JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

domingo, 30 de outubro de 2011

FRASE DA SEMANA

"Não há progresso sem mudança. E, quem não consegue se mudar a si mesmo, acaba por não mudar coisa alguma".
(George Bernard Shaw)

POETA DA SEMANA

EU



(Marcos Maia)






O meu olhar se perde na lembrança.


Vivo o presente, mas tenho meu passado


como uma marca, no peito sou marcado,


pra no futuro lembrar com segurança.






Fiz com o amor um pacto, uma aliança


que ele me tenha sempre e ao meu lado


conduza o meu destino apaixonado.


Que eu nunca fique só, sem esperança.






E nesse meu presente o meu destino


é rota de emoção. Sou eu menino


sonhando, descobrindo o que fazer.






Meu tempo é força, é minha mente


capaz de renascer. É a semente


que lá plantei e agora vou colher.






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Soneto para um Brasileiro


(Marcos Maia)






Nobre poeta, o mundo anda tristonho


pelos caminhos que ele construiu


e em cada canto, um canto já ruiu


deixando o mundo triste e medonho.






A natureza perdeu o olhar risonho


mas ainda está presente, não fugiu.


O céu, que o homem tanto poluiu


ainda é infinito, ainda é sonho...






Porém aqui na terra, os habitantes


destroem a vida e as coisas importantes.


Sociologicamente, pior fato não há






Valores do viver e a dignidade


que não se zela mais e a sociedade


acostumou-se assim e assim será.






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Invés de mim


(Marcos Maia)






Eu sou um pouco de tudo


que se fez recentemente.


Girau de esconder causos


e lixos, que se guarda em casa


com preguiça de jogar fora.






Sou flor de mussambê


que rompe estação,


na lama e no beco,


e quando seca a flor, joga


sementes no chão, que nasce.






Sou um ator quer espera o texto.


Uma sombra na coxia que assusta


o diretor e a platéia o pede e o quer.


Sou vento dentro de casa, que






ninguém sabe de onde veio.


Sou coisa feita, que se tem


e se quer distante da sala de visitas.


Sou o sonho de quem quer dormir






e sente insônia. Sou eu mesmo!!!


Um pouco de tudo, um todo do nada.


Um jeito esquisito que se acopla


e que faz a vida andar, sem fila...


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PAPAI NOEL (1)


Marcos Maia






Papai Noel, aqui muita criança


vive na rua, também, pedindo esmola.


Várias não têm direito a uma escola,


outras perderam o resto de esperança.






Quando é Natal e a sua imagem avança


dando presentes a sua corriola


e o pobre sem brinquedos na sacola


só ganha a ilusão, não tem lembrança.






Então Papai Noel, não alimente


a ganância comercial e indecente


que relega os mais pobres à sua sorte.






Nos deixe em paz, não crie mais fantasia


que frustra, que maltrata e angustia


pode ficar ai, no Pólo Norte.


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Retrato do pecado






Sempre que passa por perto de mim


eu fico observando a sua vinda.


Seios perfeitos, corpo, cara linda...


Um jeito de andar que não tem fim.






Quando aparece relembra um querubim


e em cada perna uma imagem finda


numa taça de amor a que se brinda


como se eu fosse a saia de cetim.






E quando segue a vista se aprofunda


nas suas ancas que vão formar a bunda;


fenomenal retrato do pecado.






E no duelo ardente dos quadris


o meu olhar insiste em ser feliz,


embora sendo, assim, mal-educado.






(Marcos Maia)






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Distúrbio mental






Hoje me peguei a procurar


estrelas em pleno dia,


como se não soubesse


que elas estão dormindo.






E se não houvesse noite,


como eu saberia das estrelas?






Talvez o sol me dissesse,


pela falta do encanto.


