JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

domingo, 27 de outubro de 2013

FILME DA SEMANA



O Retorno de Johnny English

(Johnny English Reborn)





Elenco: Rowan Atkinson, Gillian Anderson, Dominic West, Rosamund Pike, Daniel Kaluuya, Mark Ivanir, Togo Igawa.
Direção: Oliver Parker
Gênero: Comédia
Duração: --- min.
Distribuidora: Paramount Pictures
Estreia: 28 de Outubro de 2011
Sinopse: Rowan Atkinson está de volta no papel do agente secreto acidental, que não conhece o medo nem o perigo, na comédia de suspense e espionagem O Retorno de Johnny English (Johnny English Reborn). Em sua mais recente aventura, o mais improvável funcionário da inteligência do Serviço Secreto de Sua Majestade deverá deter um grupo de assassinos internacionais antes que eles eliminem um líder mundial e causem o caos global.
Durante os anos em que o principal espião do MI7 desapareceu do mapa, ele vem utilizando suas habilidades únicas em uma remota região da Ásia. Mas quando seus superiores na Agência ficam sabendo de um atentado contra a vida do premier chinês, eles precisam localizar o agente nada ortodoxo. Agora que o mundo precisa dele novamente, Johnny English está de volta à ação.
Com uma chance de redenção, ele precisa empregar seus mais recentes aparelhos de alta tecnologia para desmascarar uma rede de conspiração que inclui a KGB, a CIA e até o MI7. Com poucos dias até uma conferência de chefes de estado, um homem precisa usar todos os truques de seu manual de estratégias para proteger a todos nós. Para Johnny English, o desastre pode ser uma opção, mas o fracasso nunca será.

POETAS DA SEMANA

VERSO DO FACE E POESIA

Nosso viver é repleto
De glórias e desenganos
A vida é uma charada
Que DEUS deixou pra os humanos
Cabendo a nós decifrá-la
Com a passagem dos anos

Ciro Filó.
Meu coração de poeta
Já chorou nas madrugadas
Já se iludiu com palavras
De algumas ex-namoradas
Não brincou mas foi brinquedo
Na palma das mãos erradas.
Marcos Rabelo
 
 
O juízo do poeta
Tem extensões secundárias
Em áreas imaginárias
Onde a visão se completa
De abstrata a concreta
Ela vai se transformando
Aos poucos vai se moldando
No sentimento que exprime
Mostrando o quadro sublime
Da mão de “DEUS” desenhando.

Ciro Filó
 
 
 
Entre as noites sensuais
De tanta atração legítima
Eu terminei sendo vítima
De ilusões sentimentais
Se não me amava mais
Bastava dizer que não
Não me abraçar no colchão
Nem se deitar no meu peito
Você não tinha o direito
De ferir meu coração
Marcos Rabelo
DOCES LEMBRANÇAS

MANDO DE VOLTA AS CARTAS QUE ENVIASTE
ME DECLARANDO TÃO PROFUNDO AMOR
E TE PERGUNTO PORQUE É QUE DEIXASTE
O PEITO DE AMAS SOFRER TANTA DOR

AH! LINDAS NOITES AS QUAIS ME AMASTE
E EM BEIJASTE, TAL QUAL BEIJA-FLOR,
NOITES ARDENTES EM QUE DELIRASTE
E TROUXESTE À TONA UM SONHO MULTICOR

HOJE MEU PEITO TRISTE, AMARGURADO.
TRANSFORMOU TODO SONHO DO PASSADO
NESTE MUNDO CINZENTO EM MEU PRESENTE

PARA MIM, RESTARAM SÓ DOCES LEMBRANÇAS.
QUANDO AGARRAVA TUAS LONGAS TRANÇAS
E TÚ ROÇAVAS EM MEU CORPO QUENTE.

Ciro Filó.
 
Antonio Alvares
TRÊS GERAÇÕES DE AMANTES...
DE UM BOÊMIO HIGHLANDER ***

Malícia que me seduz
Deleite da minha visão
Rosados mamilos em riste
Têm fermento igual a pão
Inchada aréola a ostentar
Bicos com sinal subliminar
Da libido excitando tesão

Uma boca tão sensual
Na subida do meu olhar
Teu empinado nariz
Atiça-me te desejar
Olhos firmes de sentinela
O teu olhar é uma janela
Aberta pra eu entrar...

Longos fios de cabelo
Em desalinho é cachoeira
A espalhar no lindo busto
Mechas de fêmea arteira
Deixando-me de certa forma
Num momento de bobeira...

