JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

terça-feira, 26 de junho de 2012

PROFESSOR, SACERDÓCIO DIVINO!!!!

SENHORES, "IMPERADORES" DA POLÍTICA, APRENDAM!!!!!


VERSOS DO DIA

  • Pedro Fernandes
     
    Na tela da mente vejo
    Uma colheita de milho,
    Riso, prazer e brilho
    no olhar do sertanejo,
    em junho faz um festejo
    em homenagem a são joão,
    a fogueira do verão
    queimou a safra esperada,
    Hoje a seca faz morada
    Na porta da precisão.

    Sol e chuva se alternavam
    Numa quantidade certa
    Não tinha área deserta
    As plantações dominavam,
    Os riachos transbordavam
    Eram fartas, a água e pão
    Mas a vil devastação
    Me faz esmolar na estrada,
    Hoje a seca faz morada
    Na porta da precisão.

    O carrossel da fartura
    Girava na minha casa,
    A carne assada na brasa
    Chega pingava gordura,
    Água fresca, doce e pura
    Vinda do meu ribeirão
    No silêncio do trovão
    A fome tomou chegada,
    Hoje a seca faz morada
    Na porta da precisão.

    Mote do Poeta Dió de Santo Izidro
    Glosa de Pedro Fernandes.
     

segunda-feira, 25 de junho de 2012

VERSO DO DIA!!

Oh festa boa, poeta!!

O foguetão da lembrança
Busca o céu do meu passado,
Com Seu rastro iluminado
desperta em mim a criança,
quando sonho, a esperança
mistura a realidade
nas brasas da mocidade
e no calor da paixão,
Mas depois da explosão
Fica o cheiro de saudade.

PRA QUEM CONHECE O NORDESTINEZ!!!!

ANDANDO "MEI" DISTRAÍDO
EU LEVEI UMA TOPADA
NO BATENTE DA CALÇADA
E FIQUEI COM O PÉ DIRMITIDO
SOFRI DE UM ESTALECIDO
QUE DEU TRABALHO A CURAR
CATABI NO MEU LUGAR
QUER DIZER TREPIDAÇÃO
SÓ QUEM CONHECE O SERTÃO
ENTENDE ESTE LINGUAJAR.

FUI MOLEQUE DE PÉ DURO
JÁ COMI MEL DE INXÚ
EU JÁ BRIGUEI COM LUNDU
COM VISAGE NO ESCURO
FIZ ACEIRO NO MONTURO
E COIVARA PARA QUEIMAR
LENHA BOA PRA RACHAR
BOTEI ÁGUA DE GALÃO
SÓ QUEM CONHECE O SERTÃO
ENTENDE ESSE LINGUAJAR.

JÁ ME ESCANCHEI EM JUMENTA
BOTEI FITILO EM CADEIRA
PRA BOI EU FIZ FUCINHEIRA
PRA BOTAR NO PAU DA VENTA
QUANTO MAIS O CÃO ME ATENTA
QUERENDO ME CHAFURDAR
MANDO ELE SE LASCAR
E PEGAR O SEU MATULÃO
SÓ QUEM CONHECE O SERTÃO
ENTENDE ESSE LINGUAJAR.

BOTEI ÁGUA EM ANCORETA
JÁ CUSTUREI RABICHOLA
COZINHEI EM CAÇAROLA
FIZ CABO PRA PICARETA
QUEBREI PEDRA COM MARRETA
ATÉ MEU CORPO ENFADAR
JÁ GOSTEI DE PASTORAR
REBANHO DE CRIAÇÃO
SÓ QUEM CONHECE O SERTÃO
ENTENDE ESSE LINGUAJAR.

JÚNIOR ADELINO
MOTE:EDMILSON GARCIA

domingo, 24 de junho de 2012

VERSO DO DIA!!!

Por estar nu, o sertão
Deus modificou o clima,
A coivara da ganância
Queimou nossa autoestima,
Nossa fé pedindo chuva
E a seca pisando em cima.
Pedro Fernandes

SECA??? QUE SECA QUE NADA!!! O NEGÓCIO E FORROZEAR!!!!!

SECA, QUE SECA? CONFIRA AS FESTAS QUE ESTÃO ACONTECENDO E QUE VÃO ACONTECER EM TUPARETAMA E CIDADES PRÓXIMAS

"Revivendo o São Pedro"  -  Festa em Tuparetama será em julho.
Expoagro em Afogados da Ingazeira, investimento alto para consolidar a fama de megaevento

Em Arcoverde, a festança terminará mais cedo, na véspera do dia de São Pedro.

