone a gente sente
Que a distância não muda quase nada.

Nós choramos, sorrimos facilmente...
Nesse amor nunca dá linha cruzada...
E fazemos poemas, de repente
Ou cantamos por toda a madrugada.

Muitas vezes compomos melodias
E entre assuntos, canções e poesias
A saudade da gente se mascara.

Se a distância esse amor nunca esmorece,
Por aí você tira o que acontece
Quando a gente se encontra cara a cara.

Vinícius Gregório
“Justo céu, por que me deste
Um peito capaz de amar?”

Não mediste a dor da cena
De me deixar desse jeito...
A dor que sinto em meu peito
A qualquer um causa pena.
Tal qual uma madalena...
Trocaste-me num piscar.
Sem ninguém pra me escutar
Eu reclamo ao vão celeste:
“Justo céu, por que me deste
Um peito capaz de amar?”

Se era pra tirar depois,
Melhor, antes não ter dado
Teu amor falsificado
Que me iludiu por nós dois.
Numa plantação de arroz,
O Pardal pode empestar.
No plantio do meu pensar,
A saudade é que é a peste...
“Justo céu, por que me deste
Um peito capaz de amar?”

Se é grande a dor da saudade,
Pro poeta ela é maior...
Eu quis tê-la ao meu redor,
Mas foi só minha a vontade.
Apesar da pouca idade,
Envelheci de penar.
Esse amor é como um mar
Que eu “tô” nadando sem leste...
“Justo céu, por que me deste
Um peito capaz de amar?”

Melhor que eu tivesse vindo...
Desprovido de ilusão,
Pra que as dores da paixão
Eu não tivesse sentindo.
Era melhor “tá” vestindo
O “véu” do “vagabundar”,
Não me envolver, nem me dar...
Mas é o amor quem me veste.
“Justo céu, por que me deste
Um peito capaz de amar?”

Vinícius Gregório
Saudade é sentir um nó
Apertando o seu juízo.
Solidão puxa de um lado
(De um modo muito preciso)
E a lembrança noutra ponta,
Deixando a cabeça tonta,
Cortando a força do riso!

Vinícius Gregório
 
 

E HAJA CULTURA!!!!!!!