JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

terça-feira, 11 de agosto de 2015

POETA ANDERSON BRITO

EU, FOLHA...

Minha Vida Saiu De Uma Semente
Quando Um Pássaro Deixou Cair No Chão
Enterrou-se Aos Poucos No Chão Quente
Germinou-se Nos Tiros do Trovão
Pouco À Pouco A Vida Foi Surgindo
Minha Avó ( A Semente) Se Expandindo
Pra Dar Vez A Mamãe, A Raiz Posta
Com O Tempo Estavam Ambas Juntas
Numa Árvore Repleta De Perguntas
Que O Destino Não Soube Dar Respostas

Mesmo Assim, Eu Nasci Pequenininha
Mas A Chuva Me Dava Combustível
(Uma Folha) Sentindo-se A Rainha
Pois Meu Verde Continha Um Tom Incrível
Mas Surgiram Mais Folhas ao Meu Lado
Que Fizeram Pensar No Meu Pecado
De Achar Que Era Única Dentre As Belas
Mas Crescemos Tão Fortes E Unidas
Que Essas Vidas Me Valem Por Mil Vidas
E Quantas Vidas À Mais Couberam Nelas

Até Fiz Amizades Noutras Árvores
Que  A Floresta Era O Lar De Todos Nós
Grandes Pedras Da Cor De Grandes Mármores
E Macacos Pulando Nos Cipós
Muitas Aves Pousavam Sobre A Gente
Vislumbrando O Teor Do Sol Poente
Esperando Cair A Noite Escura
Meu Abraço Era Quente Feito As Chamas
E Eu Folha, Envolvia As Doces Damas
Com Carinho, Amor E Com Ternura

Não Conheço Quem Foi Que Fez Aquilo
Parecia Macaco, Mas Sem Pelos
Seu Andar, Esquio, Tinha Estilo
E Seus Olhos? Jamais Vou Esquecê-los
Vi Amigos Vizinhos Derrubados
Recebendo Pancadas Dos Machados
Cujo Nome Só Sei Porque Mãe Disse
E chegando Mais Perto Donde Eu Tava
Eu Senti Que O Machado Me Cortava
Mesmo Antes Que Ele Me Partisse

Eu Queria Chorar, Mas Não Podia
Pois Não Tinha Mais Água Pra Sugar
Me Lembrei Dos Tempos De Alegria
E De Olhos Fechados Fui Sonhar:
Me Lembrei Das Amigas Que Eu Tinha
Era Um Berço Tão Lindo À Tardinha
Quando Os Bichos Deitavam Em Casais
E As Aves Voltavam Pros Meus Laços
Pra Sentir Outra Vez Os Meus Abraços
E Dormir Em Profunda E Livre Paz

Mas Não Era Esse Sonho Tão Real
O Machado Já Estava Muito Perto
E Num Golpe Humano E Surreal
A Floresta Tornou-se Um Deserto
Uma Lágrima Desceu, De Sofrimento
Eu Me Vi, Carregada Pelo Vento
E Olhei Para Ver O Nosso Fim:
Vi Mamãe Arrancada E Retorcida
Despencar Para O Chão E Já Sem Vida
Dar O Último Adeus Pensando Em Mim.
(Anderson Brito)









POETA DA SEMANA


PEDRO FERNANDES
POETA PEDRO FERNANDES

Na jangada da vida eu naveguei
Vela içada em busca do prazer,
Aos ventos agitados quis vencer
Minha âncora de paixão eu levantei,
pela bússola da razão não me guiei
e num porto de angústia fui parar,
se tiver nova chance, vou traçar
uma rota que desvie o desatino
Apanhei pra deixar de ser menino
Hoje eu apanho tentando não errar.

Paguei caro pela ingenuidade,
Foram horas de dor e sofrimento
Confundi desejo e sentimento
No fulgor da minha mocidade,
Sem querer, causei infelicidade
Meu amor tinha prazer em negar
O orgulho me impedia perdoar
Num machismo que agora recrimino
Apanhei pra deixar de ser menino
Hoje eu apanho tentando não errar.


Mote de: Maciel Melo
Glosa: Pedro Fernandes. 05/06/2011

Este ano o nordeste está chovido
Açudes e rios, todos cheios,
A Chuva dissolveu os aperreios
devolvendo ao campo o colorido,
O lombo do serrote está florido
E o baixio parece um tapetão,
No café de manhã tem requeijão
Pra matar a vontade de menino,
Se tiver por aqui um nordestino
Vai chorar com saudade do sertão.

O milho do roçado está maduro
O feijão e a fava em abundância
O asfalto reduziu muito a distância
O nordeste está rico e mais seguro
Luz elétrica espantou todo o escuro
E nos sítios tem até televisão
Que além de novela, há diversão:
São os versos de Rogério com Raulino
Se tiver por aqui um nordestino
Vai chorar com saudade do sertão.

Tem leite quentinho, manhã cedo
Pra se beber lá dentro do curral
A espuma quentinha e natural
Sobrando na caneca, mais de dedo
Acabou sofrimento e o degredo
Que as águas transpostas irrigarão
A esperança em cada coração
Abrindo as algemas do destino
Se tiver por aqui um nordestino
Vai chorar com saudade do sertão.