Olho mais e fico pasmo
Na descida do meu olhar
Uma elipse na vertical
No umbigo se fez formar
E os dois ângulos obtusos
Da cintura faz provocar

Instintos mais primitivos
Que aceleram o coração
Em busca do seu prazer
Baixo mais a minha visão
E enxergo estarrecido...
O cúmulo da perfeição!

Mais primoroso, nunca vi
Um monte de Vênus igual
Nenhuma penugem sequer
Num lampinho fenomenal
Ou é perfeita depilação
Ou é fenômeno natural...

Com essa moça perfeita
Princesinha de vinte anos
Revivi um amor decano
Tramado pelos arcanos...
Na época de moço rapaz
Jovem amoroso e capaz
Sua avó eu tinha nos panos

A bela mulher de trinta
Que não aquietava o olhar
Sempre estava na janela
Quando eu estava a passar
Deu-me recado silencioso
Em discreto sorriso tinhoso
Convidando-me a adentrar

No âmago da intimidade
Do recinto de seu lar
Pois o marido viajante
Não parava de viajar
E isso nos dava tempo
E hiato em contratempo
Para deitar e rolar...

A criança de oito anos
Era a linda filhota dela
E onze anos depois...
Formou-se mulher tão bela!
Já professorinha da escola
E com camisinhas na sacola
Sumíamos da cidadela...

Algumas décadas depois
O destino me pôs na mão
A neta da primeira amante
Filha da segunda paixão
Que me largou pra casar
E noutra cidade foi morar
Teve filhas noutro rincão

Os traços de avó e mãe
Da lindeza na mesa ao lado
No restaurante do hotel
Onde eu estava hospedado
Me fez agir com gentileza
Me aproximei com leveza
Daquele sonho dourado...

Acompanhada estava
Das amigas de viagem
Todas jovens e atraentes
Em excursão de mensagem
Acontecida numa cidade
Onde eu estava de passagem

- Eu desejo me apresentar
Sem a intenção de incomodar
Sou amigo de uma senhora
Que talvez possa lembrar
Naquela cidade distante (...)
Conheci quem te vou falar (...)

Ela então se levantou
Com brilho no lindo olhar
Abraçou-me alegremente
E confirmou ter no lugar
A sua avó bem saudável
O que fez me alegrar

Viajaria no dia seguinte
Ela assim me falou
Conversamos longamente
Quando me confidenciou:
- Me aguarde mais à noite
Que no teu quarto eu vou...

E despediu-se sorrindo
Com o olhar enigmático
Característico da sua mãe
E da avó, seu olhar tático...
Que me deixou a flutuar
E meio bobo, fiquei estático!

- Impossível, não acredito!
O destino aprontou bonito...
Pois ela ouvira da mãe
Sobre aquele tão bendito
Caso de aventura escondida
Entre eu e sua mãe querida
E anelava sequência ao dito...

E assim, pois aconteceu
À juventude da Julieta...
Um experiente Romeu!
Uma noite inteira de trocas
Do aprendizado ao apogeu

A felicidade é repentina
E ignora o tempo passar
Highlander, só devo ter
Experiência pra atinar
Sem a pressa de chegar
Ser seletivo e devagar
Na boemia a divagar...

Quem sabe, vou alcançar
Um record pra registrar
Amar quatro gerações
De mulheres e sossegar
Se três gerações já amei
Pois foi nisso que apostei...
Ser Highlander e secular!

Antonio Álvares - Literatura de Cordel
TRÊS GERAÇÕES DE AMANTES...
DE UM BOÊMIO HIGHLANDER ***

Malícia que me seduz
Deleite da minha visão
Rosados mamilos em riste
Têm fermento igual a pão
Inchada aréola a ostentar
Bicos com sinal subliminar
Da libido excitando tesão

Uma boca tão sensual
Na subida do meu olhar
Teu empinado nariz
Atiça-me te desejar
Olhos firmes de sentinela
O teu olhar é uma janela
Aberta pra eu entrar...

Longos fios de cabelo
Em desalinho é cachoeira
A espalhar no lindo busto
Mechas de fêmea arteira
Deixando-me de certa forma
Num momento de bobeira...

Olho mais e fico pasmo
Na descida do meu olhar
Uma elipse na vertical
No umbigo se fez formar
E os dois ângulos obtusos
Da cintura faz provocar

Instintos mais primitivos
Que aceleram o coração
Em busca do seu prazer
Baixo mais a minha visão
E enxergo estarrecido...
O cúmulo da perfeição!

Mais primoroso, nunca vi
Um monte de Vênus igual
Nenhuma penugem sequer
Num lampinho fenomenal
Ou é perfeita depilação
Ou é fenômeno natural...

