JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

quinta-feira, 25 de abril de 2013

COMPROMISSO E RESPEITO AOS CIDADÃOS


A Rua Julieta Martins Cordeiro foi agraciada hoje com a colocação de uma iluminaria no poste em frente a casa deste blogueiro, numa iniciativa louvável do Secretário de Obras Edmundo Barros e do Vereador Aristóteles Monteiro.   









Os moradores da Rua Julieta Martins Cordeiro sofriam muito com a escuridão causando transtornos e medo de trafegar pela mesma. Depois, modéstia à parte, de minha iniciativa pegando os números dos 04 postes da rua, encaminhei-os os números ao vereador Aristóteles que os repassou ao secretário Edmundo e hoje um destes postes já está com a iluminação atendendo aos anseios dos moradores da rua, sendo que os demais postes receberão em breve suas iluminarias.
Começamos o ano com a retirada de entulhos que obstruíam a rua desde outubro de 20l2, já temos iluminaria e esperamos ansiosos pela pavimentação da mesma.
Em nome dos moradores da Rua Julieta Martins Cordeiro o nosso muito obrigado ao Secretário Edmundo Barros e ao Vereador Aristóteles Monteiro pala iniciativa e o Compromisso, cumprido, e pelo respeito à Cidadania.

A coruja cochila na biqueira Do alpendre da casa abandonada

UM POETA POETADOZIM QUE SÓ A GOTA




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Felipe Júnior, Aldo Neves, Cicinho Guimarães e Josa Rabelo (e um caminhão descarregando 2 geladeiras, visto que o frezer não aguentou o tranco)
Iluminado Papa Berto e estimados amigos do alto e do baixo clero, como eu, da ICAS.

Nessas minhas andanças pelo Pajeú das Flores, como dizia Rogaciano Leite, conheci um poeta de mão cheia… desses poetas que a gente enche um caminhão só com ele, refiro-me a Aldo Neves de Tuparetama.
O homem é um poço de humildade e gigante como os grandes mestres da viola. Conhecedor das coisas do sertão, viajante dos causos de beiradeiro, sertanejador dos mais finos e merecedor de comentários.

Aqui segue uma jóia preciosa que esse mulestoso féla da mãe fez…
Ela hoje ta muito diferente
Rodeada de mato e de tristeza
Não tem mais um talher na sua mesa
Nem um dono sentado em seu batente
Não parece que ali já morou gente
Está suja quem antes foi zelada
O capim tomou conta da calçada
Veio um vento e torou a cumieira
A coruja cochila na biqueira
Do alpendre da casa abandonada

O passado serviu de moradia
Entregou-se pra mera solidão
Quem for lá visitar o casarão
Vai passar muitas horas de agonia
Na dispensa só tem uma bacia
E uma mala de couro empoeirada
E uma porta que resta é desbotada
Que nem dar pra pensar que é de madeira
A coruja cochila na biqueira
Do alpendre da casa abandonada

Ainda resta nas brechas de um bueiro
Maribondo caboclo pendurado
Os morcegos voando no telhado
E as raposas rondando no terreiro
Num cambito de pau de marmeleiro
Uma corda de couro pendurada
Uma espora já toda enferrujada
E uma manta coberta de poeira
A coruja cochila na biqueira
Do alpendre da casa abandonada

Ainda tem duas bandas de um pilão
E as borrachas de um resto de ancoreta
Uma mesa quebrada sem gaveta
E os pedaços jogados pelo chão
Encostado a parede do oitão
Quatro paus segurando uma latada
Uma maquina mimoso desprezada
E duas alças de um resto de peneira
A coruja cochila na biqueira
Do alpendre da casa abandonada

Ainda tem nos recantos da cozinha
Uns pedaços de um resto de consolo
A caqueira pequena de assar bolo
E uma cuia quebrada sem farinha
Lá na sala ainda tem uma quartinha
Que seu dono deixou mais ta quebrada
Uma lata de zinco já furada
Com um pedaço de pau de goiabeira
A coruja cochila na biqueira
Do alpendre da casa abandonada

Ainda achei as guardapas de uma sela
Penduradas no torno da parede
E os pedaços de pano de uma rede
Que seu dono com sono dormiu nela
Lá no quarto ainda tinha uma janela
Que com sol e com chuva foi rachada
E uma calça de mescla remendada
Que seu dono usou pra ir a feira
A coruja cochila na biqueira
Do alpendre da casa abandonada
Aldo Neves