JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

domingo, 24 de março de 2013

UM SHOW INESQUECÍVEL


INESQUECÍVEL, MAGNÂNIMO ESPETACULAR, GRANDISO, CONTAGIANTE, INESQUECÍVEL.





Circuito Pernambuco Multicultural




A cidade de Tabira foi contemplada, pela terceira vez, com o Balé Cultural de Pernambuco, Sérgio Boi e o Cangaço, Santana O Cantador e Flávio Leandro, foram os responsáveis pela beleza e animação do evento.
Ontem, sábado, dia 23 tivemos 02 Shows Magníficos com Quinteto Violando, cantando os maiores sucessos do Rei Luiz Gonzaga e Alceu Valença, que deu o Maior Show que este blogueiro já presenciou.










Alceu cantou, brincou e contagiou, de forma impressionante, o grande público presente. Alceu é simplesmente FÁNTÁSTICO, ele interage, de forma ímpar, com as pessoas presentes, comandando com gritos uníssonos e harmônicos, canta sério com o público parado, vidrado e concentrado na música e, de repente ele contagia a todos com a sua simplicidade e dom Divino, é um ABENÇOADO POR DEUS!!!!









POR ISTO CONCLUO COM UM RESUMO DO SHOW:
MAGNÂNIMO, ESPETACULAR, GRANDISO, CONTAGIANTE, INESQUECÍVEL.

POETA DA SEMANA

Manoel Xudu, um gênio do povo

 

             Tenho grande simpatia e empatia com os personagens que tenham contribuído de alguma forma para o coletivo, que tenham dedicado suas vidas por uma idéia, uma causa, ou tenham consagrado sua inteligência à execução de uma arte. Os que se distinguem, os excepcionais, esses merecem a imortalidade. Os grandes artistas populares quase sempre são esquecidos por não terem traquejo social, prestígio ou militância política. Que devemos prestigiar nossos valores, de ontem e de hoje, é inquestionável. Organizei um livreto com o propósito de levar a cabo a missão de preservar um pouco da obra do grande Manoel Xudu, esse filho de São José dos Ramos que foi um dos maiores artistas que se conheceu na arte de improvisar versos ao som de uma viola.
Eu mal havia completado dezessete anos, e já freqüentava as barracas que vendiam cachaça, galinha torrada e macaxeira, na beira da linha, em Itabaiana. Essas barracas permaneciam abertas a noite toda, nas segundas-feiras, véspera da grande feira de Itabaiana, para onde convergiam centenas de matutos de toda região. Eram redutos de violeiros e emboladores de coco, que passavam a noite bebendo e divertindo a matutada. Foi ali onde conheci Manoel Xudu, a quem devo o favor da minha iniciação nos segredos da belíssima arte do improviso, a sextilha, o setessílabo, o decassílabo, a gemedeira, o mourão perguntado, o martelo alagoano, o mote, o tema e outros detalhes do mundo mágico dos cantadores repentistas. A cultura na sua mais pura forma de ser, os magníficos poetas repentistas com seus jogos de palavra e seu raciocínio veloz em torneios semânticos que, às vezes, duravam dias e noites.
Manoel Xudu merece constar na galeria dos grandes artistas populares do Brasil. Esse fenômeno da poesia popular divulgou em versos geniais os valores sociais, políticos, religiosos, culturais e econômicos de sua terra, nas tradicionais cantorias que foram, durante muito tempo, a educação informal principalmente das comunidades do campo.

             O saber do povo, a bem da verdade, sempre foi olhado com desconfiança pelas elites dirigentes. No entanto, hoje a obra de Manoel Xudu é estudada por pesquisadores da cultura popular. Louve-se a iniciativa da prefeitura de São José dos Ramos, de editar este livreto com o que de melhor produziu o poeta e foi gravado pela memória de alguns admiradores, além de versos de folhetos de cordel, como é exemplo a “Peleja de Manoel Xudu com Zezé Lulu”, publicado na íntegra neste opúsculo. Conhecendo-se a má vontade dos esquemas oficiais, quando se trata de apoio à produção artística e cultural dos pobres, damos graças aos deuses do Parnaso por São José dos Ramos ter um prefeito, Azenildo Ramos, amante da poesia e da cultura popular, ele que investiu na divulgação da história da vida e obra desse poeta simples, reconhecido hoje como um dos maiores repentistas de todos os tempos no Nordeste.
             Em um festival de poetas no Clube Astrea, em João Pessoa, pediram uma definição de poesia. Manoel Xudu saiu-se com este improviso:
“Poesia tão linda e soberana
E tão pura, tão branca igual a um véu...
Está na terra, no mar, está no céu
E no pelo que tem a jitirana.
Ela está em quem vive a cortar cana
Quando volta pra casa ao meio dia...
Está num bolo de fava insossa e fria
Que um pobre mastiga com lingüiça.
Está na paz, no amor e na justiça
O mistério da doce poesia.
Fábio Mozart
O Poeta Eduardo Rabello garimpou essa pedra rara:
Admiro 100 formigas
Um besouro carregando
40 puxa na frente
40 atrás empurrando
E as 20 que vão em cima
Pensam que estão ajudando

Manoel Xudú  

Manoel Xudú

Mamãe pediu-me um beijo
Fui correndo e lhe dei dois
Ela sorriu de contente
Perdi a conta depois.

xx


Mamãe que me deu papa
Me deu leite, me deu bolo
Deu chupeta, deu consolo
Doce, bolacha e garapa
Um dia me deu um tapa
Mas depois se arrependeu
Deu um beijo onde bateu
Acabou-se a inchação
Quem perdeu mãe tem razão
De chorar porque perdeu.