Conterrâneos que estão longe de casa
Tangidos pela inospitalidade
Da estiagem que varreu sem piedade
E deixou coração de mãe em brasa
Quando fala em voltar o olho vasa
Vive longe mais não é por opção
Pra voltar não dispõe de condição
Mas viaja na voz de Marcolino
Se tiver por aqui um nordestino
Vai chorar com saudade do sertão.

O mote( autoria desconhecida) foi dado a Ivanildo Vilanova, numa cantoria em SP, há anos atras.

Glosa: Pedro Fernandes - A pedido de Fátima Marcolino.

Da minha terra singela
posso admirar a lua
um vaga-lume que Deus
pois no espaço e flutua
tinge de prata o sertão
desperta no coração
minha saudade e a tua.

Hoje a festa continua
porém o dever me chama
tenho que ir embora
revivendo o mesmo drama
que na primeira partida
eu chorei na despedida
ao deixar Tuparetama.

No quadro do céu azul
lua é um disco de giz
o seu rastro é invisível
sem marca sem cicatriz
e eu aprendi com ela
sobreviver à procela
sem perder minha raiz.

Pedro Fernandes 04/07/2009.
Tantos planos desenhei
Sonhando de olho aberto
Achava que dava certo
Tudo quanto desejei
Intempéries enfrentei
Borrascas lúgubres de amor
me deformaram o pudor
congelando a esperança
sem pureza de criança
Deixei de ser sonhador.

No tosco circo da vida
Com as luzes me iludi
Sentimentos confundi
sob uma lona encardida
no trapézio da bebida
fiz vôo embriagador
e sem item protetor
aterrizei no fracasso
só quando escapei do laço
deixei de ser sonhador.

Acreditei em promessas
Que as Marias faziam
Todas elas descumpriam
Aquelas do jeito dessas
Para jurar tinham pressas
Pra cumprir tinham pavor
Juravam com esplendor
Negavam por brincadeira
De tanto levar rasteira
Deixei de ser sonhador.

Mote de Manoel Rodrigues
Glosa de; Pedro Fernandes
João Pessoa, 19/06/2010.

SER MÃE

Mãe que me deu luz e vida
Me abrigou nove meses
Se acordou muitas vezes
Pra fazer minha comida
Quando sentia a mordida
Que eu lhe dava nos seios
De água seus olhos cheios
A mamada não parava
aí é que me abraçava
saciando meus anseios.

Se eu dormisse de dia
Ficava a noite acordado
E ela ali do meu lado
Cochilava e não dormia
Se a noite estivesse fria
Me agasalhava na manta
A fé de mãe era tanta
Enquanto embalava o berço
Ia dedilhando um terço
Rezando pra outra santa.

Mãe, é fonte de candura
Roseira que exala amor
Seu sopro alivia a dor
O seio jorra doçura
Seu colo tem a fofura
Do capucho de algodão
Uma usina de perdão
Sinfonia que me embala
A voz da razão que fala
No palco do coração.

Pedro Fernandes. 

FILME DA SEMANA

OBS.: EXCELENTE FILME, EU RECOMENDO.
(Josa Rabelo)

BELLE

Belle


Sinopse:

Dido Elizabeth Belle (Gugu Mbatha-Raw) é a filha do capitão britânico John Lindsay (Matthew Goode) com uma escrava africana. Após a morte da mãe, Dido vai morar na Inglaterra com o tio, Lorde Mansfield (Tom Wilkinson), para ser criada como uma dama da aristocracia. A jovem se apaixona pelo advogado John Davinier (Sam Reid), mas esse relacionamento irá enfrentar os preconceitos da sociedade inglesa.

RECEITA DA SEMANA

Macarrão ao molho branco

INGREDIENTES

  • 1 pacote de macarrão tipo talharim
  • 1 lata de creme de leite
  • 1 colher(sopa) de maizena
  • 2 tabletes de caldo de galinha.
  • folhas de manjericão fresco
  • azeite
  • 2 cebolas médias picadas.
  • água.
  • queijo ralado



MODO DE PREPARO

  1. Cozinhe o macarrão em muita água até ficar macio
  2. Reserve
  3. Refogue a cebola no azeite e acrescente água o suficiente para o molho
  4. Coloque o caldo de galinha e deixe dissolver
  5. Quando a água estiver fervendo, dissolva a maisena em um pouco de água e acrescente
  6. Coloque o manjericão
  7. Assim que levantar fervura, coloque o creme de leite
  8. Deixe ferver novamente, sempre mexendo
  9. Jogue em cima do macarrão e polvilhe o queijo ralado
  10. Sirva quente
  11. Obs: este molho fica bem grosso

FRASES DA SEMANA

Frases de Augusto Cury

Cerca de 448 frases de Augusto Cury
Os que desprezam os pequenos acontecimentos nunca farão grandes descobertas. Pequenos momentos mudam grandes rotas.
Augusto Cury
Todos fecham seu olhos quando morrem, mas nem todos enxergam quando estão vivos.
Augusto Cury