JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

DEVOLVA MEU VIOLÃO!!!

O poeta Paulo Rabêlo pede ao poeta Hércules Nunes que devolva-lhe o violão:


Devolva Meu Violão

Não quero a voz que ecoou
Rebentando uma ferida
Não quero a lagrima caída
Que o pé da mesa ensopou.
Não quero quem magoou
Este pobre coração,
Nem  quero que a solidão
Sirva de métrica em meu verso
Mas humildemente  peço
Devolva me Violão


Um professor sem escola
Agnaldo sem seu grito
Um juiz sem ter apito
Um craque sem sua bola
Um mendigo sem esmola
Da Vinci sem sua mão
Um namoro sem paixão
Motorista sem estrada
Herculino sem bicada
Sou eu sem meu violão

Tenho pedido a Jesus
Que a droga saia do trilho
E mãe que perdeu seu filho
Lhe mostre um pouco de luz
Rezado pra o  Santa Cruz
Sair desta humilhação.
Que toque seu coração
E que a divina providencia
Mexa em sua consciência
E devolva meu violão

Pra que prego sem martelo
Pra que poeta sem glosa
Pra que enxada pra Josa
Princesa sem ter castelo
Rapadura pra banguelo
Pra que Mauro com tostão
Pra que reza para o cão.
Mesmo sem ter  serventia
Esqueça da covardia
E devolva meu violão.


“ peço ao meu cantor perfeito
Meu parceiro, meu irmão
Já que o figo não tem jeito
Devolva meu violão.

Paulo Rabelo. 03/08/2011.