JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

domingo, 30 de maio de 2010

FESTA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS 2010 - PROGRAMAÇÃO




VERSOS E VERSÕES

Vim lhe dá meus parabéns
Seu blog tá arretado
com gente grande e de estirpe
poeta muito afamado
eu me tiro desse meio
pois fico até com receio
ou melhor, envergonhado


É questão de alguns instantes
expandir o seu "redil"
pois vendo seus visitantes
já já se chega nos 1000

(Felipe Jr.)

Poeta Felipe Junior
É grande minha alegria
Receber seus elogios
Me incentiva à cada dia
Defender nosso repente
A alma de nossa gente
A divina Poesia

(Josa Rabêlo)






A Nomarada de um amigo ligou pra ele dizendo que a caixinha de saudades dela tava vazia e, a pédidos , o poeta Janio Leite fez:


Você pode dizer que está vazia
Eu não sei por que tenta se enganar
Pois saudade é difícil de acabar
Não vai ser de uma noite para um dia
Pois o amor era forte que havia
Entre a gente, mas vi foi falsidade
Eu queria sentir só a metade
Da saudade que tu sente por eu
É que ela me serve de museu
Pra guardar meu romance de saudade



O meu peito ele hoje ta repleto
De tristeza, de dor e de carinho
Mas tristonho e carente vou sozinho
E o meu eu de saudades está completo
Sem ninguém pra viver sob meu teto
Procurei quem eu quis, mas na verdade
Esse alguém só queria era maldade
E pra mim nada disso me valeu
É que ela me serve de museu
Pra guardar meu romance de saudade

Mote: Mariana TeleS

Glosa: Janio Leite



Eu tentei te apagar do pensamento
Mas se tudo me lembra de você
Pois a mim o que resta é padecer
Aceitando em meu peito esse tormento
Pois só penso em você todo momento
E com isso eu só vivo judiado
Pois eu sei que não tenho ela ao meu lado
Vou tentar conviver com a realidade
Um pincel de lembrança é a saudade
De quem vive a imagem do passado


Mote: Renato Santos


Esse amor que acontece entre a gente
Só compete a nós dois e mais ninguém
Entre nós todo instante a paixão vem
Como chama de fogo bem ardente
Os carinhos trocados lentamente
O cochicho gostoso ao pé do ouvido
Se alguém sentir isso até duvido
Que não goste de amar e ser amado
Se amar escondido for pecado
Ninguém reze por mim que estou perdido

Mote: Heleno Louro
Glosa; Janio leite




SONETO DO POETA PAULO RABÊLO PARA SEU FILHO ANDRÉ


PARABÉNS A ANDRÉ, A MINHA VIDA


FAZ SENTIDO DEPOIS QUE TU NASCEU

E A MAGIA DO AMOR É PERCEBIDA

TODA VEZ QUE SE ENCONTRA, TU E EU



O AMOR POR UM FILHO É SEM MEDIDA

FOI EM VÃO QUEM TENTOU MEDIR O MEU

NO IMAGINÁRIO UM TRENA ESTENDIA

NO ESPAÇO INFINITO, MAS NÃO DEU



QUERO VER UM SORRISO NO TEU ROSTO

DIA VINTE É SÓ SEU, RIA A GOSTO

TE VER FELIZ É SOMENTE O QUE PRECISO



NEM ME LEMBRO SE UM DIA JÁ FOI TRISTE

APOSENTO OS TRAUMAS QUE EXISTE

NA MAGIA INFINITA DE UM SORRISO.