Apesar de ser um dos municípios do Pajeú mais afetados pela estiagem, a Prefeitura de Itapetim não economizou para manter a tradição do melhor e maior São Pedro da região. 

Patos, na Paraíba, a 60 minutos de Tuparetama, atrai uma multidão nos seus 10 dias de festança.

Neste ano Salgueiro investiu alto para atrair as cidades do Moxotó e do médio Pajeú.

As festanças "juninas" no Pajeú se encerram com o João Pedro de Santa Terezinha. A prefeitura chegou a anunciar em maio que não faria a festa neste ano, por causa da estiagem, mas voltou atrás e pela programação, vê-se que resolveu não economizar. Como nas demais cidades, em ano eleitoral quem há de negar "pão e circo"?

POETAS DA SEMANA


Minha Região Poética, O Pajeú, nos presenteia com verdadeiras obras da poesia e a companhia destes gênios, os vates, Aldo Neves e Dió de Santo Izidro, no Sítio Várzea de Cima, no dia 03 de dezembro de 2011, quando nos proporcionaram versos como estes:

SEXTILHAS E SEPTILHAS SOLTAS

TEMA: DEPOIS DA MORTE DO DIA

Dió
Depois que a tarde começa
Logo o crepúsculo inicia
O sol coloca em seus raios
A mais bela fantasia
Enfeitando o horizonte
Na sepultura do dia

Aldo
Depois da morte do dia
O vento dá um açoite
O violão da saudade
Me ajuda a fazer pernoite
E a saudade marca o ponto
No prontuário da noite

Aldo
Depois da morte do dia
Hora, minuto e segundo
A ponte serve de abrigo
E de lençol pra um vagabundo
E meu pensamento poético
Dá uma volta no mundo

Aldo
Vejo que o sol vai embora
E um colibri faz manobra
Se arrastando na areia
Deus deixa o rastro da cobra
E um Colibri mata a sede
Num resto d’água que sobra

Aldo
Depois que o sol vai embora
No curral a vaca berra
A água passa no chão
Fofando o corpo da terra
E o vento toca uma música
No espinhaço da serra

Dió
Nosso assunto não se encerra
Eu acho que está errado
O palco onde o passarinho
Cantava tão animado
Hoje ao invés de cantar
Chora num toco cortado

Aldo
O céu, um acochoado
O mundo, um canto restrito
No vácuo da serrania
Um Nambu dá um apito
E a lua desfila acessa
Na praia do infinito     

Dió
Onde o pássaro dava um grito
Hoje não tem condição
Ao invés da árvore florida
Se quer cantar... É no chão
Devido ao homem malvado
Com tanta devastação

Aldo
Um lençol preto no chão
Pra mim... Um segredo
O pássaro se deita à tarde
Mas levanta muito cedo
Deus só não volta pra terra
Mas “catuca” com um dedo

Aldo
A serra faz alarido
Vento sacode a montanha
O vento não quebra as pedras
Mas subindo, somente arranha
E o vento rasga o tecido
Pra fazer raiva a aranha

Dió
Eu sei que ninguém estranha
Mas isto nos desconforta
Tantas madeiras cortadas
Pra ripa, caibro e pra porta
E a boca da natureza
Tá escarada e morta

Aldo
O vento bate na porta
D’um casebre abandonado
A baba corre na boca
D’um cabrito enchiqueirado
O bucho faltando leite
Vendo a mãe do outro lado

Dió
Tá tudo desmantelado
Posso dizer logo após
Que’de o galho? que’de a rama?
Que’de o pau? Que’de os cipós
E a Natureza sofrendo
E a culpa é de todos nós

Dió
Eu sou igualmente a queixa
Guando a espingarda dispara
Sou igualmente um preá
Que sai dentro da coivara
Igual um SINTO,  d’aquele
Que tem vergonha na cara

Dió
Sou o perfume da flor
Sou a cor branca da paz
Sou equilíbrio ecológico
E tudo eu serei capaz
Sou o que Deus faz querendo
E o homem quer e não faz

Aldo
Eu sou a luz reluzente
Que no espaço passeia
Pássaro que acorda a Aurora
De quatro pra quatro e meia
E onda que desmancha a praia
Num branco frio de areia

Dió
Eu sou igualmente a cheia
Sou alguém que não reclama
Sou sequidão no nordeste
Também sou água e sou lama
Sou um pingo de orvalho
Que a madrugada derrama

Aldo
Eu sou a ponta de rama
Sou lua da cor de prata
Pássaro que não cruza o mundo
Até que o vento lhe empata
Sou água que tira o cisco
Do bojo da catarata

Dió
Eu sou as árvores da mata
Que se aquece no sol quente
A fruta que amadure
De forma tão excelente
Que Deus dá pra Natureza
Sem cobrar nada d’agente

