JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

quinta-feira, 16 de abril de 2015

POETA DA SEMANA

POETAS DA SEMANA

Quanto é triste se vê o nordestino
Receber mil reiais por quatro reses
E a esposa gestante de oito meses
Sem poder com o peso do menino
Muitas vezes caminha sem destino
Com a ponta de um pau riscando o chão
Como quem tá caçando uma ilusão
Que perdeu na poeria da estrada
VÊ-SE A PLANTA MORRENDO SUFOCADA
NA QUENTURA DO FOGO DO VERÃO.


Quando o carro de Boy era um fusquinha
eu já  ia no meu daqui pro Sul
Nunca pude comprar Boate Azul
Mas a Dona da Noite já foi minha
No sofá do meu colo sempre tinha
Uma dama esperando de plantão
Duas taças de vinho um violão
E nesse tempo a saudade nem doa
FOI NA NOITE DE FARRA E BOEMIA
QUE VIVI MEUS MOMENTOS DE ILUSÃO


Cantando com o poeta Firmo Batista:

Eu vou cantar com você
Mais um baião de sextilha
Pra ver se ganho o dinheiro
Das sandálias de uma filha
Que ela não pensa e nem sabe
O quanto que o pai se humilha.
(Amaro da Gameleira)

João de Barro o engenheiro
Que no serviço madruga
Faz a casa mais só entra
Depois que a parede enxuga
Enquanto mora não vende
Depois que sai não aluga.
((Amaro da Gameleira)

Admiro o Beija-Flor
Com a sua inteligência
Voando ao redor das rosas
Com a sua persistência
As asas cortando o vento
E o bico colhendo essência
(Canhotinho)

A Paz é como uma flor
Que a esperança está nela
O homem por ser perverso
Lhe atira na lama e mela
Ela inda perfume os pés
De quem pisa em cima dela.
(João Paraibano)

A MISÉRIA ME CORTEJA
NOS DUROS TRANCOS DA SORTE
PARECE QUE A PRÓPRIA MORTE
A MINHA PORTA FAREJA
O BEIJA-FLOR QUE ME ADEJA
NÃO TRÁS MENSAGEM FELIZ
A VIRTUDE NÃO ME QUIS
É SURDA A PORTA QUE BATO
RESPONDE DESTINO INGRATO
QUAL FOI O MAL QUE TE FIZ.
(Teodoro Nunes da Costa, Teixeira - PB).

NA INCONFIDÊNCIA MINEIRA
A FALSIDADE QUEM FEZ?
FOI O PRETO JOÃO HENRIQUE
OU FOI SILVÉRIO DOS REIS?
O MESTIÇO BRASILEIRO
OU O BRANCO PORTUGUÊS?
(DOMINGOS FONSECA)

NÃO USA BATOM DIREITO
NEM PASSA CREME NO ROSTO
O SEU BEIJO TEM O GOSTO
DO NÉCTAR QUE O MEL É FEITO
TEM TANTOS FILHOS DE UM JEITO
QUE PARECE UMA NINHADA
MAS CONTINUA AFIADA
QUE SÓ FACA DE AÇOUGUEIRO
A SERTANEJA TEM CHEIRO
DE CAATINGUEIRA FLORADA
(Zé Adalberto do Caroço do Juá)

CONVERSANDO COM O POETA ARY DA FARMÁCIA E, DIZENDO-LHE QUE PRETENDO FAZER O CURSO DE DIREITO, ARY COMPLETOU NA "BUCHA"

"NÃO TEMAS SE É LONGA A ESTRADA
E NEM PENSES NO CANSAÇO
NINGUÉM VENCE A CAMINHADA
SEM DÁ O PRIMEIRO PASSO".
(Desconhecido)

Naquele engenho se via
Tudo sobrar com fartura
Garapa, mel, rapadura
Que o armazém não cabia
Passando lá certo dia
Vi só um tacho amassado
Que o dono tinha deixado
Na sombra de um Juazeiro
Ainda soltando o cheiro
Do mel que foi cozinhado
(Desconhecido)
Bom dia, Ary da Farmácia manda pra vocês:

Vive o mendigo na vida
Carregando a cruz do nome
Ao Deus dará do destino
Vivendo com sede e fome
Qualquer dia da semana
Faz um ano que não come
(Patrício Filó
)


Essa hora é Divina e muita cara
E merece ser bem comemorada
Se levanta uma nuvem carregada
Que começa turvando a a tarde clara
Vê-se um cego encostado numa vara
Na sacola levando uma bacia
Dividindo as esmolas com o guia
E dando até amanhã ao pé da ponte
Uma estrela surgindo atrás do monte
E um sino tocando Ave Maria.
(Manoel Xudu)

Afonso Pequeno, numa Missa do Poeta, em tabira, referindo-se a a Manoel Xudu começou cantando:

"Manoel Xudu sobrinho
Foi da poesia um fruto"

Daí a luz apagou por falta de energia e o poeta completou:

"Foi só eu falar no nome
Desse poeta Matuto
Que até luz apagou-se
Pro mundo ficar de Luto”.

