JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

INSÕNIA!!!!!



Depois de mais uma noite de insônia, eu navegando no Faceboock, o Poeta Hélio Ferreira deu-me o Mote:

FICA MAIS LEVE O MEU SONO
COM O PESO DA SAUDADE

Josa Rabelo
Meu poeta o sono meu /
Há dois meses foi embora/
Fico sem saber da hora/
Pois o meu filho morreu/
O sono desapareceu/
É a mais pura verdade/
A dor no peito me invade/
Me deixa no abandono/
Fica mais leve o meu sono/
Com o peso da saudade/

Hélio Ferreira

Não divido com ninguém/
Essa dor eu não reparto/
Eu sozinho no meu quarto/
Da saudade sou refém/
Fico olhando para o além/
Nem sinal de claridade/
Pois o peso da verdade/
Bate no peito do dono/
Fica mais leve o meu sono/
Com o peso da saudade
/

Josa Rabelo
À cada passar de dia/
Aumenta meu sofrimento/
Mas inda tenho um alento/
Pedi à Virgem Maria/
Pra ver se ela alivia/
Para deixar na metade/
Que essa dor tão covarde/
Espero acabar em breve/
O sono fica mais leve/
Com o peso da saudade!!

POETA HÉLIO FERREIRA!!!!!

NÃO GANHA NENHUMA LUTA
MAS NÃO JOGA A TOALHA


Não sei a quem agrada
Um sujeito sem sucesso
Desconfio do processo
Que o mantém na estrada
Como pode um camarada
Se achar que não tem falha
Bota a culpa em quem batalha
Bota a culpa no recruta
Não ganha nenhuma luta
Mas não joga a toalha

Não enxerga seus erros
Vive olhando para o lado
Procura um subordinado
Pra culpar, marcar com ferros
Fala, grita, xinga aos berros
Diminui, corta e retalha
Com o chicote ele trabalha
Nas costas de quem labuta
Não ganha nenhuma luta
Mas não joga a toalha

Não tem jeito o seu lugar
É sempre perto do fundo
Já mexeu com todo mundo
É gente pra lá e pra cá
É gente demais pra culpar
Por causa de uma migalha
É gente que ele chacoalha
Quer vencer na força bruta
Não ganha nenhuma luta
Mas não joga a toalha

Araripina/PE, 16/10/2012
Hélio Ferreira Lima

VIVA O BATENTE!!!

O batente era mesmo um grande ninho
Pro repouso que a gente precisava...
Promovia um prazer e descansava
Oscilando de “Senna” pra “Rubinho”
Nossa troca constante de carinho
Era feita com muita inspiração
Despertando interesse e tentação
(Sem chegar a ser “coisa de maníaco”)
Mas parece que era afrodisíaco
“O BATENTE DE PAU DO CASARÃO”.

Zé Adalberto

DUETO DE SONETO!!!!

Quereres


No meu peito, um canto de saudade,*
A melódica forma de sentir,

Um jorrar que borbulha tal verdade,


Afastando qualquer “ser” do mentir.



São fulgores que fazem existir **


Os reflexos sutis da liberdade


Onde as luzes da cúmplice vontade


Soltam brilhos pra vida coexistir.



Nas artérias vibrantes da emoção *


O pulsar cancioneiro da paixão


Fulgurando os valores do querer.



Embalados nos cantos dos afetos **


Os gentis corações buscam projetos


Pra viver sobre as plumas do prazer.


Rachel Rabelo *
Gilmar Leite **
Curtir · · · há 3

DOIS VERSOS MAGNÍFICOS!!!!



O TERREIRO DA CASA ONDE EU MOREI
HOJE ESTÁ PELO TEMPO ABANDONADO

MOTE: LUIZ TERTO
GLOSAS: ALDO NEVES

Era o galo o herói da serenata
E um relógio que eu tinha no puleiro
A piscina que havia era um barreiro
E o transporte da água era uma lata
Não esqueço o “Pazin” de alpercata
Que eu calçava pra ir pra o roçado
Meu “Caquin” de enxada tá guardado
Com a marca do cabo onde eu peguei
O TERREIRO DA CASA ONDE EU MOREI
HOJE ESTÁ PELO TEMPO ABANDONADO

Minha casa parece um deserto
Hoje tem só as marcas de um fogão
Empenou a parede do oitão
E o portão da cozinha está aberto
Todo mundo na vida tem por certo
Que o destino da gente vem traçado
Tantas contas no tempo eu “tem” pagado
Nem me lembro as bodegas onde comprei
O TERREIRO DA CASA ONDE EU MOREI
HOJE ESTÁ PELO TEMPO ABANDONADO