PAULO RABELO (20/08/2005)





NO PRIMEIRO ANO DE ANDRÉ, QUE COMPLETA ANO NO DIA 20 DE AGOSTO.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

VERSOS DE JANIO LEITE

O MONSTRO DA VIOLÊNCIA
ASSOMBRA A POMBA DA PAZ
Mote: Josa Rabêlo
Glosa: Janio Leite


Nós vemos diariamente
As cenas mais obscuras
Crimes, roubos e torturas
Assombrando nossa gente
Segurança ninguém sente
Vive com um medo voraz
O tempo de hoje traz
Um amanha sem decência
O monstro da violência
Assombra a pomba da paz


 Não se pode mais viver
Uma vida sossegada
Só se anda na calçada
Vendo a hora acontecer
Um crime sem perceber
E a justiça nada faz
Pra deter os marginais
Vivemos nesta carência
E o monstro da violência
Assombra a pomba da paz

De amor e paixão to padecendo
Carregando essa magoa em meu peito
Já tentei escapar de todo jeito
Quando penso que não, ta florescendo
Fica dentro do peito remuendo
Me deixando em bastante agonia
Se tornou companheira dia-a-dia 
Se alojou em meu eu e fez morada
A saudade insistente fez parada
No batente da minha moradia
                                          (Janio Leite)

terça-feira, 25 de maio de 2010

PEDRO FERNANDES


Daqui vejo um gerimum


Já molhado pela brisa

Meu pai suado na roça

No barro que mais deslisa

E o carrapicho agarrado

No remendo da camisa



Zé Viola



Essa imagem canaliza

o chafariz da emoção

sinto a torneira dos olhos

pingando lágrima no chão

cada pingo uma saudade

que eu sinto do meu sertão.



Pedro Fernandes

segunda-feira, 24 de maio de 2010

ZÉ VIOLA


Cantando com Valdir Teles, no Sítio Serrinha, falando nas saudades de outrora o poeta disse:

Daqui vejo um gerimum
Já molhado pela brisa
Meu pai suado na roça
No barro que mais deslisa
E o carrapicho agarrado
No remendo da camisa

sexta-feira, 21 de maio de 2010

DEUS É DEUS

Deus é Deus










é amigos temos que ter orgulho de ter um Deus assim .e adorar e glorificar é so o que ele nos pede..















DEPOIMENTO VERIDICO



Um jovem cumpriu o seu dever prestando serviço ao exército e era ridicularizado por ser cristão. Um dia, o seu superior a fim de querer humilhá-lo na frente do pelotão lhe pregou uma peça...

- Soldado Coelho, venha até aqui! - Pois não Senhor.

- Segure essa chave. Agora vá até aquele jipe e o estacione ali na frente.

- Mas senhor, o senhor sabe perfeitamente que eu não sei dirigir.

- Soldado Coelho, eu não lhe perguntei nada. Vá até o jipe e faça o que eu lhe ordenei...

- Mas senhor, eu não sei dirigir!

- Então peça ajuda ao seu Deus. Mostre-nos que Ele existe.

O soldado não temendo, pegou a chave das mãos do seu superior e foi até o veículo. Entrou, sentou-se no banco do motorista e imediatamente começou sua oração.

"Senhor, tu sabes que eu não sei dirigir. Guie as minhas mãos e mostre a essas pessoas a sua fidelidade. Eu confio em Ti e sei que podes me ajudar.. Amém"

O garoto, manobrou o veículo e estacionou perfeitamente como queria o seu superior.

Ao sair do veículo, viu todo o pelotão chorando e alguns de joelhos...

- O que houve gente? - perguntou o soldado.

- Nós queremos o teu Deus ,Coelho. Como fazemos para tê-lo? - respondeu o superior.

- Basta aceitá-lo como seu Senhor e Salvador. Mas porquê todos decidiram aceitar o meu Deus?

O superior pegou o soldado pela gola da camisa, caminhou com ele até o jipe enxugando suas lágrimas.

Chegando lá, levantou o capô do veículo e o mesmo não tinha nem motor!

DEUS CUIDA DOS SEUS E NÃO PERMITE QUE NINGUÉM NOS HUMILHE.

SEJA VOCÊ TAMBÉM UMA SEMENTE DE JESUS E VOCÊ SEMPRE COLHERÁ O BEM !!



Espere..No tempo de Deus (que não é o seu) aquilo que você tanto almeja ser-lhe-à dado.

Se você está passando por provas, não se desespere.

O Senhor está formando seu carater....e no tempo certo Ele lhes dará a vitória!! Amém..