E nós iríamos procurá-las


sempre de dia... (marcos Maia)

terça-feira, 25 de outubro de 2011

TROVAS MARAVILHOSAS E VERSOS MAGNÍFICOS

MADRUGADA
A madrugada é o instante
em que o sol, com ousadia,
induz a noite – gestante –
a dar à luz... novo dia!
Jaime Pina da Silveira/SP
Uma Trova Nacional
Teu ciúme, cortando os laços
do nosso amor, me magoa...
Mas meu amor abre os braços
e, por amor, te perdoa!
João Freire Filho/RJ

 Uma Trova Potiguar
Desponta sereno o dia,
e o meu sonho, sem demora,
enche o mundo de poesia
ao romper da linda aurora!
Eva Yanni Garcia/RN
E Suas Trovas Ficaram
Se meu sonho, na lembrança,
foi ponte que se desfez,
estendo o braço à esperança
e faço a ponte outra vez!...
Adelir Machado/RJ
Estrofe do Dia
Gosto de falar de mato,
picada de muriçoca,
preá escondido em loca
galinha, guiné e pato;
briga de cachorro e gato,
cadeira de balançar,
a rede pra se deitar
na latada ou no oitão;
quanto mais canto o sertão
mais tem sertão pra cantar!
Júnior Adelino/PB

GPC DE TUPARETAMA CONVIDA VC!!!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

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POETA LIMA JR.

domingo, 23 de outubro de 2011

FRASE DA SEMANA

"O único homem que nunca comete erros é aquele que nunca faz coisa alguma. Não tenha medo de errar, pois você aprenderá a não cometer duas vezes o mesmo erro". 
(Franklin D. Roosevelt)

POETAS DA SEMANA

20 de OUTUBRO DIA DO POETA - VERSOS DE CLÉCIO RIMAS



"Isso foi suficiente
Pra eu fazer poesia"

Nascer em Serra Talhada
Ser radicado em Tabira
Respeitar a macambira
Pisar na terra molhada
Gostar de uma namorada
Ver na feira a freguesia
Entender a fantasia
Pra fazer glosa e repente
Isso foi suficiente
Pra eu fazer poesia

Brincar descalço no chão
Armar a minha arataca
Comer o bago da jaca
Fazer dum cedro, alçapão
Misturar sopa com pão
Na janta que mãe fazia
E no amanhecer do dia
Mirar o sol no nascente
Isso foi suficiente
Pra eu fazer poesia!

Caçar com meu pai no mato
Fazer curral de sabugo
Nunca escapar dum verdugo
Sempre que eu fui insensato
Fazer remendo em sapato
Pra calçar na serventia
Acordar com a sinfonia
Da passarada contente
Isso foi suficiente
Pra eu fazer poesia!
Nada é pior do que,
ver a casa destruída;
visitar um irmão preso,
rezar pra mãe falecida,
do pai não saber o nome,
um filho chorar de fome
e a casa não ter comida.

Abel Araújo
Um improviso de João Paraibano:

Me criei com cuzcuz e leite quente,
Jerimum de fazenda e melancia.
Com seis anos de idade eu já sabia
Quantas rimas se usava num repente.
Fui nascido nas mãos da assistente,
Na ausência dos olhos do doutor.
Mamãe nunca fez sexo sem amor,
Papai nunca abriu mão do seu direito.
Obrigado meu Deus por ter me feito
Nordestino, poeta e cantador.

* * *

O poeta João Paraibano estava numa
festa e devido a uma confusão com a sua
mulher, por motivo de ciúmes desta, foi preso.
Conta-se que assim que se viu dentro do cárcere,
o poeta (que é analfabeto) aos prantos
e em estado de embriaguês,
proferiu de improviso os seguintes
 versos para o delegado:

Doutor eu sei que errei
Por dois fatos: dama e porre.
Por amor se mata e morre.
Eu nem morri, nem matei,
Apenas prejudiquei
Um ambiente de classe.
Depois de apanhar na face
Bati na flor do meu ramo.
Me prenderam porque amo
Quanto mais se eu odiasse.

Poeta mesmo ofendido
Sabe oferecer afeto.
Faz pena dormir no teto
Da morada de um bandido,
Se humilha, faz pedido
Ninguém escuta a voz sua,
Não vê o sol, nem a lua
Deixar o espaço aceso.
Por que um poeta preso
Com tantos ladrões na rua?