Aldo
Eu sou o sol reluzente
Sou canto de serafina
E um Sagüi que se alimenta
À procura de resina
E um riacho de saudade
Depois que o dia termina

Dió
Eu sou igual a resina
Que apresenta à qualquer hora
Eu sou igualmente ao som
Que transmite uma sonora
Sou um pedaço de bolo
Sou bico d’um consolo
De um inocente que chora

Aldo
Sou o vaqueiro sem espora
Sou luz e sou e sou Aladin
Enchente cobre o mundo
Sou vazante de capim
E um violão de saudade
Tocando dentro de mim

Dió
Eu sou a flor do jardim
Que a natureza propôs
Sou um pedaço de pão
Sou feijão e sou arroz
Eu sou vontade não pouca
Sou alimento na boca
Que ela deu pra todos dois

Aldo
Sou o antes e depois
E coqueiro que bota cacho
Sou ninhanda de gambá
Sem saber qual feme ou macho
E bacurau que faz o ninho
Na barreira do riacho

Homenagem ao Inesquecível Joaquim Filó

Dió
Lá no céu Joaquim Filó
É recebido com palma
Resta pra sua família
Que Deus dê conforto e calma
A cova guarda o seu corpo
Pra Deus guardar sua alma


FILME DA SEMANA

DIÁRIO DE UMA PAIXÃO

Sinopse

Numa clínica geriátrica, Duke, um dos internos que relativamente está bem, lê para uma interna (com um quadro mais grave) a história de Allie Hamilton (Rachel McAdams) e Noah Calhoun (Ryan Gosling), dois jovens enamorados que em 1940 se conheceram num parque de diversões. Eles foram separados pelos pais dela, que nunca aprovaram o namoro, pois Noah era um trabalhador braçal e oriundo de uma família sem recursos financeiros. Para evitar qualquer aproximação, os pais de Alie a mandam para longe. Por um ano Noah escreveu para Allie todos os dias mas não obteve resposta, pois a mãe (Joan Allen) dela interceptava as cartas de Noah para a filha. Crendo que Allie não estava mais interessada nele, Noah escreveu uma carta de despedida e tentou se conformar. Alie esperava notícias de Noah, mas após 7 anos desistiu de esperar ao conhecer um charmoso oficial, Lon Hammond Jr. (James Marsden), que serviu na 2ª Grande Guerra (assim como Noah) e pertencia a uma família muito rica. Ele pede a mão de Allie, que aceita, mas o destino a faria se reencontrar com Noah. Como seu amor por ele ainda existia e era recíproco, ela precisa escolher entre o noivo e seu primeiro amor.

RECEITA DA SEMANA

Carne ao Molho Ferrugem

Carne ao Molho Ferrugem

Ingredientes:
1,2 kG de lagarto;
50 gramas de toucinho defumado;
2 colheres (sopa) de óleo;
1 cebola picada;
2 dentes de alho amassado;
1/4 xícara de purê de tomates;
1/4 xícara de vinagre;
Sal e pimenta a gosto;
1 colher (sopa) de farinha de trigo.

Preparo:

Limpar a carne, fazer furos e introduzir pedaços de toucinho nas aberturas e amarrar com uma linha grossa.
Aquecer bem o óleo numa panela e doure a carne, virando até dourar bem.
Juntar o restante dos ingredientes e a água até a metade da carne e deixar ferver.
Colocar na panela de pressão por 1 hora. Caso queira, deixar cozinhar mais um pouco.
Retirar a carne e acrescentar farinha de trigo dissolvida em um pouco de água. Deixar engrossar.
Servir quente com arroz branco.

FRASE DA SEMANA

"Não há satisfação maior do que aquela que sentimos quando proporcionamos alegria aos outros".
(Autor Desconhecido)

sexta-feira, 22 de junho de 2012

HOMENAGEM A ZÉ MARCOLINO JÁ!!!!!!!!!

Minha gente, onde está a homenagem a Zé Marcolino no Centenário de Gonzagão????
Zé Dantas foi, merecidamente, homenageado no especial sobre forró na TV Globo, estavam lá sua esposa e sua neta... Pergunto eu: Por que não chamaram os filhos de Zé Marcolino??????
Zé Marcolino é o autor de vários e maiores sucessos de Gonzagão, portanto, é mais do que merecida uma HONROSA HOMENAGEM A ESTE INESQUECÍVEL E MAGNÍFICO POETA E COMPOSITOR!!!!!!
Postado por Josa Rabêlo

segunda-feira, 18 de junho de 2012

VALORIZEM A EDUCAÇÃO!!!!!!!!