ORAÇÃO FORTE

Deus tem visto suas Lutas!

Deus diz que elas estao chegando ao fim.

Uma bençao esta vindo em sua direçao.

enviem de coração...de forma livre... a quem seu coração te soprar!

DEUS É DEUS......

quarta-feira, 12 de maio de 2010

VAMOS ORAR UM POUQUINHO


Vamos orar rapidinho?




Hoje, Senhor, agradeço pela noite maravilhosa, pelo cobertor que me aqueceu, pelo meu alimento, por mais um dia de trabalho. E principalmente por mais um dia de vida. Abençoa, Senhor, meus amigos e inimigos, porque eles também precisam de Ti. Abençoa, Senhor, o meu amigo que está lendo esta mensagem agora, realize os seus sonhos, lhe dê a vitória que lhe é necessária, Amém!



Passe esta mensagem, bem depressinha, o máximo que você puder e, em instantes, muitas pessoas estarão orando por você.

Que ' DEUS ' abençoe a todos vocês!













Amém.

UM QUINTAL DE SAUDADES

Um quintal






Quando uma pessoa começa a melhorar de vida, pensa logo em comprar uma boa casa. E o que é uma boa casa? É preciso um jardim e uma piscina, imaginam os pais. Eles querem para as crianças uma infância saudável, com confortos que nunca tiveram, mas não pensam no principal: um quintal. Um quintal não precisa ser grande, e o chão deve ser de terra batida. Nele deve haver algumas árvores que não pareçam ter sido plantadas, mas sempre existido. Um abacateiro e uma goiabeira, de goiaba vermelha, são fundamentais. No fundo, um galinheiro tosco, com uma porta quebrada, para que as três ou quatro galinhas possam correr quando alguém quiser pegá-las. Nenhum computador levará uma criança ao deslumbramento que ela terá ao encontrar um ovo e segurá-lo, ainda quentinho. É o mistério da vida nas mãos dela, mais absoluto e mais simples do que qualquer livro de filosofia.




Um dia, a cozinheira avisa que vai matar uma galinha para o molho pardo. Os meninos pedem para ver a cena trágica; a mãe não quer, mas a empregada, acostumada, com o facão na mão, facilita. Se a galinha tiver dentro da barriga aquele monte de ovinhos, aí a lição de morte – e de vida – será ainda mais completa. E mais lições serão aprendidas quando alguém sugerir fazer uma peteca com as penas mais duras e algumas palhas de milho. Mas será que alguém sabe do que estou falando?



Voltando: esse quintal deve ser meio abandonado, mas muito limpo; duas vezes por dia a empregada, cantando bem alto, dá uma varrida. É importante também que haja um tanque para lavar o pé de alguma criança quando ela pisar descalça numa porcaria, e um varal com pregadores de roupa de madeira. Nesse lugar, não vai ter horta nem pomar organizado. Em compensação, é bom que exista do outro lado do muro uma enorme mangueira para que se possa praticar o melhor crime do mundo: roubar as frutas do vizinho. Nos fundos de um quintal, deve haver também uma touceira de bananeiras ou bambus e, claro, um adulto dizendo sempre para tomar cuidado, pois ali pode ter uma cobra. Não há infância que se preze sem medo de cobra. Quando as goiabas começam a crescer, fica todo mundo de olho até a primeira delas estar no ponto para ser arrancada e mordida ali mesmo, sem lavar. E que sensação terrível quando se vê o bicho da goiaba se mexendo. Aí, sem que ninguém precise dizer nada, você começa a aprender que a vida é assim: ou se compra uma goiaba bonita, mas sem gosto, ou se espera com paciência ela amadurecer no pé até desfrutar o supremo prazer de dar aquela dentada – com direito a bicho e tudo.



Mas o tempo voa. De repente você se sente só, abre o caderno de telefones e percebe sua pouca afinidade com os nomes que estão lá, que tem vivido uma vida que não tem nada a ver e começa a procurar um sentido para as coisas. Não encontra resposta, claro, mas um dia está no trânsito, vê um terreno baldio, se lembra daquele quintal no qual não pensa há anos e percebe que essa é a lembrança mais importante e mais feliz de sua vida. E passa a olhar o mundo com a superioridade de quem tem um tesouro guardado dentro do peito, mas ninguém sabe.