Sei que não sou marginal,
Mas por ciúmes de alguém,
Bebi pra fazer o bem,
Terminei fazendo o mal.
Eu tendo casa, quintal,
Portão, cortina, janela,
Deixei pra dormir na cela
Com a minha cabeça lesa,
Só sabe a cruz quanto pesa
Quem está carregando ela.

Poeta é um passarinho
Que quando está na cadeia
Sua pena fica feia,
Sente saudade do ninho,
Do calor do filhotinho,
Da fonte da imensidade.
Se come deixa a metade
Da ração que o dono bota,
Se canta esquece da nota
Da canção da liberdade.

Doutor, se eu perder meu nome
Não acho mais quem o empreste,
A minha mulher não veste,
Minha filhinha não come
E a minha fama se some
Para nunca mais voltar.
Não querendo lhe comprar,
Mas humildemente peço:
Se puder, rasgue o processo
Deixe o poeta cantar
 
HABAES PINHO

O instrumento do crime que se arrola
Nesse processo de contravenção
Não é faca, revólver, nem pistola
É simplesmente, doutor, um violão.

Um violão, doutor, que na verdade
Não matou nem feriu o cidadão
Feriu, sim a sensibilidade
De quem o ouvir cantar na solidão.

O violão é sempre ternura
Instrumento de amor e de saudade.
O crime a ele não se mistura
Inexiste entre os dois afinidade.

O violão é próprio dos cantores
Dos menestréis de alma enternecida
Que cantam as mágoas que povoam a vida
E sufocam suas próprias dores.

O violão é música é canção
É sentimento, é amor, é alegria.
É pureza, é néctar que extasia
é adorno espiritual do coração
Seu viver como o nosso é transitório
Mas seu destino não se perpetua
Ele nasceu para cantar na rua
Não para ser arquivo de cartório.

Mande soltá-lo pelo amor da noite
Que se sente vazia em suas horas,
Para que volte a ouvir o terno açoite
Das suas cordas leves e sonoras.
(Ronaldo Cunha Lima)


sábado, 22 de outubro de 2011

ESTRADA: TUPARETAMA/INGAZEIRA EM LICITAÇÃO!!!

ISALTINO ANUNCIA NOVAS ESTRADAS E ADMITE : "NUNCA FUI TÃO CHAMADO DE INCOMPETENTE", SOBRE PERÍODO DAS VIAS ESBURACADAS NO SERTÃO
 
