JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

VERSOS E SONETOS

NO DEVOLVA O VIOLÃO...


No tocante ao instrumento
Cante seresteiro amigo
E amenize o castigo
Que um dos hálibes é sentimento
Romantismo é o argumento
Pra que no meio dessa ação
O Doutor diga: Oh cidadão
A decisão é sensata
Toque e faça serenata
Não devolva o violão 
 (Poeta José Queiroz)


Já sentado na cadeira do ancião
Vejo a sombra da velhice que chegou
Expulsando a juventude que voou
Na passagem do impetuoso furacão
 E hoje em dia quem olhar minha feição
Ver que o tempo agiu sem piedade
Porque as Rugas o que contam na verdade
 São capítulos de uma vida que passou
 Veio o vento veloz e desmanchou
O cenário da minha mocidade


Mote: Vanja Rodrigues
Glosa: Poeta José Queiroz

<<< Estrofe do Dia >>>
Canto a chuva de janeiro,
brisa fria, vento brando,
e um galo preto cantando
no palanque  do poleiro,
o menino no terreiro
correndo atrás da menina,
e a mãe com a vara fina
correndo atrás pra açoitar;
quando falta o que cantar
a natureza me ensina.
Louro Branco/CE
<<< Soneto do Dia >>>
A CASA DO POETA.
Odir Milanez da Cunha/PB– 
Uma casa de verde ensombreada.
entre sebes de flores, sem cancelas,
sem posseiro, sem porta e sem janelas.
De móveis muito pouco, um quase nada.

 
A mesa, de madeira descorada,
seis cadeiras, um centro, algumas velas,
a cozinha, sem fogo e sem panelas,
um quarto, e uma cama abandonada.

 
Sobre a mesa, recados enfadonhos,
amarfanhados livros e panfletos,
escritos vários, lentos e tardonhos.

 
Aparentando vãos e obsoletos,
os seus espaços abarrotam sonhos.
A casa está repleta de sonetos!