Educação como prática da liberdade.

Ô SERTÃO BOM D'GOTA!!!

Nos baiões de viola lá em casa
Eu sentava na brecha de um batente
Era a sala tremendo com repente
E a cozinha cheirando a sal e brasa
Quando eu vi que cresci,cortei a asa
Pra não ter que voar sem dimensão
Que eu não quero alcançar a vastidão
Sem poder contemplar meu berço amado
Eu não posso negar o meu passado
Nem dizer que não gosto do sertão

Não cultivo os costumes de um povo
Que nasceu no sertão,mas sempre nega
Minha origem matuta me carrega
Que eu cresci com feijão,farinha e ovo
Se eu puder regressar volto de novo
Pra nascer nos torrões da região
Minha alma é grudada nesse chão
O meu sangue com terra é misturado
Eu não posso negar o meu passado
Nem dizer que não gosto do sertão

Dos orgulhos que eu trago no meu peito
O primeiro é falar da minha terra
Meu humilde e modesto pé de serra
Mas pra mim não tem outro mais perfeito
Meu vestido cumprido é do meu jeito
De um bordado que arrasta até no chão
E eu não troco as riquezas do meu chão
No sudeste do povo engravatado
Eu não posso negar o meu passado
Nem dizer que não gosto do sertão


Se eu deixar meu sertão vou carregar
As lembranças da terra que eu nasci
Dos forrós que dancei no cariri
Dos baiões de viola do lugar
Se o destino fizer eu me ausentar
Dos costumes da minha região
Vou fazer do meu peito um matulão
E carregar o sertão de todo jeito
''Eu carrego o sertão dentro do peito
Mesmo estando distante do sertão''

UM SONETO PARA A VIDA INTEIRA!!!!

Dedé Monteiro




Soneto de Revolta

Que culpa tenho de ser diferente?
Amar as artes, por ventura, é crime?
Tudo é mutável , e o irreverente
Não se acostuma com qualquer regime.

Contra a vontade rude e indiferente,
Eu sou amante do sagrado time
Que empresta a alma, sofre, cria e sente,
E se sente nojo do poder que oprime.

Aprendam isso: gente não doma.
Pichem meu nome, rasguem meu diploma...
Aceito tudo com tranqüilidade.

Se acharem pouco, cubram-me de lodo,
Cortem meu riso, me excomunguem todo,
Mas não me toquem na dignidade!
( Dedé Monteiro)

domingo, 17 de junho de 2012

POETAS DAS SEMANA


ALDO NEVES

SEXTILHAS SOLTAS

Sem ter chuva no sertão
Coqueiro não bota cacho
Um boi cava com a unha
A barreira de um riacho
Jogando terra pra cima
Pra ver se tem água embaixo

Pra quem ama poesia
Todo esforço vale a pena
Eu deixei o Pajeú
Vim aqui entrar em cena
E vender repente em retalhos
Na Feira da Madalena 

O pássaro sacode a pena
Aos raios do sol nascente
Aqui o mar vira onda
Quando se encontra valente
E lá uma onda de versos
Vira a cabeça da gente

O cantador de repente
Tanta canta como cria
Até a brisa que solta
Tem cheiro de poesia
E onde se planta cultura
Nascem versos todo dia



O teu rosto expressa a arrogância
Desprezas com sorriso, este poeta
Teu orgulho penetrante como a seta
Que fere a humildade e tolerância
És roseira comum e sem fragrância
Querendo ser orquídea que impera
Toda vez que se vai a primavera
Vê-se a face dessa flor despetalada
A beleza é uma carga confiscada
Que alfândega do tempo não libera.

A seca arrasa o sertão
Mas sua gente é feliz.

(Mote de Manoel Dantas/RN)

O sertanejo é um forte
Dizia Euclides da Cunha
Combate e não se acabrunha
Mesmo ferido de morte
Eu acho que tenho sorte
Por ser daquela raiz
E ter o mesmo matiz
De Silvino e Lampião
A seca arrasa o sertão
Mas sua gente é feliz.

A região que resiste
A tantas variações
Mudanças das estações
Por tantos anos persiste
Mas seu povo não desiste
De escutar “Seu” Luiz
Cantando igual um concriz
As marchinhas do São João
A seca arrasa o sertão
Mas sua gente é feliz.

Todo sertanejo canta
Para espantar a tristeza
E a própria Natureza
Com o seu canto se encanta
Satisfeita já levanta
A tampa do chafariz
E O Sagrado Juiz
Diz à chuva: - Molhe o chão!
A seca arrasa o sertão
Mas sua gente é feliz.

Glosas: Wellington Vicente
Porto Velho, 11 de junho de 2012.