Com essa moça perfeita
Princesinha de vinte anos
Revivi um amor decano
Tramado pelos arcanos...
Na época de moço rapaz
Jovem amoroso e capaz
Sua avó eu tinha nos panos

A bela mulher de trinta
Que não aquietava o olhar
Sempre estava na janela
Quando eu estava a passar
Deu-me recado silencioso
Em discreto sorriso tinhoso
Convidando-me a adentrar

No âmago da intimidade
Do recinto de seu lar
Pois o marido viajante
Não parava de viajar
E isso nos dava tempo
E hiato em contratempo
Para deitar e rolar...

A criança de oito anos
Era a linda filhota dela
E onze anos depois...
Formou-se mulher tão bela!
Já professorinha da escola
E com camisinhas na sacola
Sumíamos da cidadela...

Algumas décadas depois
O destino me pôs na mão
A neta da primeira amante
Filha da segunda paixão
Que me largou pra casar
E noutra cidade foi morar
Teve filhas noutro rincão

Os traços de avó e mãe
Da lindeza na mesa ao lado
No restaurante do hotel
Onde eu estava hospedado
Me fez agir com gentileza
Me aproximei com leveza
Daquele sonho dourado...

Acompanhada estava
Das amigas de viagem
Todas jovens e atraentes
Em excursão de mensagem
Acontecida numa cidade
Onde eu estava de passagem

- Eu desejo me apresentar
Sem a intenção de incomodar
Sou amigo de uma senhora
Que talvez possa lembrar
Naquela cidade distante (...)
Conheci quem te vou falar (...)

Ela então se levantou
Com brilho no lindo olhar
Abraçou-me alegremente
E confirmou ter no lugar
A sua avó bem saudável
O que fez me alegrar

Viajaria no dia seguinte
Ela assim me falou
Conversamos longamente
Quando me confidenciou:
- Me aguarde mais à noite
Que no teu quarto eu vou...

E despediu-se sorrindo
Com o olhar enigmático
Característico da sua mãe
E da avó, seu olhar tático...
Que me deixou a flutuar
E meio bobo, fiquei estático!

- Impossível, não acredito!
O destino aprontou bonito...
Pois ela ouvira da mãe
Sobre aquele tão bendito
Caso de aventura escondida
Entre eu e sua mãe querida
E anelava sequência ao dito...

E assim, pois aconteceu
À juventude da Julieta...
Um experiente Romeu!
Uma noite inteira de trocas
Do aprendizado ao apogeu

A felicidade é repentina
E ignora o tempo passar
Highlander, só devo ter
Experiência pra atinar
Sem a pressa de chegar
Ser seletivo e devagar
Na boemia a divagar...

Quem sabe, vou alcançar
Um record pra registrar
Amar quatro gerações
De mulheres e sossegar
Se três gerações já amei
Pois foi nisso que apostei...
Ser Highlander e secular!

Antonio Álvares - Literatura de Cordel

RECEITA DA SEMANA

CULINÁRIA DO ACRE

Receita de Carne de Sol com Purê de Macaxeira

Carne de Sol com Purê de Macaxeira

Ingredientes da Receita de Carne de Sol com Purê de Macaxeira

6 cebolas cortadas em rodelas
1/3 de xícara de óleo
1 kg de carne-de-sol (filé), deixada de molho na água por 6 horas
2 kg de macaxeira (mandioca ou aipim), descascado, cozido e amassado
1/2 xícara de manteiga
Sal a gosto

Como Fazer Carne de Sol com Purê de Macaxeira

Modo de Preparo:
Fritar a cebola até ficar dourada, reservar
Na mesma panela, fritar a carne, cortada em pedaços, até ficar dourada e macia, reservar
Se necessário, pingar um pouco de água, para formar um caldo
Em outra panela, colocar a manteiga para derreter e acrescentar a macaxeira
Temperar e misturar bem para formar um purê liso e macio
Colocar numa travessa e acrescentar a carne-de-sol em volta
Servir quente

FRASE DA SEMANA

Carregue dentro si apenas o bem. O amor, a bondade e a paz são sempre boas companhias. (Autor Desconhecido)

domingo, 20 de outubro de 2013

RECEITA DA SEMANA

Buchada - CE


Receita de Buchada - CE

Ingredientes da Receita de Buchada - CE

1 bucho de cabrito, bode ou carneiro
Tripas, fígado, bofe e coração
1 colher (sopa) de sal
Suco de 3 limões médios
1 xícara de sangue aferventado
1 cebola grande picada
3 dentes de alho amassados
3 tomates grandes picados
2 pimentões grandes picados
2 colheres (sopa) de vinagre
Pimenta do reino e cominho a gosto
1/2 xícara de cheiro verde (coentro, salsa e cebolinha) picados
1 colher (sopa) de hortelã picada
1 pedaço de toucinho fresco
Farinha de mandioca para o pirão