Danuza Leão é cronista, autora de vários livros, entre os quais Na Sala com Danuza 2 (ARX) e Quase Tudo (Cia. das Letras)

terça-feira, 11 de maio de 2010

FESTA NA CACIMBINHA & BARRIGUDA

VERSOS DE JÂNIO LEITE


Quando um dia lhe tive em meus braços


Parecia que estava delirando

Pois queria viver só lhe amando

E sentindo o calor dos seus abraços

Pois de ti decorei todos os traços

Mas jamais esperei de ti maldade

Mas depois que notei a realidade

O meu mundo pra tudo sucumbiu

A janela do peito se abriu

Com o sopro dos ventos da saudade



Eu sozinho sofrendo por você

Só lhe tendo no meu imaginário

Pois sofri igualmente a um canário

Que está preso sem nada merecer

Pois se canto é só pra lhe oferecer

A canção que em meu peito hoje invade

Me limito trancado nessa grade

E o prazer que eu tinha já sumiu

A janela do peito se abriu

Com o sopro dos ventos da saudade



Mote enviado por: Mariana Teles

Glosas: Janio Leite

Abraços Poeta...

segunda-feira, 10 de maio de 2010

GRANDE VIRADA CULTURAL DO SÍTIO CACIMBINHA


NÃO PERCAM, NESTE FINAL DE SEMANA A GRANDE VIRADA CULTURAL DA CACIMBINHA. NA SEXTA-FEIRA, DIA 14/05,  GRANDE CANTORIA COM VALDIR TELLES & JOÃO PARAIBANO E MAIS AS PARTICIPAÇÕES DE FERNANDO MARQUES E GALEGO DO PAJEÚ, A PARTIR DAS 20:00h.







NO SÁBADO, DIA 15, GRANDE FESTA BENEFICENTE EM PROL DA COBERTURA DA CAPELA DA VILA DA BARRIGUDA E DEPPOIS FORRÓ PÉ-DE-PAREDE COM FERNADO MARQUES E GALEGO DO PAJEÚ.
É NESTE FINAL DE SEMANA A GRANDE VIRADA NO SÍTIO CACIMBINHA, SEXTA CANTORIA COM VALDIR TELLES & JOÃO PARAIBANO E, NO SÁBADO, DIA 15, NA BARRIGUDA FORRÓ-PE-DE-PAREDE COM FERNANDO MARQUES & GALEGO DO PAJEÚ.
É IMPERDÍVEL!!!!!!!!

domingo, 9 de maio de 2010

VERSOS DO POETA PEDRO FERNANDE


SER MÃE




Mãe que me deu luz e vida

Me abrigou nove meses

Se acordou muitas vezes

Pra fazer minha comida

Quando sentia a mordida

Que eu lhe dava nos seios

De água seus olhos cheios

A mamada não parava

aí é que me abraçava

saciando meus anseios.



Se eu dormisse de dia

Ficava a noite acordado

E ela ali do meu lado

Cochilava e não dormia

Se a noite estivesse fria

Me agasalhava na manta

A fé de mãe era tanta

Enquanto embalava o berço

Ia dedilhando um terço

Rezando pra outra santa.



Mãe, é fonte de candura

Roseira que exala amor

Seu sopro alivia a dor

O seio jorra doçura

Seu colo tem a fofura

Do capucho de algodão

Uma usina de perdão

Sinfonia que me embala

A voz da razão que fala

No palco do coração.



Pedro Fernandes.



um abraço, poeta!!!!

sábado, 8 de maio de 2010

ANIVERSÁRIO DE 08 ANOS DE MINHA FILHA, MARYA FERNNANDA

Deus me deu de presente


Paz, amor e alegria

Há oitos anos me deu

Minha filha que irradia

Alegria e sastisfação,

Paz e amor no coração,

Ternura e poesia



Parabéns filha querida

Oito anos completados

Cem vezes, desejo mais

Que seus caminhos trilhados

Sejam de paz e união

Amor, e dedicação

E sonhos realizados.