Isaltino na Rádio Pajeú : anúncio de duas novas rodovias recapeadas
Em entrevista à Rádio Pajeú o Secretário de Transportes Isaltino Nascimento falou sobre a situação das PEs no Sertão do estado. Por mais de uma hora, o Secretário foi sabatinado por comunicadores da Rádio Pajeú. Isaltino disse que não veio antes à região por “não ter o que apresentar” e disse em meio aos anos de atuação na vida pública: “Nunca fui chamado tão chamado de incompetente, inclusive com termos que não se adequam em mim”. Leia trechos do que disse o Secretário aos comunicadores Aldo Vidal, Michelle Martins, Anchieta Santos e este blogueiro: 
Atraso nas obras no Sertão
Vou citar o exemplo da PE 320, que é estratégica. Entre o desejo de executar e a execução o processo não é tão rápido. A situação em que se encontravam as rodovias em 2006 era muito ruim. Mais da metade das rodovias era ruim e péssimo. Hoje, chegamos a 30%. Outra coisa é que infelizmente choveu mais que a média histórica dos últimos 50 anos, que interfere em obras de infra estrutura. Na PE 320 uma empresa ganhou a licitação e não conseguiu cumprir  prazo. Teve processo de contratação de uma nova empresa. Tivemos que refazer o processo de licitação para conservação. As demais tem obras de conservação provisória. Estamos licitando todas e a partir de fevereiro. Todas terão o mesmo tratamento da 320. Vamos cuidar de trechos como São José até Sertânia, Sertania-Custódia e Albuquerque-né para Iguaracy. Elas serão restauradas completamente.“Nunca fui chamado tão chamado de incompetente, inclusive com termos que não se adequam em mim”.
Novas rodovias
Tive contato com os prefeitos para informar que estou autorizando licitação do projeto executivo de duas rodovias nova. A entre  Tuparetama e Ingazeira, de 15 quilômetros, provavelmente começando 2º semestre ano que vem. E o trecho entre Iguaracy e Custódia que começa em fevereiro. No estado, obras estruturadoras como a PE 380, ligando à BR 232 estão em  implantação. 
Inauguração
A previsão é de que o Governador Eduardo Campos venha em dezembro inaugurar essa rodovia (PE 32). Também assina as ordens de serviço das rodovias Tuparetama-Ingazeira e Iguaracy – Custódia.
Afogados–Ibitiranga e Carnaíba-Serra Branca
Recebemos a solicitação do município para essas estradas. Vamos analisar. Cada quilômetro  de uma rodovia nova custa R$ 1 milhão. Aqui no Sertão, R$ 800 ou 900 mil. Estamos analisando essas duas reivindicações.
Invasão de cercas
Em alguns lugares há dificuldades de negociação. O DER está atualizando a lei estadual que garante a via de escape. Vamos cumprir a lei e trabalhar com muita energia para obedecer, acionando a Justiça .
Plano do Governo para as estradas
No começo de setembro saiu o plano de infra estrutura rodoviária de Pernambuco. Inclusive duplicação da BR 423 entre São Caetano e Garanhuns. Vamos implantar mais de 1000 quilômetros de rodovias. Em 2014, Pernambuco será um dos três melhores estados em se tratando de rodovias.
Novo papel do DER
Agora o DER terá mais poder de fiscalização com a conservação ficando com iniciativa privada. Ele vai deixar de ser executor para ser fiscalizador. A partir do ano que vem, ao invés de manter máquinas, vamos comprar horas máquinas, fornecer aos prefeitos e fiscalizar execução.
Manutenção das Rodovias
A G&F, responsável pela PE 320 vai acompanhar a situação da via durante três anos. Surgiu problema, ela será obrigada a conservar. Vamos primar pelo mérito da qualidade do trabalho. Novo mecanismo a partir de agora.
Pontes na rodovia Quixaba-Princesa Isabel
De fato estamos trabalhando esta questão. Já pedí para notificar empresa responsável, pois fizemos acordo, pagamos a dívida passiva , atualizamos o valor da obra e eles se comprometeram a executar a obra. Não fizeram. Vamos acionar a empresa.
Animais soltos
Estamos conversando com o núcleo de gestão do governo pois não há legislação sobre isso. Não há nenhum tipo de punição. Para veículos sim, para animal solto não tem uma lei. Isso ocorre no interior como um todo.
PEs 390 e 360
Ao blog, Nascimento garantiu que em dezembro, começam as obras de restauro da PE 390, entre Serra Talhada e Floresta. Já a PE 360, entre Serra e Ibimirim será alvo de ação de restauração em fevereiro.
Representante da Andrade Guedes, Luciano Torres, Isaltino, Albérico Rocha, Dr Lúcio e Luiz de Castro(DER

INAUGURAÇÃO!!!

PREFEITO ENTREGA ESTÁDIO E COMPUTADORES EM TUPARETAMA
 

O Prefeito de Tuparetama Sávio Torres recebe neste sábado a partir das 19h30 os Deputados Sílvio Costa Filho e Danilo Cabral para shows e inaugurações. O Prefeito entrega o novo Estádio de futebol Lucena Chalega.
Também premia com computadores professores que tiveram 1º lugar no Ideb. Na sequência, shows com Nico Batista e Maciel Melo. O município já lançou o selo do cinquentenário, que será lançado em abril de 2012.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

LANÇAMENTO DE LIVRO POÉTICO

POETA DUDU MORAIS LANÇA O SEU PRIMEIRO LIVRO


LANÇAMENTO DO LIVRO '"NAS RÉDEAS DA POESIA" DE DUDU MORAIS

DOMINGO 23/10 ÀS 20H
NO SKINA CLUB - TABIRA - PE

Será a primeira obra desde grande poeta que vem surpreendendo a todos com a facilidade com que faz poesia.


