JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

domingo, 10 de junho de 2012

AOS: COMUNICADORES DO BRASIL!!!!!

A FUMAÇA DO LIXO CULTURAL
NOS POLUI,NOS AFRONTA E NOS ESTRAGA
OFUSCANDO A HERANÇA QUE UM GONZAGA
NOS DEIXOU NO CENÁRIO MUSICAL
É PRECISO UMA AÇÃO MAIS RADICAL
PROTEGENDO UMA ...EU TAVA NA PENEIRA...
ASSUM PRETO OU ENTÃO MULHER RENDEIRA
JAMAIS PODEM CAIR NO ESQUECIMENTO
PRECISAMOS FAZER UM MOVIMENTO
EM DEFESA DA MÚSICA BRASILEIRA!!

SÃO OS RITMOS DE HOJE SEM SENTIDOS
NÃO CONHECEM A ESSÊNCIA DA POESIA
TODA LETRA POSSUI PORNOGRAFIA
QUE INCOMODA DEMAIS OS MEUS OUVIDOS
MÁS NA MÍDIA SERÃO SEMPRE EXIBIDOS
POIS O POVO SÓ GOSTA DE BESTEIRA
EU JAMAIS VOU ABRIR MINHA CARTEIRA
PRA GASTAR COM ARTISTA SEM TALENTO
PRECISAMOS FAZER UM MOVIMENTO
EM DEFESA DA MÚSICA BRASILEIRA.

É PRECISO ELEVARMOS NOSSAS QUEIXAS
NÃO DEIXANDO A CULTURA SUCUMBIR
PASSAR NOITES DE INTEIRAS SEM DORMIR
COM OS OLHOS COBERTOS DE MADEIXAS
PRA NÃO VÊ AS CANÇÕES DE RAUL SEIXAS
ENVOLVIDAS NUMA NUVEM DE POEIRA
SERGIO REIS E O MENINO DA PORTEIRA
NÃO PERMITO QUE FIQUEM NO RELENTO
PRECISAMOS FAZER UM MOVIMENTO
EM DEFESA DA MÚSICA BRASILEIRA.

EU DEFENDO A VIOLA DE TIÃO
DE ALMIR SATER,TONICO E DE TINOCO
A AUTÊNTICA CULTURA DO "CABÔCO"
QUE NEM SEMPRE VAI NA TELEVISÃO.
XORORÓ CANTAR JUNTO COM CHITÃO
A LEGÍTIMA CANÇÃO DA GALOPEIRA
E ROMARIA QUE UM RENATO TEIXEIRA
HÁ COMPÔS COM BASTANTE SENTIMENTO
PRECISAMOS FAZER UM MOVIMENTO
EM DEFESA DA MÚSICA BRASILEIRA.

EU DEFENDO O FORRÓ DE MARINEIS
GRANDE ÍCONE DA MÚSICA NORDESTINA
FORAM POUCOS IGUAIS A ELIS REGINA
PRA FAZER PELA A MÚSICA O QUE ELA FEZ
OUTRO GRANDE CANTOR É NANDO REIS
ACHO LINDA DEMAIS SUA CARREIRA
NEM PARECE COM ESTA BABOSEIRA
QUE ENCONTRAMOS NA MÍDIA NO MOMENTO
PRECISAMOS FAZER UM MOVIMENTO
EM DEFESA DA MÚSICA BRASILEIRA.

GLOSA:JÚNIOR ADELINO
MOTE:CLÓRIS ANDRADE

DIVULGADA PROGRAMAÇÃO DE FESTA!!!!

FOI DIVULGADA HOJE A PROGRAMAÇÃO DA FESTA DE SÃO PEDRO 2012 DE TUPARETAMA, que acontecerá em julho.

FONTE: TÁRCIO VIU ASSIM 2

FRASE DA SEMANA

"Quem tem luz própria, incomoda quem está no escuro"
(Autor Desconhecido)

FILME DA SEMANA



  • Sinopse
    Uma pessoa é baleada num beco. A assistente de um congressista é assassinada em frente ao metrô. Estas duas mortes parecem estar desconectadas, sem uma ligação comum. Mas não para o impetuoso Cal McAffrey (Russell Crowe), repórter veterano que investiga uma rede de conspiração prestes a ser descoberta. Com um passado turbulento marcado pela sua relação de amizade com Stephen Collins (Ben Affleck), o congressista cuja assistente foi morta, Cal começa a entrelaçar pistas que o levam a um esquema corporativo repleto de profissionais oportunistas, informantes e assassinos. Della Frye (Rachel McAdams) é a novata redatora que apóia McAffrey e o acompanha durante toda a investigação. Mas quando o jornalista chega perto da verdade, ele deve decidir se vale a pena pôr sua vida em risco e vender sua alma para conseguir uma bombástica história.

RECEITA DA SEMANA

Receitas de Comidas » Receitas de Bolos » Bolo de Milho para Festas Juninas

Bolo de Milho para Festas Juninas

Bolo de Milho para Festas Juninas

Por Sergio Coelho.
Ingredientes:

5 ovos
1 xicara de oleo
2 xicara açucar
2 xicara farinha de trigo
1 colher fermento em pó
2 lata de milho verde

Preparo:

Bater no liquidificador o milho,oleo e o ovos.
Em um recepiente colocar o liquido batido, acrescentar farinha, açucar e o fermento Misture tudo com uma colher Vai ficar uma massa grossa.
Em uma forma untada e farinhada colocar a massa.
Levar ao forno pré aquecido 40 minutos.

