JANIO LEITE
Mais
um ano de vida completado
E o filme
do tempo se passando
As
saudades que sinto do passado
E o futuro
ansioso, eu esperando
Os
momentos bonitos vou guardando
Mas dos
tristes não quero ser lembrado
Só os bons
quero viver recordando
Mas os
ruins quero morto e enterrado
Lembro
sempre a família e os amigos
Que em
todos momentos estão comigo
Seja fácil
ou difícil a situação
E a todos
vocês eu agradeço
O carinho,
o afeto e o apreço
Vocês moram todos no meu
coração
Janio Leite
Cada dia que passa em minha vida
Sinto o tempo afastar você de mim
Se o destino quiser que seja assim
Minha dor vai ser grande e desmedida
No peito se abre uma ferida
Sem achar uma cura pra seu fim
Se é assim que Deus quer, ô coisa ruim
Aceitar essa amarga despedida
Os melhores momentos dessa história
Ficarão para sempre na memória
Pois de ti eu vou sempre recordar
Consciência eu tenho de não ter
Mas queria pelo menos lhe dizer
Foste o erro que mais gostei de errar.
Jânio Leite
Poeta mudei as duas ultimas
linhas dos dois tercetos, achei q assim ficaria melhor, SDS poéticas, um xero
na familia......
MOTE: JOSA RABELO
"No
sertão tem vaqueiro que dar grito
No boiato correndo lá na
serra
No curral, tem uma cabra que
berra
Porque quer amamentar seu
cabrito
A natura faz um filme tão
bonito
Como mãe generosa e protetora
A maior e melhor das genitora
Que faz tudo e não cobra um tostão
Valorize a cultura do sertão,
Feche as portas da mídia
enganadora"
Tem
poeta dedilhando sua viola
Um
cachorro latindo no terreiro
Tem
um galo engordando no chiqueiro
E um
pássaro cantando na gaiola
Um
menino brincando com sua bola
A
galinha da ninhada é protetora
Protegendo
da raposa, à predadora
Escondendo
os seus pintos no oitão
Valorize
a cultura do sertão,
Feche
as portas da mídia enganadora
Dê
valor ao o homem que é roceiro
Esqueçamos
do programa do Gugu
Onde
só se exibe corpo nu
E não
mostra o poeta violeiro
Reconheça
o aboio do vaqueiro
Não se
iluda com essas emissoras
Que só
bota a dançinha da vassoura
Não se
escuta de viola um baião
Valorize
a cultura do sertão,
Feche
as portas à mídia enganadora”
Acauã num pau seco a cantar
O roceiro com a cena desanima
Fala logo que a chuva vai ser
fina
Pensa logo como é que vai
lucrar
Esse ano a semente não vai dar
Vou perder quase toda a lavoura
Só Jesus com a chuva salvadora
Nos dá lucro de arroz, milho e
feijão
Valorize a cultura do sertão,
Feche as portas à mídia
enganadora
Jânio Leite
Sertanejo se alegra com o roçado
E uma mesa repleta de fartura
Tem pamonha, tem canjica e rapadura
Queijo, Leite, coalhada e milho
assado
No curral muito gordo tem seu gado
E se olha para o céu está cinzento
Uma nuvem com água
traz sustento
Pra quem tava numa grande agonia
Quando chove no sertão há alegria
É a certeza que teremos alimento
Uma chuva se forma no nascente
O roceiro se anima com a cena
Fala para a mulher sua pequena
Este ano tem fartura para a gente
Só Deus mesmo nosso pai onipotente
Que pra ele fiz até um juramento
Se chuvesse e acabasse o sofrimento
Eu rezava uns pai nosso e ave maria
Quando chove no sertão há alegria
É a certeza que teremos alimento
Desculpa poeta pelos pés quebrados...
Saudações poéticas, Janio Leite
16/04/2008
exagerei na aposta
desse jogo tão maldito
que chega fiquei aflito
quando obtive a resposta
tem hora que voce gosta
de quem só tem falsidade
quem lhe gosta de verdade
só recebe ingratidão
na roleta da paixão
meu premio será saudade
entreguei a voce o meu amor
eu pensei que contigo era feliz
mas comigo viver voce nao quis
viverei carregando esta dor
so me resta aceitar o dissabor
porque fostes fazer essa maldade
nunca vi tamanha crueldade
que fizestes com um pobre coração
Estou
preso nas grades da paixão
Só
recebo visitas da saudade
Poeta Josa, fiz esse mote e quero um verso seu nele viu....
Janio Leite
Cada traço
e detalhe do teu ser
Mesmo longe
sou capaz de decifrar
Perfeição
inocente e singular
Com beleza
incapaz de conceber
Se pudesse,
como ti, outra nascer
Pois seria
do criador abusar
Perfeição
só Deus mesmo pra criar
Não teria
como outra ele fazer
A receita
que lhe fez já foi rasgada
Pra não
ser-te novamente copiada
Porque nada
pode a ti ser comparado
Você tem a
pureza de uma santa
Uma beleza
que a qualquer um encanta
Se tornando
um dos ser mais cobiçado
Janio
Leite, 21/05/2008
No sertão a
fartura está sobrando
Os barreiros
e açudes estão cheios
As cigarras
procuram outros meios
Pra viver,
que de seca não está dando
Que agora o
carão quem está cantando
Sertanejo se
alegra com o roçado
Já se acha
pamonha e milho assado
Em qualquer
uma casa do sertão
Escutei a
roqueira do trovão
Avisando o
sertão está molhado
Só Jesus
nosso pai onipotente
Pra botar
todo verde na folhagem
Ver sangrar
as lagoas e barragem
E os rios
descer botando enchente
Trazer muita
alegria para a gente
Que o
inverno já estava demorado
Mas agora o
terreno está molhado
Pra o
roceiro fazer a plantação
Escutei a
roqueira do trovão
Avisando o
sertão está molhado
Janio Leite,
28/05/2008
Jânio
Leite -: Uma batalha na vida estais vencendo
Conseguindo se formar no que queria
Eu de cá por você estou torcendo
E que ias conseguir isso eu sabia
Mais um filho ganhou a advocacia
E espero que com ela vá vivendo
Profissão que vai ser seu dia-a-dia
E que a cada instante vá crescendo
Meu amigo eu estou muito feliz
Vais crescer e chegar a ser juiz
Mas lhe peço que não condene a mim
Por motivos maiores não irei
Para ver se formar como pensei
Eu não vou poder ir a seu festim
Poeta me desculpe, mas não vai dar pra ir pra sua formatura, minhas férias não
foram liberadas, tome uma por mim ai, abraços... E haja chuva no sertão...
Janio Leite, 03/07/2008
Lembrando de minha casa
Minha primeira morada
O cheiro da carne assada
Pingando em cima da brasa
Se eu pudesse criar asa
Só pra ligeiro voltar
Ver Mamãe a me falar
Como esperei esse dia
Sonhei cheio de alegria
Voltando pro meu lugar
Meu cachorro de caçada
Meu badoque e baleeira
No cinto a minha pexeira
Que sempre tava amolada
Na gaiola pendurada
Um azulão a cantar
Antes do dia raiar
Disleitava a vacaria
Sonhei cheio de alegria
Voltando pro meu lugar
Lembro as festas de são João
Das fogueiras, do forró
Do xote, do carimbo
Do milho assado e quentão
Escutar um foguetão
Lá no céu a estourar
Ai começo a lembrar
Das festas que pai fazia
Sonhei cheio de alegria
Voltando pro meu lugar
Mote enviado por: Zé Ilton
Glosas: Janio Leite - 14/04/2010
Abraços Pajeuzeiros