Poeta Manoel Xudú

O CLUBE DO REPENTE vai todo mês homenagear um poeta, contando suas histórias e seus brilhantes versos, esse quadro vai se chamar: "OS IMORTAIS DA POESIA". Esse mês o homenageado é o grande poeta Manoel Xudu Sobrinho, Manoel Xudu, ou, simplesmente, Xudu, nasceu em São José de Pilar-PB em 15 de março de 1932 e faleceu em 1985, em Salgado de São Félix, onde residia.

Num recinto, onde Xudu deleitava a assistência com uma bonita cantoria, entra um bêbado com um copo de cerveja, o conduz à boca do festejado cantador, e pôe-se a repetir:

- Comiiiiiiiigo ôce beeebe e caaanta, tá me ouvindo?

Impaciente, o parceiro de Xudu adverte-o:

Você abusa demais,
Já estou sem paciência.

E Xudu completou:

Deixe de tanta imprudência,
Deixe eu findar a peleja,
Como é que eu posso cantar,
Tocar e beber cerveja?
Quem tem três gostos é cachorro
Que corre, late e fareja.


Em outra cantoria o poeta Furiba entregou-lhe esta deixa:

Vê-se o pequeno saguim
Pulando de pau em pau

Xudu respondeu:

Admiro o pica-pau
Trepado num pé de angico,

Pulando de galho em galho
Tocô, tocô, tico, tico,
Nem sente dor de cabeça,
Nem quebra a ponta do bico.


Manoel Filó, admirável poeta, descrevendo com Xudu a vida dos pássaros, terminou uma sextilha assim:

Pra tão longe a ave voa,
De volta não erra o ninho.

Xudu, arrematando:

A arte do passarinho
Nos causa admiração:
Prepara o ninho de feno,

No meio bota algodão
Para os filhotes implumes
Não levarem um arranhão.


Postagem: Robério Vasconcelos
Fonte: Livro de Zé de Cazuza "POETAS ENCANTADORES"
Foto: Arquivo pessoal.

FILME DA SEMANA


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  • Sinopse
    França inicio do século 18. Órfão, criado pelos mestres de armas Cocardasse e Guarnição, o Jovem Lagardére, desafia para um duelo o Duque Nevers. Ele perde, mas seu atrevimento e segurança cativa o Duque que o chama a seus serviços. Nevers e Inès, se casam em segredo, pois Cayus, o pai da bela jovem. Prometeu sua mão ao príncipe de Gonzague, primo de Nevers. Furioso ao descobrir, Gonzague decide se livrar do rival e de sua filha Aurora, que Inès acaba de dar a luz. Acompanhado de mercenários, ele prepara uma armadilha para Nevers e o mata covardemente. Antes de morrer, Nevers confia seu segredo a Lagardère, que chega para socorrê-lo tarde demais. Lagardère jura vingar seu melhor a migo e cuidar da pequena Aurora. Após 16 anos, Gonzague, que ainda deseja se casar com Inès, a convence de que o assassino do marido e seqüestrador da filha é Lagardère e promete encontrar a menina. O duelo final de espadas de Lagardère e Gonzague, está cada vez mais próximo de acontecer.

RECEITA DA SEMANA

Receita de Barreado

 

Por Maria Clara   
Ingredientes
  • 5 kg de carne de segunda (coxão mole, peito, patinho)
  • 500 g de toucinho fresco
  • 3 cebolas grandes
  • 4 tomates grandes
  • 3 dentes de alho
  • 4 folhas de louro
  • 1 colher (chá) de cominho
  • Pimenta-do-reino a gosto
  • Sal a gosto
  • 4 maços de cheiro verde
  • 1 maço de alfavaca (ou manjericão)
Modo de preparo
  • Limpe e corte a carne em cubos de aproximadamente 4 cm.
  • Tempere com sal e pimenta a gosto.
  • Numa panela (de preferência, de barro) refogue o toucinho.
  • Junte a cebola e o alho.
  • Doure.
  • Junte a carne, o tomate, o louro, o cheiro verde, a alfavaca, e o cominho a gosto.
Para vedar a panela
  • 2 xícaras (chá) de farinha de mandioca
  • 1 xícara (chá) de farinha de trigo
  • Cinza de fogão
  • Ägua fervente suficiente para dar a liga
  • 1 folha de bananeira
  • Barbante
Como vedar a panela
  • Amoleça uma folha de bananeira em cima de uma chapa ou em água quente.
  • Amarre-a sobre as frestas da panela já tampada com barbante.
  • Por cima, vede com a massa que deve ser feita misturando os demais
  • ingredientes até alcançar a textura adequada.
  • Leve a panela em fogo bem baixo por aproximadamente 6 horas.
O preparo do barreado à mesa
  • Depois de pronto, uma vez que o barreado está sobre a mesa, este deve ser feito da seguinte maneira: num prato fundo, colocar 2 colheres (sopa) de farinha de mandioca.
  • Adicione uma concha do caldo e misture bem fazendo o pirão escaldar (cozinhe a farinha).
  • Sobre esse pirão, colocar uma concha da carne do Barreado, e misturar bem.
  • Corte uma banana em rodelas e sirva junto do pirão.

Fonte: Comida e Receitas -

 

FRASE DA SEMANA

"Eu jamais iria para a fogueira por uma opinião minha, afinal, não tenho certeza alguma. Porém, eu iria pelo direito de ter e mudar de opinião, quantas vezes eu quisesse"
(Friedrich Nietzsche)