JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

domingo, 17 de março de 2013

POETAS DA SEMANA

HOMENS SEM SOMBRAS

A fraqueza os corrompem nas batalhas
Abortando as virtudes entretanto
Envolvidos em trapos de mortalhas
Absortos vagueiam em todo canto

Suas mãos não são dignas de medalhas
Seu valor gira em torno de um quanto
Quem se troca por resto de migalhas
Qualquer preço venal custa seu tanto

Os luzeiros lhes são todos ocultos
Refletindo tão só míseros vultos 
Na penumbra envolvida de horas tardes

Para as sombras nasceram a luz se nega
Porque o homem que vive o que não prega
Até mesmo suas sombras são covardes
(Dudu Morais)



O saguin só se alimenta

Quando o pau solta a resina

Um bezerro esfomeado

Puxa os peitos da Turina

E uma sombra de tristeza

Cobre a cerca de faxina

(Aldo Neves)
 IDENTIDADE 

Eram todas iguais, literalmente,
Tão iguais que eu não sei mais destiguilas;
Margaridas curvadas ao chão rente,
Mesclam as cores das pétalas com as argilas.

Têm instintos felinos propriamente,
Olhos dóceis que escodem nas pupilas,
O veneno da boca quando mente,
Camuflando o desejo de segui-las.

Os perfis são idênticos e as fúrias
As levaram em conflitos as injúrias
Dos mais baixos degraus que a moral some...

...A primeira julgou-se verdadeira,
A segunda falava da primeira
E eram todas iguais, até no nome.
(Dudu Morais)

O poeta Renato Rabelo, conversando com o seu pai e poeta Paulo Rabelo disse: Deveria Haver Habilitação para Eleitor... O Poeta Paulo Rabelo fez o mote: 

"VOU PROPOR ELEITOR HABILITADO
PRA NÃO VER BARBEIRAGEM EM ELEIÇÃO"

Uma carta na mão do eleitor
É utopia mas juro que sonhei
Inocêncio, Maciel, José Sarney
Não ganhava nem pra vereador
Deputado corrupto, Senador
Vai sentir o "gostim" da extinção
E os vampiros famintos da Nação
Vão ganhar um tostão se for suado
VOU PROPOR ELEITOR HABILITADO
PRA NÃO VER BARBEIRAGEM EM ELEIÇÃO
(Paulo Rabelo)

Terra amada torrão onde meus pés
Se aprumaram pra meus primeiros passos
Testemunha de glórias e fracassos
Vitimada por mil secas crués.
Mas, pra nós sertanejos inda és
 
Dos rincões, o mais belo e mais lembrado
Por seus filhos poetas, decantado
Para todos és chão, terra e auxìlio
E pra'queles que vivem no "exìlio"
És lembrança chorosa do passado.

Como posso esquecer as madrugadas
Nas moagens de cana nos engenhos
Tantas lutas, fadigas e empenhos
Das debulhas de milho nas latadas
Das bonitas manhãs ensolaradas
Adjuntos nas limpas de algodão
Buscas d'agua num posso com galão
Almoçar feijão-verde com torresmo
Quem viveu essas coisas? Fui eu mesmo!
Nos meus anos de ouro no Sertão.

Quem não cala nas tardes sertanejas
Para ouvir o lamento do carão
Alternado no canto do cancão
Como fossem poetas em pelejas
Os badalos dos sinos nas igrejas
Convidando o caboclo a se benzer
O vermelho do sol no entardecer
Ir morrendo pras bandas do poente
Num teatro que Deus fez para a gente
Assistir esperando anoitecer.

Quando a noite, qual manto de viùva
Vem pintar o Sertão de negras cores
Aparecem os noturnos atores
Sapo, briba, guarà, peba e saúva
Um matuto deitado, escuta a chuva
Que cai mansa nas telhas da palhoça
Quando o vento enfraquece, a chuva engrossa
Pensa então o caboclo emocionado:
Se eu pudesse ia agora pru roçado
Começar preparar a minha roça.

Meu Sertão, minha terra, meu regaço
O meu verso não é suficiente
Pra cantar o teu solo, a tua gente
Que trabalha e resiste sem cançaso
Não se assombra com seca nem mormaço.
Um cenàrio que Deus arquitetou
Eu aqui do lugar aonde estou
Apesar do progresso e do barulho
Mando um verso falando do orgulho
De Ser Tão sertanejo quanto sou.

Bràs Ivan.

FILME DA SEMANA

GHANDI

 
Sinopse  

África do Sul, 1893. Após ser expulso da 1ª classe de um trem, o jovem e idealista advogado indiano Mohandas Karamchand Gandhi (Ben Kingsley) inicia um processo de auto-avaliação da condição da Índia, que na época era uma colônia britânica, e seus súditos ao redor do planeta. Já na Índia, através de manifestações enérgicas, mas não-violentas, atraiu para si a atenção do mundo ao se colocar como líder espiritual de hindus e muçulmanos.

FRASE DA SEMANA

"Procure compreender o que dizem os artistas nas suas obras-primas, os mestres sérios. Aí está Deus"  
(Vincent Van Gogh)


RECEITA DA SEMANA

Arroz com cordeiro
 
Ingredientes

- 400 g de cordeiro (pernil sem osso)
- 1 cebola picada
- 2 dentes de alho picado
- pimenta
- vinho branco
- canela
- 500 g de arroz
- 50 g de uvas passas
- azeite
- sal à gosto
- hortelã para enfeitar

Modo de Preparo
Pique a carne de cordeiro em pedaços pequenos e tempere com sal  e pimenta. Aqueça o óleo doure a cebola e acrescente a carne de cordeiro. Refogue por uns 15 minutos, com 1/2 copo de vinho branco e complete com água. Tampe a panela de pressão e deixe cozinhar por 15 minutos. A seguir, doure o alho no azeite e prepare o arroz (normal), com o caldo do cozimento do cordeiro. Corrija o sal. Quando o arroz estiver pronto, misture a canela e uvas passas. Sirva com o cordeiro.