PARTICIPARÃO DO EVENTO: cantor Fábio Luiz, o trio As Severinas, o grupo Pé
de Parede (do qual Dudu faz parte), os poetas da APPTA e da AJUPTA e
convidados.

VENHA PRESTIGIAR MAIS UMA REVELAÇÃO DA POESIA NA CIDADE DAS TRADIÇÕES!!!!

MAIS UM MOTE AOS POETAS DE PLANTÃO

MOTE:O CHEIRO DE CHUVA TRÁS
                ESPERANÇA AO CAMPONÊS
GLOSA: JOSA RABÊLO

Co’ a seca o sertanejo
Tem muita dificuldade
Inda bem que a “Faculdade”
Da vida não dá despejo
Pois  seu maior desejo
É acabá-la de vez
Para que a sua rês
Não passe fome jamais
O cheiro de chuva trás
Esperança ao camponês

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Nesta sexta-feira, 21 de Outubro, Arcoverde recebe dois grandes espetáculos com recital, declamações, performances, encontro de poetas de várias regiões e estilos, causos e lançamentos de livros.

O Nordeste é uma região de território vasto e de grande diversidade cultural. Nele convivem manifestações populares como a música, as danças regionais, o teatro, o cordel e várias outras representações do mundo rural e urbano. Diante de tal realidade, é imperativo que toda essa diversidade seja difundida e divulgada pelo país – até para que os cidadãos conheçam melhor suas raízes.
Foi baseado numa proposta de difusão da arte dos poetas nordestinos, de pouca ou nenhuma projeção literária, que o poeta, declamador, apologista, produtor cultural e escritor Marcos Passos idealizou sua ANTOLOGIA POÉTICA RETRATOS DO SERTÃO, que reúne oitenta e nove poetas, entre eles Chico Pedrosa, Dedé Monteiro, Jessier Quirino, Maciel Melo e a dupla de repentistas João Paraibano e Sebastião Dias, todos retratando o sertão alegre com seus costumes e sua natureza exuberante. A segunda parte do livro traz uma homenagem a quinze saudosos poetas, entre os quais Antonio Marinho, Pinto do Monteiro, Rogaciano leite, Lourival Batista, Manoel Filó, Jó Patriota.
Pernambucano de São José do Egito, desde muito cedo, Marcos Passos foi influenciado pelos cantadores de viola, quando teve o privilégio de assistir a cantorias de Pinto e Louro do Pajeú, sem enumerar outras memoráveis duplas de repentistas.
Sua formação poética também tem como referencial a arte dos poetas escritores, a exemplo da sua mãe, a poetisa Beatriz Passos, Augusto dos Anjos, Jansen Filho, Bio Crisanto, Fernando Pessoa, Rogaciano Leite, entre vários outros grandes sonetistas.
Entre suas várias apresentações, o poeta já declamou em vários palcos, a exemplo de Brasília/DF, Recife/PE (Teatro do Parque, Casa da Cultura, Assembléia Legislativa de Pernambuco, Centro de Convenções de Pernambuco, Câmara dos vereadores do Recife, Sítio da Trindade, Pátio de São Pedro), em Paulo Afonso/BA, Taquaritinga do Norte, São José do Egito, Tabira, Garanhuns, entre vários outros.
Marcos é co-autor e organizador dos livros NOS PASSOS DA POESIA - de autoria de sua mãe, a poetisa Beatriz Passos, e da coletânea de galopes a beira-mar, com a presença de 60 poetas, intituladaAMORES PERFEITOS NA BEIRA DO MAR. Está preparando uma homenagem em prosa e verso a um dos maiores compositores nordestinos, Zé Marcolino. O livro trará o título CONVERSAS SEM PROTOCOLO.
Para a apresentação e o lançamento do livro o poeta marcos Passos contará com a participação luxuosa de poetas dos mais variados matizes, a exemplo de:

Gabrielle Vitoria de Lira (Luna Vitrolira), Recife, vencedora da 6ª Recitata - concurso de poesia do Festival Recifense de Literatura A Letra e A Voz, Free portoBienal do Livro 2009. Trabalha nas  áreas de poesia, declamação performática, composição musical e atuação cênica.