Filha, parabéns, papai te ama e roga a Deus que te cubra de muita paz, saúde, felicidades e muitos, muitos anos de vida!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

RACHEL RABELO


TOQUES DA LEMBRANÇA



(Ao amigo Jadson Lima)


NA VARANDA DEBRUÇO UMA SAUDADE,
QUE FICOU ENTRE VERSOS ESQUECIDOS
NO PAPEL DA MEMÓRIA, RESSEQUIDOS,
SUSPIRANDO OS VENTOS DA VERDADE.


ENTRE BEIJOS DE LUZ, SIMPLICIDADE
DESCOBRIMOS SEGREDOS “REPRIMIDOS”;
DEMOS ASAS AOS SONHOS “COMPRIMIDOS”
SEM TEMERMOS O MEDO E A MALDADE.


E, NO BRINDE ERGUIDO COM CARINHO,
O REI SOL SE LEVANTA DE MANSINHO
CLAREANDO AS RIMAS DO MOMENTO.


E NA MÚSICA, TOQUES DA LEMBRANÇA,

QUE ENVOLVEM MEU SER SÓ E “CRIANÇA”,

APAGANDO AS DORES E O LAMENTO.




RACHEL RABELO


"PARA TUDO HÁ UM TEMPO,

PARA CADA COISA UM MOMENTO!" EC 3:1

FELIPE JR

 LEMBRANDO DE MINHA MÃE, APENAS EM SETE LINHAS...


Eu fui criado na roça
Retirando água do poço,
Brocando e plantando milho,
Mas de tudo o bom, seu moço,
Era às 12, o sol torrando,
Escutar mamãe gritando
Me chamando pro almoço.
Felipe Júnior



 

quinta-feira, 6 de maio de 2010

ANIVERSÁRIO DO POETA VINÍCIUS GREGÓRIO

Poeta aniversariando


No céu é só alegria

Na terra a festa é grande

E a Natura irradia

Um ar de contentamento

Soltando neste momento

Brisas fortes de poesia





Bendito foi aquele dia

Em que o poeta apareceu

O dia em que Vinícius

Gregório aqui nasceu

Desde esse dia, o repente

Canta forte e alegremente...

...Este poeta É MEU!!
                                  (Josa Rabêlo)


Poeta, meus parabéns, que Deus te proteja e municie cada fez mais esse "arsenal" de poesia que conduzes de forma dinâmica e magistral!

sds.: Poéticas Pajeuzeiras

terça-feira, 4 de maio de 2010

VERSOS, DIVERSOS VERSOS

Um poema de Marcos Mairton


(Tanto faz ler de cima pra baixo, como de baixo pra cima)



POESIA INDO E VOLTANDO



Poesia pra dizer indo e voltando

Não é coisa para qualquer um fazer.

É preciso o poeta conhecer

O mistério de falar sempre rimando,

Com destreza as palavras ir juntando,

E falar da sua dor com alegria,

Misturar realidade e fantasia,

Pra dizer o que ele quer de trás pra frente.

É preciso um poeta inteligente

Pra dizer indo e voltando a poesia.



Pra dizer indo e voltando a poesia,

É preciso um poeta inteligente,

Pra dizer o que ele quer de trás pra frente,

Misturar realidade e fantasia,

E falar da sua dor com alegria,

Com destreza as palavras ir juntando.

O mistério de falar sempre rimando,

É preciso o poeta conhecer .

Não é coisa para qualquer um fazer,

Poesia pra dizer indo e voltando.



O poeta mostra do que é capaz

Ao fazer a poesia desse jeito.

Quando eu não sabia nem falar direito,

Já cantava assim como você faz.

Já rimava para a frente e para trás,

Já sabia fazer versos recuando.

Eu já tinha das palavras o comando,

Antes de fazer três anos de idade.

