JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

terça-feira, 9 de agosto de 2011

ENTRE UMA FLOR E UM ESPINHO

POETA MAVIAEL MELO

Entre uma Flor e um Espinho

Joguei um verso no ar
Buscando a sinceridade
Não procurando a verdade
Mas a verdade que há
E procurando encontrar
Se encontrando, entender
O fio que ainda vai tecer
A razão, talvez me iludo
Não tem nada como tudo
Quando a razão é querer

Não sei se vou compreender
Esse sistema fadado
Mas estarei do meu lado
Querendo sempre viver
Se apanhando, aprender
Olhando sempre pra frente
Sentindo cada batente
E cada olhar amiúde
Se eu não fui porque não pude,
Irei tentar novamente

Porém tentar diferente
Com outra força no traço
Aquecendo cada abraço
Conforme o coração sente
E doutro verso docente
Beber na fonte da alma
Virando a mão pra que a palma
Recolha a sabedoria
Para que noutra poesia
Eu possa encontrar a calma

E assim sentindo outro verso
Jogado ao ar pelo vento
Tecerei fios ao relento
Na razão desse universo
Onde eu encontro o acesso
Da pisada em meu caminho
Onde tecerei o linho
Para aquecer cada inverno
Nesse trilhar tão eterno
Entre uma flor e um espinho.


FELIPE JR. POETISAUDOSIANO

PRA REFLETIR...



OUTRO CENÁRIO

Eu prefiro que não mais nos vejamos...
É difícil viver na ansiedade
De querer, vendo que nos separamos
Por trezentos quilômetros de saudade.

É verdade que nós nos desejamos

Através d’uma espontaneidade,
Mas o que mais maltrata é ver que estamos
Separados (metade sem metade).

Só te peço que leves na bagagem

Um soneto servindo de mensagem
Que terá: “Meu amor foi verdadeiro!”

Depois disso, num canto solitário,

Poderemos viver outro cenário...
Mas vai ser diferente do primeiro.

Felipe Júnior

Recife, 07 de agosto de 2011


DE CARA COM A POESIA - Felipe Júnior


A CAPELA DOS GROSSOS* FOI CENÁRIO
PRA HISTÓRIA DE AMOR QUE NÓS VIVEMOS


*Grossos: distrito de São José do Egito/PE
Na novela de amor que nós criamos
Cada um fez de si protagonista
E nas cenas tu foste a grande artista...
Fielmente nós dois nos entregamos.
Através dos olhares imploramos
Essa pura paixão que nós tivemos
Dentro de três palavras prometemos
Sermos um nesse mundo imaginário.
A capela dos Grossos foi cenário
Pra história de amor que nós vivemos.

Bem na frente se via uma capela
Em que Deus aprovava dando o visto
E depois assinava Jesus Cristo
Decretando a excelência da novela.
Nos meus braços olhava o corpo dela
E depois desse olhar nós dois pudemos
Contemplar um ao outro, então nos vemos
Num veículo de amor, nosso sacrário.
A capela dos Grossos foi cenário
Pra história de amor que nós vivemos.

Entre o quente do corpo e a noite fria,
Vendo o sol da paixão na madrugada,
Nossa temperatura em disparada,
Um pecado à metereologia.
E na pausa do beijo, uma poesia
(coisas que só nós dois é que entendemos)...
Bem depois de um soneto é que nós cremos
Que a paixão foi sem dúvida o itinerário.
A capela dos Grossos foi cenário
Pra história de amor que nós vivemos.

Teu olhar me fitava e eu senti
Que tu eras pra mim a minha meta
Não serei para ti mais um poeta,
Mas serei o poeta para ti.
Talvez não seja bom citar aqui
O conceito de amor que nós dois temos,
Pode ser que os sinônimos que dizemos
Não mais caiba no nosso dicionário.
A capela dos Grossos foi cenário
Pra história de amor que nós vivemos.

Como abelha distante do jardim,
Tentarei ser bem mais explicativo,
Eu me sinto até mesmo um morto-vivo
Sem teu corpo presente junto a mim.
Mas se acaso esse caso levar fim
A certeza que eu tenho é que perdemos
Assim é que nos distanciaremos
E o final do capítulo é sanguinário.
A capela dos Grossos foi cenário
Pra história de amor que nós vivemos.

Não serei da novela mais ator
Também não farei parte deste elenco
E na vida real é que eu despenco
Por motivos fiéis ao teu amor.
A caneta será da minha dor
Companheira fiel onde haveremos
De compor num papel que escreveremos:
“Eu te amei. Assinado, teu Nazário.”
A capela dos Grossos foi cenário
Pra história de amor que nós vivemos.

Poeta Felipe Júnior

Tabira, 28 de julho de 2011

ESTRADAS SERTANEJAS


domingo, 7 de agosto de 2011


TOMO NOTA EU FAÇO CONTA...














As estradas do pajeú (sertão pernambucano) parecem com o solo de morte, quer dizer de marte. Pensando bem, são de fato as 02 (duas) coisas. Pois a situação tem provocado acidentes e morte de quem  tenta trafegar nas estradas da região. Alguns blogueiros denunciam a falta de respeito e compromisso do governador Eduardo Campos "Arraes" em resolver a questão que perdura por muito tempo. Nos últimos dias ele (o governador - que eu votei por duas vezes) disse que iria resolver o problema e o povo mais uma vez acreditou, começou mal. Demonstrando total desprezo ao povo da região ordenou o serviço, porém com material vergonhosamente impróprio. Vejam na foto. Estão tapando os buracos com "barro". Material que não aguenta nem um chorinho do céu.

TOMO NOTA EU FAÇO CONTA

Digo agora sem mistério
Veja quanto despautério
Nada mais parece sério
Olhe bem pelo que eu vejo
O governo é tão bizarro
Tapar buracos com barro
É querer tirar um sarro
Com a cara do sertanejo

Porém falo nesse ensejo
Isso é falta de traquejo
Uma obra de caranguejo
Faz o povo andar pra trás
Se Arraes hoje desaponta
Tomo nota eu faço conta
E se isso é uma afronta
Nunca mais eu digo Arraes

Petrolina/PE, 07/08/2011
Hélio Ferreira