JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

POETA LIMA JUNIOR


Por solicitação do Poeta Josemar Rabelo e de Ari da Farmácia, no mote de Bio Gomes escrevi:

Vejo a sombra da noite se esvaindo
E o sol dando a terra novas cores,
Vejo folhas dançarem juntos as flores
Com o peso do orvalho já caindo.
Uma réstea de um galho se bulindo
Desenhar mil imagens (que nem sente)
Suas folhas varrendo o ambiente
Numa valsa dançada com grandeza.
Todo dia o pincel da natureza
Emoldura um cenário diferente.

Uma nuvem rasgando acinzentada
Peneirando um riacho de esperança
E um vento passar fazendo trança
Na folhagem do milho da baixada.
A galinha cobrindo a pintarada
Num recanto da porta do poente
E um balde que posto no batente
Da biqueira retém a correnteza.
Todo dia o pincel da natureza
Emoldura um cenário diferente.


A cabocla na beira de um barreiro
Com a bota de lama na canela
E uma saia molhada que revela
O desenho das ancas, com seu cheiro.
Traz o um pote de água pro terreiro
Do oitão evitando o lado quente
Pra mais tarde após o sol ausente
Sob a lua banhar sua beleza.
Todo dia o pincel da natureza
Emoldura um cenário diferente.


Até mesmo o breu da noite escura
Cintilando fagulha em céu profundo
Não nos diz quão profundo que é o mundo
No alcance que a vista configura.
Uma estrela cadente se aventura
Deslizando no céu, passa silente.
Qual se fosse um flash pertinente
Com que Deus fotografa a singeleza.
Todo dia o pincel da natureza
Emoldura um cenário diferente.

Lima Júnior




POETA DA SEMANA





Giuseppe Ghiaroni 
Mineiro de Paraíba do Sul, Giuseppe Ghiaroni, poeta  e jornalista,  transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou na redação do jornal A Noite desenvolvendo intensa atividade. Seus poemas lidos na Rádio Nacional entraram para a história do Brasil! Dentre suas Obras publicadas e mais conhecidas, ressaltam-se: O Dia da Existência, seu primeiro livro, de 1941,  A Graça de Deus, de 1945 e a Canção do Vagabundo, de 1948. Em 1997 publica A Máquina de Escrever, obra lançada inclusive no Programa do Jô!

Dia das Mães

Mãe! eu volto a te ver na antiga sala 
onde uma noite te deixei sem fala 
dizendo adeus como quem vai morrer. 
E me viste sumir pela neblina, 
orque a sina das mães é esta sina: 
amar, cuidar, criar, depois... perder. 
Perder o filho é como achar a morte. 
Perder o filho quando, grande e forte, 
já podia ampará-la e compensá-la. 
Mas nesse instante uma mulher bonita, 
sorrindo, o rouba, e a avelha mãe aflita 
ainda se volta para abençoá-la 

Assim parti, e nos abençoaste. 
Fui esquecer o bem que me ensinaste, 
fui para o mundo me deseducar. 
E tu ficaste num silêncio frio, 
olhando o leito que eu deixei vazio, 
cantando uma cantiga de ninar. 

Hoje volto coberto de poeira 
e ten encontro quietinha na cadeira, 
a cabeça pendida sobre o peito. 
Quero beijar-te a fronte, e não me atrevo. 
Quero acordar-te, mas não sei se devo, 
não sinto que me caiba este direito. 

O direito de dar-te este desgosto, 
de te mostrar nas rugas do meu rosto 
toda a miséria que me aconteceu. 
E quando vires e expressão horrível 
da minha máscara irreconhecível, 
minha voz rouca murmurar:''Sou eu!" 

Eu bebi na taberna dos cretinos, 
eu brandi o punhal dos assassinos, 
eu andei pelo braço dos canalhas. 
Eu fui jogral em todas as comédias, 
eu fui vilão em todas as tragédias, 
eu fui covarde em todas as batalhas. 

Eu te esqueci: as mães são esquecidas. 
Vivi a vida, vivi muitas vidas, 
e só agora, quando chego ao fim, 
traído pela última esperança, 
e só agora quando a dor me alcança 
lembro quem nunca se esqueceu de mim. 

Não! Eu devo voltar, ser esquecido. 
Mas que foi? De repente ouço um ruído; 
a cadeira rangeu; é tade agora! 
Minha mãe se levanta abrindo os braços 
e, me envolvendo num milhão de abraços, 
rendendo graçs, diz:"Meu filho!", e chora. 

E chora e treme como fala e ri, 
e parece que Deus entrou aqui, 
em vez de o último dos condenados. 
E o seu pranto rolando em minha face 
quase é como se o Céu me perdoasse, 
me limpasse de todos os pecados. 

Mãe! Nos teus braços eu me tranfiguro. 
Lembro que fui criança, que fui puro. 
Sim, tenho mãe! E esta ventura é tanta 
que eu compreendo o que significa: 
o filho é pobre, mas a mãe é rica! 
O filho é homem, mas a mãe é santa! 

Santa que eu fiz envelhecer sofrendo, 
mas que me beija como agradecendo 
toda a dor que por mim lhe foi causada. 
Dos mundos onde andei nada te trouxe, 
mas tu me olhas num olhar tão doce 
que , nada tendo, não te falta nada. 

Dia das Mães! É o dia da bondade 
maior que todo o mal da humanidade 
purificada num amor fecundo. 
Por mais que o homem seja um mesquinho, 
enquanto a Mãe cantar junto a um bercinho 
cantará a esperança para o mundo!
 

FRASE DA SEMANA.


A grandeza vem não quando as coisas sempre vão bem para você, mas a grandeza vem quando você é realmente testado, quando você sofre alguns golpes, algumas decepções, quando a tristeza chega. Porque apenas se você esteve nos mais profundos vales você poderá um dia saber o quão magnífico é se estar no topo da mais alta montanha.
- Richard Milhous Nixon

FILME DA SEMANA

DECISÕES EXTREMAS
Resultado de imagem para sinopse do filme decisões extremas

SINOPSE 

O casal John (Brendan Fraser) e Aileen (Keri Russell) tem dois filhos com a doença de Pompe, uma anomalia genética que mata mais antes do décimo aniversário da criança. John então decide entrar em contato com Robert Stonehill (Harrison Ford), um pesquisador em Nebraska que fez uma pesquisa inovadora para um tratamento enzimático.

RECEITA DA SEMANA

BOLO DE MACAXEIRA



INGREDIENTES:

  • 5 a 6 macaxeiras médias cruas cortadas em pequenos pedaços
  • 2 xícaras de açúcar
  • 3 colheres de sopa de manteiga
  • 200ml de leite de coco
  • 1/2 xícara de leite
  • 2 colheres de sopa de trigo
  • 3 ovos
  • 50 g de coco ralado

MODO DE PREPARO:

  1. Bata a macaxeira junto com o leite de coco e o leite de vaca no liquidificador
  2. Reserve
  3. Depois bata também no liquidificador o açúcar, o trigo, a manteiga e os ovos, misture com a macaxeira triturada
  4. Acrescente o coco ralado e mexa bem (reserve 1 colher de sopa do coco ralado para salpicar em cima do bolo antes de ir ao forno)
  5. Leve para assar em forno médio, por aproximadamente 45 minutos, ou até o palito sair seco