Kerlle Magalhães Lima, Kerlle de Magalhães, Arcoverde-PE. Membro da União dos cordelistas de Pernambuco, fez seus primeiros cordéis aos vinte e um anos de idade, destacando-se: Em busca da chuva; O coice do preá; Lampião, arretado de escapulir torrão, entre outros

Poeta popular(declamador e glosador),Clécio Ferreira de Lima,Serra Talhada-PE. Mudou-se para Tabira aos 4 anos de idade, sendo praticamente criado nesta cidade. É músico percussionista, tendo preferência e domínio pelo pandeiro. Participou das 13º e da 15ª Mesa de Glosas do Sertão do Pajeú-Tabira-PE/ 2009 e 2011, Coletânea “Cem poetas sem livros” (Litera PE) /Recife-PE/2009 e no livro “1ª Antologia de Tabira – Prosa e Poesia”. Tabira-PE/2008.

A apresentação do evento ficará por conta do Profº Edison.

Serviço: Recital Poético e Lançamento do Livro ANTOLOGIA POÉTICA RETRATOS DO SERTÃO
Locais: Livraria Lira Cultural às 18:00.
            Budega da Poesia às 21:00.
               
Postado por Jorge Filó no No pé da parede

domingo, 16 de outubro de 2011

ARTE SERTANEJA

SANDÁLIA DE LAMPIÃO

 

Artesão cearense leva couro do cangaço à passarela da SPFW

Em 1938, Lampião pediu uma sandália ao pai de Espedito Seleiro. Muitos anos depois, ele transformou o molde em tendência fashion

Daniel Aderaldo, iG Ceará | 09/10/2011 07:00 (http://www.ig.com.br/)

Quando Virgulino Ferreira, de alcunha Lampião – o mais famoso e temido cangaceiro do sertão nordestino –, desenhou o molde de uma sandália com sola retangular, para confundir os rastros deixados pelo caminho, ele não sabia, mas estava criando um estilo. Hoje, “a sandália do Lampião” é a marca do artesão cearense Espedito Veloso de Carvalho, de 72 anos, conhecido apenas como Espedito Seleiro. Ele parou de vestir vaqueiros e agora se dedica à arte de trabalhar em couro, fazendo calçados e assessórios.


Foto: Divulgação/Secretaria de Cultura do Ceará
Espedito Veloso de Carvalho, de 72 anos: molde direto de Lampião



Os “croquis” de Lampião, guardados pelo pai de Espedito Seleiro, ainda hoje são inspiração para o trabalho do artesão cearense. O rei do cangaço gostava de ornamentar as vestimentas usadas por ele e por seu bando. Um dia, teve a ideia de fazer um calçado com um solado com as partes da frente e de trás idênticas. Servia para confundir e despistar a polícia que sempre estava no seu encalço. Em 1938, quando o grupo de cangaceiros liderado por Lampião esteve, como tantas vezes, na região do Cariri, pediu para um de seus "cabras" encomendar a um conhecido artesão local novas peças. Mandou o desenho de como deveriam ser os calçados.
Sandálias de Maria Bonita
“Meu pai, o Raimundo Seleiro, estava fazendo uma sela no alpendre de casa, aí chegou um homem e perguntou se ele poderia fazer umas alpargatas de couro com o mesmo material da sela para cavalo. Ele explicou que não era bom nisso, que trabalhava fazendo gibão, chicote, chapéu e sela para vaqueiro, mas aceitou. Depois, quando descobriu que era para o coronel Virgulino, ficou todo se tremendo e nem quis cobrar”, conta, rindo, o mestre no ofício.