Ah se Deus me desse dote
E os Contos que tem no Banco
Com esse sorriso franco
Ia fazer-te uma Madre
e levar-te ao pés do padre
Toda vestida de Branco
(Canhotinho)

Na calma da noite eu vejo
As estrelas se acedendo
Um boi manso cheira o chão
Pra se deitar remoendo
E a meretriz num reveso
Coloca um palito aceso
Na mão d'um filho morrendo.
(João Paraibano)

É feliz quem vive vendo
A tarde e a madrugada
Já um ceguinho no tato
Na parede ou na calçada
Se tenta manter a calma
Olha com os olhas da alma
Que o do rosto vê nada.
(Raimundo Caetano).

A bezerra Chiqueirada
Pela Mãe pega a berrar
Um cão se coça na quina
De uma pedra de amolar
A brisa Passa rasteira
Sem tocar na bananeira
pro Xexéu não se acordar.
(João Paraibano)

A vontade de chorar
Trás reflexo de mudança
Em todo peito magoado
Sempre existe uma esperança
Quando o bem praticado
Deus sempre é fotografado
Nas feições de uma criança

(Raimundo Caetano)

FRASES DA SEMANA

Blaise Pascal "Quanto mais conheço as pessoas, mais gosto do meu cachorro."
Blaise Pascal

Aristóteles "As pessoas nunca se conhecem até que tenham comido uma certa quantidade de sal juntas."
Aristóteles

Antoine de Saint-Exupéry "O essencial é invisível aos olhos. Só se vê bem com o coração."
Antoine de Saint-Exupéry

Blaise Pascal "Em matéria de amor, o silêncio vale mais do que a fala."
Blaise Pascal

Winston Churchill "A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas."
Winston Churchill

FILME DA SEMANA

OS MISERÁVEIS

Os Miseráveis

Os Miseráveis
Sinopse
Após cumprir 19 anos de prisão com trabalhos forçados por ter roubado comida, Jean Valjean (Liam Neeson) é acolhido por um gentil bispo (Peter Vaughan), que lhe dá comida e abrigo. Mas havia tanto rancor na sua alma que no meio da noite ele rouba a prataria e agride seu benfeitor, mas quando Valjean é preso pela polícia com toda aquela prata ele é levado até o bispo, que confirma a história de lhe ter dado a prataria e ainda pergunta por qual motivo ele esqueceu os castiçais, que devem valer pelo menos dois mil francos. Este gesto extremamente nobre do religioso devolve a fé que aquele homem amargurado tinha perdido. Após nove anos ele se torna prefeito e principal empresário em uma pequena cidade, mas sua paz acaba quando Javert (Geoffrey Rush), um guarda da prisão que segue a lei inflexivelmente, tem praticamente certeza de que o prefeito é o ex-prisioneiro que nunca se apresentou para cumprir as exigências do livramento condicional. A penalidade para esta falta é prisão perpétua, mas ele não consegue provar que o prefeito e Jean Valjean são a mesma pessoa. Neste meio tempo uma das empregadas de Valjean (que tem uma filha que é cuidada por terceiros) é despedida, se vê obrigada a se prostituir e é presa. Seu ex-patrão descobre o que acontecera, usa sua autoridade para libertá-la e a acolhe em sua casa, pois ela está muito doente. Sentindo que ela pode morrer ele promete cuidar da filha, mas antes de pegar a criança sente-se obrigado a revelar sua identidade para evitar que um prisioneiro, que acreditavam ser ele, não fosse preso no seu lugar. Deste momento em diante Javert volta a perseguí-lo, a mãe da menina morre mas sua filha é resgatada por Valjean, que foge com a menina enquanto é perseguido através dos anos pelo implacável Javert.
 

RECEITA DA SEMANA

Receita de Barreado

Barreado
Rendimento: 08 porções

Ingredientes da Receita de Barreado

2 kg de maminha, alcatra ou patinho
1/2 colher (chá) de cominho
1/2 colher (chá) de pimenta do reino
1/2 colher (sopa) de sal
2 colheres (sopa) de vinagre
3 tomates grandes picados
3 cebolas grandes picadas
6 dentes de alho amassados
2 colheres (sopa) de salsa picada
2 colheres (sopa) de cebolinha verde picada
2 folhas de louro cortadas em pedaços
2 xícaras de toucinho defumado cortado em cubos pequenos
1/2 xícara de água
Farinha de trigo ou de mandioca e água para vedar a panela.

Como Fazer Barreado

Modo de Preparo:
Comece a preparar o barreado na tarde do dia anterior. Limpe a carne, corte em cubos com 3 cm de lado, coloque em uma tigela, tempere com cominho, pimenta do reino, sal, vinagre e reserve.
Em outra tigela, junte tomates, cebolas, alho, salsa, cebolinha, louro e misture bem.
Em um caldeirão ou uma panela grande com tampa que feche bem, coloque camadas alternadas de carne, tempero, toucinho, tempero, carne, tempero, toucinho, tempero e assim por diante.
Acrescente a água, vede a panela com a massa feita com a farinha e a água e deixe descansar por 1 a 2 horas.
Leve a panela ao fogo brando, cozinhe por cerca de 4 horas (se durante o cozimento escapar vapor por alguma fresta, use mais um pouco da massa para refazer a vedação), tire do fogo e deixe a panela fechada durante a noite.
No dia seguinte, remova a massa da tampa com ajuda de uma faca, leve a panela ao fogo somente para aquecer e, enquanto isto, com uma concha, amasse um pouco a carne antes de servir.