Não me causa a menor dificuldade

Essa sua poesia indo e voltando.



Essa sua poesia indo e voltando

Não me causa a menor dificuldade.

Antes de fazer três anos de idade,

Eu já tinha das palavras o comando.

Já sabia fazer versos recuando,

Já rimava para a frente e para trás,

Já cantava assim como você faz,

Quando eu não sabia nem falar direito.

Ao fazer a poesia desse jeito

O poeta mostra do que é capaz.



* * *



Glosas de Otacilio Batista com o mote:



Tenho n’alma as tatuagens

Da minha origem cigana.



Fui criado entre as miragens,

Na solidão do deserto,

De um povo que andava incerto,

Tenho n’alma as tatuagens:

São abstratas imagens

De Alá, que não se profana;

Dos chefes de caravana,

Me orgulho em ser porta-voz:

Os primitivos heróis

Da minha origem cigana!



Os antigos personagens,

Defensores dos escravos;

De uma legião de bravos,

Tenho n’alma as tatuagens!

Fugindo às velhas linhagens

Da imposição duridana,

Por vontade Soberana,

Ismael foi peregrino,

O primeiro beduíno

Da minha origem cigana!



Um poema de Patativa do Assaré




Antônio Conselheiro



Cada um na vida tem

O direito de julgar

Como tenho o meu também

Com razão quero falar

Nestes meus versos singelos

Mas de sentimentos belos

Sobre um grande brasileiro

Cearense meu conterrâneo,

Líder sensato espontâneo,

Nosso Antônio Conselheiro.



Este cearense nasceu

Lá em Quixeramobim,

Se eu sei como ele viveu

Sei como foi o seu fim,

Quando em Canudos chegou

Com amor organizou

Um ambiente comum

Sem enredos nem engodos,

Ali era um por todos

E eram todos por um.

Quando eu era criança


meu mundo era diferente.



Valdir Teles



Na viola eu aconselho

às crianças de hoje em dia,

que o período que eu vivia,

eu lia noutro evangelho,

tomava bênção a pai velho,

mesmo sem ser meu parente,

hoje no lugar da gente

já existe uma mudança.

Quando eu era criança

meu mundo era diferente.



Geraldo Amâncio



Já mudou a tradição,

da nossa velha morada,

não tinha mulher pelada

passando em televisão,

nem existia ladrão,

que vive assombrando a gente,

o bandido atualmente

acaba a nossa esperança.

Quando eu era criança

meu mundo era diferente.

Dois improvisos de César Coelho




Coisa linda é madrugada,

Com luar pelo terreiro,

Viola em beira de estrada,

Cantiga de violeiro.



Quero a paz do teu carinho,

Mil cantigas de viola,

Quero ouvir um passarinho,

Que não seja na gaiola



* * *



Um improviso de Zé de Cazuza homenageando Elísio Félix, o Canhotinho



Campina dá por igual

A canhoto um monumento

Pois onde morre um talento

A fama vive imortal

Ela é seu torrão natal

Cada qual entristeceu

Um perdeu, outro perdeu

Mais um poeta excelente

Enfim, morreu de repente

Quem de repente viveu.

Um improviso do Cego Aderaldo




A prisão deve ter sido

Invenção de Lucifer

Eu só aceito a prisão

Nos braços duma mulher

Agüentando o que ela faz

E fazendo o que ela quer.



* * *

Improvisos de João Paraibano




Vi o fantasma da seca

Ser transportado numa rede

Vi o açude secando

Com três rachões na parede

E as abelhas no velório

Da flor que morreu de sede.



Faço da minha esperança

Arma pra sobreviver

Até desengano eu planto

Pensando que vai nascer

E rego com as próprias lágrimas

Pra ilusão não morrer.



Estou ficando cansado

O corpo sem energia

Jesus pintou meus cabelos

No final da boemia

Mas na hora de pintar

Esqueceu de perguntar

Qual era a cor que eu queria.



Toda a noite quando deito

Um pesadelo me abraça

Meu cabelo que era preto

Está da cor de fumaça

Ficou branco após os trinta

Eu não quis gastar com tinta

O tempo pintou de graça.