Mais tarde, Espedito Seleiro, o quarto da geração de mestres em couro, ainda aos oito anos aprendeu com o pai o ofício. “Cada lapada era uma lição. Foi a melhor coisa do mundo pra mim, porque eu aprendi ligeiro”, relembra. A quarta geração de seleiros vive na pequena Nova Olinda, no Cariri cearense, a 552 quilômetros de Fortaleza, mas seu trabalho já compôs coleção de grife internacional, foi apresentado em desfile na São Paulo Fashion Week e exportado para vários países ao redor do mundo.

A sandália do Lampião foi só o começo na guinada que Espedito deu na carreira, forçado pela necessidade. “Meu pai falava que a dor ensina o cabra a gemer. Quando estava acabando, diminuindo o trabalho para os vaqueiros, eu fui pensando 'puxa vida, a família grande, crescendo, pai faleceu...' Eu tinha que arrumar o feijão para dar a esse povo todo. Perdi muita noite de sono desenhando peça. Deus me deu uma estrela e comecei a fazer bolsa e sandália”, conta ele. “Quando o dia amanhecia eu ia fazer. No comércio ia vendo o que o povo gostava mais, o que se admirava mais. Ia prestando atenção. Quando fiz a sandália do Lampião e ela ficou famosa, imediatamente fiz a da Maria Bonita”.

O POETA DA SEMANA Pe. BRÁS IVAN


GÊNESIS

Quando Deus inflamado de improviso
Pois o Tudo no nada que era caos
Reuniu todo ser no paraiso
Sò os "bons"!! não havia ainda os maus!

Mas, os "bons" quase nunca têm juizo
São sem leme e sem vela suas naus
Cometeram de modo impreciso
Um pecado de cento e oitenta graus.

Deus irou-se banindo-os do Eden
Mas, os "bons" por clemência nunca pedem
Orgulhosos não mudam de conduta.

Jà os "maus" que têm medo de cobiça
Todo dia que podem vâo à missa
E os "bons" todo dia vão à luta.
(Padre Brás Ivan)


Ques Casar Cum Eu?

Coração si tu quiser
Juntar os trocim mais eu
Cuma marido e muié
Eu e tu e tu e eu
Eu vendo as minha cabrinha
Tu vende as tua galinha
Nòis compra tudim de troço
E tu vem pro meu ranchim
Que è piqueno e pobrizim,
Mas serà todinho nosso.

Si tua mâe disser não
E teu pai me rifugar
Num chore não coração
Di noite eu vou te robar
Eu selo a besta baxêra
Nois parte in toda carrera
Cuma quem disimbestado
E vamu pra São Josè
Quandu os teus pai derem fè
Nois ja vamo ta casado

E depois disso sò Deus
Impata o amor da gente
Eu tano nos braçus teus
Num quero oto presente
Vamu combinar assim?
Tu vai cuidandu di mim
E eu cuidando de tu
E pra ser feliz di vez
Vamu viver sò nois tres
Tu, eu e o Pajeù.
 
Mas si tu disser qui não
Qui num sente amor pureu
Possa saber coraçâo
Qui o mundo pra mim morreu
Abandonu minha lida
Me dismantelo na vida
Dano-me a beber cachaça
Si tu num for o meu ganho
Sò Deus qui sabe o tamanho
Qui vai ser minha disgraça

Pruquê sem tu meu amor
O resto è tudim inçosso
È sem graça e sem sabor
Cuma carne de pescoço
Ave Maria três vez
Se tu me deixar di vez
Pra mim vai ser um horror
Eu mermu mim interro vivo
Na tumba iscrevo o motivo:
Essi aì morreu di amor


Mãe Centenària
9 de março, Centenario de São José)

Oh! Espartacus de poetas guerreiros
Oh! Atlantida de vates submersos
Salve! Meca de incrédulos violeiros
Salve! Jerusalém a mâe dos versos.

Protegei! musa-mor, nòs, teus herdeiros
Exilados, saudosos e dispersos
Abênçoas! teus filhos extrangeiros
Que te amam de modos controversos

Oh! augusta senhora solidària
Fonte de poesia centenària
Guardiã dos umbrais da inspiração.

Soberana dos versos arquiteta
Protetora de quem nasceu poeta
Fiz pra ti este verso em Oração