JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

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domingo, 20 de março de 2011

PARA PARAR COM O DISSE-ME-DISSE II

PREFEITO DE TUPARETAMA DIZ QUE NÃO TRATA DE SUCESSÃO AGORA
 
Em entrevista ao Programa Comando Geral da  Rádio Pajeú, o Prefeito de Tuparetama, Sávio Torres, disse que não tem o menor interesse em discutir agora o processo sucessório de 2012, apesar de ter aumentado  a especulação sobre quem deve disputar a prefeitura por situação e oposição. "É normal que nas rodas de conversa esse tipo de debate surja, mas agora estou preocupado em governar o município. Essa questão a gente deixa para o ano que vem", disse.
Sávio Torres disse que no seu município há preocupação com a estiagem deste mês de março, ameaçando plantios de agricultores locais. Também afirmou que a cidade está organizada com os serviços essenciais funcionando muito bem. "Todos que vem a Tuparetama elogiam nossa cidade pela organização". Foi de Sávio a promessa ousada de colocar calçamento em todas as ruas do município até o final de seu mandato.
 
 
Por Nill Júnior em 19-03-2011 as 10:23:23

VIDEOS DE CANTORES E POETAS DO NOSSO PAJEÚ





FRASE DA SEMANA

"A força não provém da capacidade física,e sim, de uma vontade indomável".

SEMANA DA POESIA COM WELLIGTON VICENTE

Ao poeta Zé Vicente da Paraíba.

“Ah! Que saudades que tenho...”
Um grande vate dizia.
Guardo na mente o desenho
Da terra que me deu cria.
Nesta viagem me lanço
Inda recordo o balanço
Que eu pedi pra Sinhá
E ela com seu trabalho
O pendurou em teu galho
Meu velho pé de jucá!

Quando Sinhá me embalava
Eu sentia a liberdade
Igual a quem viajava
Montado em felicidade.
O teu galho retesado
Como mãe que tem cuidado
Com o pequeno piá
E eu sorrindo a valer
Parecia te entender
Meu velho pé de jucá.

Hoje estás envelhecido,
Teu caule, outrora viçoso,
Já está todo ruído
Pelo cupim furioso.
Teus galhos, meu grande amigo!
Já não servem de abrigo
Ao canoro sabiá
E eu de ti recordando
Sinto a velhice chegando
Meu velho pé de jucá.

Mote: Zé Ilton
Glosas: Wellington Vicente
Porto Velho, 13/12/07.
Tem que haver sofrimento
Pra poesia fluir.

(Mote do repentista Xexéu)

Às amigas: Fátima Marcolino, Taíza, Clóris, Irene, Cida, Gitana, Marconiza, Marivalda, Neide, Neidinha, Pétala, Aparecida Cavalcanti, Rosimere, Alda e Wendy.

Xexéu, grande repentista,
Com sua alma inquieta
Disse que todo poeta
Tem um “quê” de masoquista.
Pelo seu ponto de vista
Fui a campo conferir:
Vi que a rima é elixir
Para combater lamento.
Tem que haver sofrimento
Pra poesia fluir.

Fui folhear os anais
Do poeta Castro Alves,
De Casimiro e Gonçalves,
Patativa e Luís Vaz.
Percebi que são iguais
Nas maneiras de agir:
Quando a dor vem afligir
A cura vem do talento.
Tem que haver sofrimento
Pra poesia fluir.

Relendo as composições
Dos poetas pioneiros
Transformo os meus desesperos
Em meras recordações.
Minhas antigas paixões
Já não podem me ferir,
As musas mandam seguir
Nas asas do pensamento.
Tem que haver sofrimento
Pra poesia fluir.

Autor: Wellington Vicente.
Porto Velho, 30/03/2008.

Fiz isso sem precisão,
Avalie se precisar.

(Mote de Daudeth Bandeira)
Poeta cante o que eu sinto
Que eu sinto e não sei cantar.

(Mote enviado por Francisco Junior)


Cante um forró de Azulão,

Walmir Silva ou Capilé,
Relembre Flávio José
Ou Elino Julião.
Interprete Gonzagão,
Cante um pouco de Alcymar,
Cante Geraldo, Elomar,
Alceu, Xangai ou Jacinto.
Poeta cante o que eu sinto
Que eu sinto e não sei cantar.

Cante um coco sincopado,

Uma canção de Lindu,
Declame Manoel Xudu,
Inclua Vavá Machado,
Da Rainha do Xaxado
Não se esqueça de lembrar,
Quando seu canto ecoar
Alegrará o recinto.
Poeta cante o que eu sinto
Que eu sinto e não sei cantar.

Suas opções são tantas

No cenário nordestino
Primeiro Zé Marcolino,
Onildo Almeida e Zé Dantas.
Perceberás quando cantas
As coisas do meu lugar,
Aquele que te escutar
Vai saber que és distinto.
Poeta cante o que eu sinto
Que eu sinto e não sei cantar.

Glosas: Wellington Vicente

Porto Velho, 06 de março de 2011.

Fiz um túnel na cela da saudade
Pra tentar escapar da solidão.

(Mote do poeta Lima Júnior)

Recebi a sentença ainda moço
Pela lei mais severa de Cupido
Mesmo sem o histórico de bandido
Vivo preso neste feio calabouço
Bem na frente da cela existe um fosso
Onde uma valente guarnição
Se reveza em escala de plantão.
Nem o sol pode entrar em minha grade!
Fiz um túnel na cela da saudade
Pra tentar escapar da solidão.

Recorri, mas perdi nos tribunais.
Já não tenho esperanças como antes:
Dez motivos tenho como os agravantes
E nem cinco atenuantes tenho mais.
Com os poucos contatos pessoais
Consegui um pedaço de formão,
Toda noite, em silêncio, cavo o chão,
Falta um metro para a minha liberdade!
Fiz um túnel na cela da saudade
Pra tentar escapar da solidão.

Glosas: Wellington Vicente
Porto Velho, 13 de agosto de 2010.


Foi Deus quem pôs maestria,
No vôo de uma gaivota."

(Mote de Ademar Macedo)

Deu imponência ao leão
E agilidade ao gato,
Deu nadadeiras ao pato,
Rapidez ao gavião,
Pôs um luar no sertão
Duma cor que não desbota,
Deu à semente que brota
Uma auréola de magia.
Foi Deus que pôs maestria
No vôo de uma gaivota.

Deus, Javé ou Jeová
Deu fidelidade ao cão,
Autonomia e visão
Ao predador carcará,
Pôs mau odor no gambá,
Fez do pavão um janota,
Pôs o mocó numa grota
Como habitante e vigia.
Foi Deus que pôs maestria
No vôo de uma gaivota.

Deu notas ao sabiá,
Magia ao uirapuru,
Deu feiúra ao cururu
E valentia ao guará,
Dentição forte ao preá,
À cotia e à marmota,
Marreco seguir a rota
Voando em noite sombria.
Foi Deus que pôs maestria
No vôo de uma gaivota.

Autor: Wellington Vicente.
Porto Velho, 20/04/2008.