Terreno ruim não dá fruto,

por mais que a gente cultive,

no seu céu eu nunca fui,

sua estrela eu nunca tive,

que o espinho não se hospeda,

na mansão que a rosa vive.



Coruja dá gargalhada

Na casa que não tem dono

A borboleta azulada

Da cor de um papel carbono

Faz ventilador das asas

Pra rosa pegar no sono.

Uma glosa de Moysés Sesyom




Vida longa não alcanço

Na orgia ou no prazer.

Mas, enquanto não morrer

- Bebo, fumo, jogo e danço!

Brinco, farreio, não canso,

Me censure quem quiser…

Enquanto eu vida tiver,

Cumprindo essa sina venho,

E, além dos vícios que tenho,

- Sou perdido por mulher!…



* * *



Um improviso de Canhotinho



Doce como os versos teus

Só o mel de uruçu,

A água do coco verde,

A flor do mandacaru,

O riiso de uma criança

E o canto do uirapuru.

Um improviso de Domingos Fonseca




Toda mãe por qualquer filho

Se iguala num só amor.

As mães de Cristo e de Judas

Sofreram uma só dor:

Uma, pelo filho JUSTO

Outra, pelo TRAIDOR”



* * *

Um improviso de Domingos Fonseca




Toda mãe por qualquer filho

Se iguala num só amor.

As mães de Cristo e de Judas

Sofreram uma só dor:

Uma, pelo filho JUSTO

Outra, pelo TRAIDOR”



* * *
Homenagem de Dedé Monteiro a Lourival Batista com o mote:




São José escurece outra metade,

que o repente de LOURO iluminou.



São José do Egito, a cada ano,

vem ficando mais pobre e enlutada:

foi MARINHO a primeira bordoada…

sofreu muito ao perder ROGACIANO…

JÓ deixou de cantar no térreo plano,

pra no plano divino fazer show…

dia seis de dezembro o REI botou

mais tristeza no peito da cidade…

São José escurece outra metade,

que o repente de LOURO iluminou.

Manoel Xudú




Cantador pra enfrentar Manoel Xudú

É preciso pular como uma bola

Ter a curva do arco da viola

Ter o doce do mel da uruçu

Ter o suco da polpa do caju

O azeite do sumo da castanha

O tecido da teia da aranha

A beleza da pena da arara

O tacape do índio ubirajara

E a destreza da fera da montanha.



Manoel Filó



Cantador pra enfrentar Manoel Filó

É preciso comer besouro assado

Dar pancadas com o gume do machado

Num angico que tem um sanharó

Se enrolar com uma cobra de cipó

Dar um chute num cão com hidrofobia

Mastigar na cabeça de uma jia

Se subir num coqueiro catolé

Se montar em Inácio Jacaré

E viajar três semanas pra Bahia.

Geraldo Amâncio glosando o mote




Foi com dor no coração

que eu deixei o meu lugar



Não voltei pra minha aldeia,

já faz tempo que eu não vejo

meu primeiro realejo,

e a minha bola de meia;

brincar de toca na areia

nunca mais pude brincar

também não fui mais puxar

na ponteira do pião.

Foi com dor no coração

que eu deixei o meu lugar.

Zé Adalberto do Caroço do Juá glosando o mote:




RETIREI SEU RETRATO DA CARTEIRA

SEM TIRAR SEU AMOR DO CORAÇÃO



Seu veículo de amor ainda cabe

Na garagem do peito que era seu,

O chassi do seu corpo está no meu

Se eu tentar alterá-lo o mundo sabe

Não existe paixão que não se acabe

Mas amor não possui limitação

Vai além das fronteiras da razão

E o que eu sinto por ela é sem fronteira

Retirei seu retrato da carteira

Sem tirar seu amor do coração.



Da carteira eu tratei de dar um jeito

De tirar sua foto de olhos vivos

Mas não pude apagar os negativos

Que ficaram gravados no meu peito

Junto à lei nosso caso foi desfeito

A igreja anulou nossa união

Mas do peito não tive condição

De tirar esse amor por mais que eu queira

Retirei seu retrato da carteira

Sem tirar seu amor do coração.



