JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

segunda-feira, 30 de julho de 2012

LAMPIÃO

NO MASSACRE DE ANGICO, LAMPIÃO
FOI COBAIA, ILUSTRANDO A COVARDIA.

MOTE: POETA DEDÉ MONTEIRO
GLOSAS; HENRIQUE BRANDÃO

Desde quando o mundo virou mundo
Que o mais fraco depende do mais forte
Mesmo estando jogado a própria sorte
Liberdade é o desejo mais profundo
Vendo a planta brotar de um grão fecundo
Ou um bicho lambendo a sua cria
No desejo de ver justiça um dia
Virgulino lutou por esse chão
No massacre de Angico, Lampião
Foi cobaia, ilustrando a covardia.

Se vivemos num estado de direito
Um país que é chamado democrático
Mas pra quê um conceito pragmático
Se o estado só visa o seu proveito
Lampião não viveu do mesmo jeito
Não viveu nessa tal democracia
E talvez cultivasse a rebeldia
Só pra não ser tratado como cão
No massacre de Angico, Lampião
Foi cobaia, ilustrando a covardia.

Numa época onde o coronelismo
Escrevia e ditava suas leis
O “cassaco” não tinha voz, nem vez
Nesse mundo do “mau” capitalismo
E assim se encontrando nesse abismo
Só restou o fuzil pra companhia
E diante de tanta valentia
A volante atacou na traição
No massacre de Angico, Lampião
Foi cobaia, ilustrando a covardia.

Imagine você “inda” criança
Onde só inocência predomina
Avistar bem de perto uma chacina
Vira um monstro embutido na lembrança
Natural o desejo de vingança
Não que seja ato de sabedoria
Mas olhando o que ali acontecia
Uma raiva brotou no coração
No massacre de Angico, Lampião
Foi cobaia, ilustrando a covardia.

Retirante, voraz e resistente
Lampião defendeu os desprovidos
Mesmo vindo de um dos protegidos
O delato de forma deprimente
Não temia chapéu e nem patente
Mesmo assim um amigo lhe traía
Virgulino no fundo já sabia
Que Angico seria seu caixão
No massacre de Angico, Lampião
Foi cobaia, ilustrando a covardia.

Virgulino que foi tão condenado
Batalhou com fuzil, força e suor
Só que hoje se vê de paletó
“Lampiões” com sotaques refinados
O povão permanece amordaçado
Só que hoje ninguém delataria
Só que em vez se ser bom na pontaria
Só são bons pra fazer corrupção
No massacre de Angico, Lampião
Foi cobaia, ilustrando a covardia.

Eu não quero exaltar a violência
Um caminho cruel e tortuoso
Só queria um julgamento honroso
Pra quem tanto serviu a resistência
Só queria um “tantim” de consciência
Pensamentos reais sem fantasia
Não usemos da vil demagogia
Pois nem Cristo julgou o seu irmão
No massacre de Angico, Lampião
Foi cobaia, ilustrando a covardia.

-Henrique Brandão-

TEATRO EM TUPARETAMA

TUPARETAMA RECEBE NESTA SEGUNDA-FEIRA (30/07) O ESPETÁCULO "SOBRE UM PAROQUIANO" DA Compassos Cia. de Danças


Nesta segunda feira dia 30, a Compassos Cia. de Danças estará se apresentando na Casa das Juventudes (Bairro Bom Jesus) às 20:00 horas.   A apresentação em Tuparetama faz parte do  Projeto de Circulação “Sobre um Paroquiano”. 
O projeto já esteve em Lagoa do Carro, Paulista e Aliança. Agora dá início a segunda etapa que irá percorrer os municípios de Tuparetama, Iguaracy (31/07), Carnaíba (02/08) e Calçado (03/08). 
Além do espetáculo “Sobre um Paroquiano” e de um bate papo sobre o processo do trabalho, o projeto realiza também uma oficina para 30 alunos. 

Toda a programação é gratuita, e tem o incentivo do Funcultura.



Fotos e informações do Facebook da COMPASSOS e de Antônio José
DO BLOG: TÁRCIO VIU ASSIM 2

PROBLEMA SECULAR!!!

REBANHOS CONTINUAM MORRENDO COM ESTIAGEM NO SERTÃO
 

Enquanto a imprensa absorve a agenda política, a seca continua dizimando rebanhos em áreas do Pajeú. O relato e fotos do correspondente Marcelo Patriota, em registro especial para o blog,  mostram o drama  na Fazenda Várzea de Queimadas, que tem 90 hectares, e que fica a 9 quilômetros da sede do município. Ao todo, são 120 animais de propriedade do criador Luciano Silva, conhecido como Luciano do Leite.
Luciano do Leite e as carcaças de seus animais: morrendo de fome e  sede
Por causa da estiagem, ele já perdeu mais de 10% do rebanho,  25 vacas. "Eu tirava 120 litros de leite por dia. Hoje não tiro mais nada. Vendi umas 30 vacas a R$ 500 pra receber em 2013,e achei um bom negocio”. Segundo ele, não restava alternativa.  Ele  disse ter cavado um poço que deu 7 mil litros de água. “Mas falta instalar as bombas. Não tenho esse dinheiro”, disse.
Agora, seu Luciano diz que vai arrumar um trator e enterrar os animais. “Fico muito triste quando vejo isso. Tudo o que você trabalhou e o pior, vendo morrer de fome e não puder fazer nada  " frisou Luciano do Leite.
Em outras cidades há registros de mortes de animais em ocorrência da estiagem. Em Itapetim, no sitio de Ademar Vaqueiro, a 4 quilômetros da sede do município, até animais silvestres como dois macacos apareceram debilitados. "Eles só aparecem quando estão com muita fome nas serras onde vivem”, atesta.
 
 
Por Nill Júnior