POETAS DA SEMANA


A IMAGEM DE UMA SECA

ALDO NEVES E DIÓ DE SANTO IZIDRO

ALDO NEVES
A imagem de uma seca
É faltar cheiro na flor
Uma Acauã gritar perto
Da boca de um  corredor
E um vaqueiro chorar longe
De um boi que a seca matou

DIÓ
Pois pintar a seca eu vou
Na minha imaginação
Na vaca morta de fome
Tá sem água o cacimbão
Numa panela vazia
Na mesa da precisão

ALDO NEVES
Chorando um filho sem pão
“Manheceu” o dia em jejum
Vendo a barriga vazia
Sem feijão e jerimum
E a vaca com quato peitos
Na sai de leite em nenhum

DIÓ
Pintar a seca é comum
Mas eu acho diferente
Quem sabe o que é a seca
Ouvindo revelar sente
É a falta de alimento
Na boca de inocente

ALDO NEVES
A vaca rangendo o dente
Sem abelha no cortiço
E um pobre se lastimando
Pés descalços sem serviço
Quem se criou no nordeste
Já passou por tudo isso

DIÓ
Tenho que dizer por isso
Seca maior não terá
O bode escapa comendo
Essas folhas de juá
E abelha sem ter flor
Se alimenta em saburá
ALDO NEVES
É ruim de encontrar
No sertão do pajeú
Quando a seca agarra a gente
Ver morada de tatu
E o gado espiando a boca
Comendo mandacaru

DIÓ
Retratando o pajeú
Isso não é anedota
O touro cabeleando
A bezerra e a garrota
Comendo os últimos dos talos
Da ração que o dono bota

ALDO NEVES
Camponês chora a derrota
Solitário sem alegria
Planta o solo e nada nasce
Nem feijão, nem melancia
E o gado berra com sede
Vendo a cacimba vazia

DIÓ
Retrato com agonia
Isso aí é uma prova
Cai as folha que estão velhas
Quando chove ela renova
Mas sem chuva o grão que nasce
Morre por cima da cova

ALDO NEVES
Pra o homem a maior prova
Vendo a seca castigando
A vaquinha magricela
Sem ter chocalho tocando
Vai um mói de mosca atrás
E um urubu lhe acompanhando

DIÓ
A seca eutou retrantando
Na minha imaginação
Sem palma, capim,  agave
É triste a situação
A vaca olha pra o dono
Urra pedindo ração



ALDO NEVES
É triste a situação
Depois que a crise passou
Canta triste o sabiá
Triste vendo o sol se por
Morrendo um sapo de sede
Onde a cacimba secou

DIÓ
O que a seca retratou
É o que a gente relata
Não tem capim no baixio
Nem folha verde na mata
O vaqueiro se aperreia
E o fazendeiro se mata

ALDO NEVES
Não tem mais leite na mata
Nem coalhada a merendar
Não tem o pássaro que canta
Nem vaqueiro a aboiar
E  o patrão guarda o gibão
Sem ter o que campiar

ALDO NEVES
Pra seca se retratar
Na minha lembrança sai
Procurando o alimento
A vaca parida vai
O bezerro quer o peito
Bate sem força e cai

ALDO NEVES
Pra canto que vai
É o maior sofrimento
Berra uma vaca sofrida
À falta de alimento
Olha berrando pro dono
“Com isso eu me sustento”.

DIÓ
Pois a seca é sofrimento
Devido ao que preparou
Esperamos o inverno
Mas a chuva não chegou
E só sabe o que é a seca
Quem no meu sertão morou



ALDO NEVES
E o homem que viajou
Sentindo a crise que aperta
Vejo o meteorologista
Sem saber se tudo acerta
E berra uma vaca com sede
Bezerro de boca aberta

DIÓ
No peito o bezerro aperta
E alguma espuma pingou
Chupou tanto e nada encontra
No peito que ele chupou       
Viu a espuma no chão
Baixou a boca e cheirou

ALDO NEVES
A vaca magra ficou
Escorou-se na cancela
No inverno já foi gorda
Com seca não fica bela
Vira uma cacimba suja
Por entre uma outra costela

DIÓ
Vendo a vaca magricela
Isso eu não posso negar
Tá procurando ração
Cansou mas não via achar
E o dono sente tristeza
Não acha pasto pra dar

ALDO NEVES
Camponês a viajar
Levanta  de madrugada
Consegue um matulão sujo
A chibanca e a enxada
E a procissão de mendigos
Toma conta da estrada

DIÓ
Mas como seca e malvada
Seca pra nós desanima
O gado arrepia o pelo
Mostrando o jeito do clima
E depois come os talos secos
Que antes cagou por cima



ALDO NEVES
Eu vim á Várzea de Cima
Pra tomar uma aguardente
Vim atender um pedido
De Paulo que é meu parente
Que isso aí já faz parte
Desse cenário d’agente

DIÓ
Me desculpe realmente
Eu digo de coração
Se não fiz a seu agrado
Fiz a minha posição
Isso é cópia fiel
De uma seca do sertão