Seu retrato foi todo incinerado

Mas até na fumaça deu pra vê-la

Não há nada que faça eu esquecê-la

Eu nem sei se por ela sou lembrado

Meu desejo está contaminado

Pelo vírus da sua sedução

Junta médica não faz intervenção

Se souber que a doença é roedeira

Retirei seu retrato da carteira

Sem tirar seu amor do coração.



Esse meu coração só pensa nela

Apesar de bater no meu reduto

120 batidas por minuto

São as 20 por mim, e as 100 por ela

Eu com raiva rasguei a foto dela

Mas amor não se rasga com a mão

Se vontade rasgasse ingratidão

Eu só tinha deixado a pedaceira

Retirei seu retrato da carteira

Sem tirar seu amor do coração.



Um soneto de Jomaci Dantas




Desejos de um poeta



Quero só um boêmio como amigo,

Uma flor, o luar, uma calçada,

E um poeta na minha madrugada

Pra cantar a canção que não consigo.



Uma simples mulher beba comigo,

Totalmente de amor necessitada,

Eu conduza no drinque ou na tragada

Minha última esperança pra o jazigo.



Quero, sim, um boteco na cidade,

Pra que eu possa esconder minha saudade

Colocando no copo a minha dor.



E o meu corpo ao perder toda a estrutura,

Alguém bote na minha sepultura

“Aqui jaz um cativo do amor”.

Uma glosa de Waldir Telles




Mote:



Quando morre um alguém que agente adora

Nasce um broto de dor no coração.



Quando morre um parente ou um amigo

Resta só lamentar, ninguém dá jeito

A tristeza se aloja em nosso peito

A angústia se apossa do abrigo

O seu corpo levado pra o jazigo

É seguido por uma multidão

Nem compensa apertar na sua mão

É inútil dizer não vá agora

Quando morre um alguém que agente adora

Nasce um broto de dor no coração.

VERSOS, DIVERSOS VERSOS

TODO DIA EU MEDITO COM SAUDADE


MINHA INFÂNCIA VIVIDA NO SERTÃO



Sebastião Dias



Hoje eu posso dizer que eu sou feliz,

todo dia eu me lembro, quando acordo,

do sertão que vivi e eu recordo,

o jumento, a cangalha e os barris,

uma canga, a correia e seus canzis,

quatro deles prendendo o barbatão,

o azeite oleando o meu cocão,

eis os números da minha identidade.

Todo dia eu medito com saudade

minha infância vivida no sertão.



Raimundo Caetano



Não me esqueço da árdua trajetória,

todo dia saindo pra o trabalho,

com a roupa molhada de orvalho,

com a mão estirada à palmatória,

esse é um pedaço da história,

que eu não posso prender na minha mão,

mas se eu for remexer meu coração,

inda dá pra salvar mais da metade

Todo dia eu medito com saudade

minha infância vivida no sertão.



* * *



Sebastião da Silva e Moacir Laurentino improvisando com o mote:



SINTO A ÚLTIMA ESPERANÇA SE QUEIMANDO

NA FOGUEIRA DA SECA NORDESTINA



Sebastião da Silva



Outro mote bonito aqui está,

vem falando de crise e sequidão

e nessa seca que há no meu sertão,

Piauí, Pernambuco, Ceará,

não se ouve o cantar do sabiá,

do canário de crista da campina,

e a cigarra também não faz buzina,

não tem ave do campo mais cantando.

Sinto a última esperança se queimando

na fogueira da seca nordestina.



Moacir Laurentino



Essa dura e cruel situação,

da maneira que muita gente está

Paraíba, Sergipe e Ceará,

Rio Grande, Alagoas, Maranhão,

tá despida toda vegetação,

não tem mais folha verde na campina,

essa seca cruel e assassina,

com sol quente que vêm lhe sapecando.

Sinto a última esperança se queimando

na fogueira da seca nordestina.