Como Fazer Buchada - CE

Modo de Preparo:
Limpe e lave muito bem o bucho, as tripas e os miúdos, coloque em uma panela, cubra com água, leve ao fogo alto, deixe ferver por cerca de 5 minutos, tire do fogo, escorra, lave novamente e esfregue com sal e suco de limão.
Deixe o bucho inteiro e corte o restante em pedaços, coloque em uma tigela, pique o sangue aferventado, junte à tigela, acrescente cebola, alho, tomates, pimentões, vinagre, pimenta, cominho, cheiro verde, hortelã e misture bem.
Recheie o bucho com a mistura de miúdos e temperos e costure as aberturas.
Coloque em uma panela grande, cubra com bastante água, junte o toucinho, leve ao fogo alto, deixe ferver, abaixe o fogo, tampe a panela e cozinhe por cerca de 5 horas, juntando mais água quente à medida que for secando.
Tire a buchada da panela e mantenha aquecida.
Pirão:
Amasse o toucinho e devolva ao caldo do cozimento, verifique o tempero e, aos poucos acrescente farinha de mandioca, mexendo sempre para não empelotar, até obter um pirão homogêneo.

POETA DA SEMANA

POEMA DE GERALDO AMANCIO


Nesta deliciosa sátira, o poeta Geraldo Amancio coloca em 'xeque' a teoria da evolução do homem, de Charles Darwin, defendendo a visão criacionista da Bíblia, sem negar, contudo, que aqueles que acham que o homem vem realmente do macaco, têm todo o direito de reverenciar os seus ancestrais, afinal de contas é sempre bom ter respeito e consideração pelos parentes. Nessa mesma linha, em 1910, o poeta Leandro Gomes de Barros publicou no jornal O Rebate, de Juazeiro do Norte, um poema intitulado aCreação do Mundo*, igualmente engraçado, questionando a versão bíblica e também a Teoria da Evolução. Vejam o início do poema do velho Leandro:
A CRIAÇÃO DO MUNDO
Fui ver se estudava a forma
Como foi a Criação
Quase pude conseguir
Como ela foi então,
Faltou-me achar a parteira
Que pegou o velho Adão.
Antes de nada existir
Cousa alguma não havia,
Nem céu, nem terra, nem mar,
Nem luz nem ar existia
Mas nos diz a Escritura
Deus sobre as águas vivia.
Aqui faço reticência…
Nada valeu o estudo
Quem for pensar nesse dogma
É capaz de ficar surdo
Porque se existia água
Assim, não faltava tudo.
Porque nos diz a história
Céu e terra não havia
A mesma história confirma
Que Deus nas águas existia
Porém não diz onde eram
As águas onde Deus vivia.
Creio que Deus disse um dia
Vou fazer a Criação
Mas o céu já estava feito
Que era a sua habitação
Deus não morava nas águas
Que não era tubarão.
(...)
O MACACO E O HOMEM
Geraldo Amancio
Mamãe sempre me ensinou
Desde o tempo de menino,
Que o homem, conforme a Bíblia,
É criação do Divino.
Disse um cientista fraco
Que o homem vem do macaco
Não aceito, nem combino.
Macaco é de uma cor só
Que seja grande ou pequeno.
Homem existe: branco, preto,
Gazo, amarelo, moreno,
Dr, tenha paciência,
No mapa dessa ciência
Tem muita falha e empeno.
Eu ser neto de macaco?
Isso não me satisfaz.
Gente é gente, bicho é bicho
Não misture os animais.
Por que só antigamente
Macaca paria gente
E agora não pare Mais?.
Meu Deus que história fraca
Essa que a ciência inventa,
Quem já viu um pé de manga
Dando goiaba ou pimenta.
Goiabeira dando jaca,
Quem foi que viu uma vaca
Sendo mãe de uma jumenta.
Se o macaco é pai do homem,
O filho não pucha aos pais.
Porque nos procedimentos
São bantante desiguais,
Quem viu macaco roubando,
Matando gente, assaltando
Do jeito que o homem faz?.
Se o macaco é pai do hemem
O que foi que aconteceu?
Se o pai é que ensina o filho
A falar do jeito seu.
Nisso a ciência se entala,
Se o macaco não fala,
Com quem o homem aprendeu?.
Eu não sou contra o macaco,
Nem contra os costumes seus.
Macaco ser pai do hemem,
Isso é coisa dos ateus.
Cada um com seu capricho,
Se é de eu ser filho de bicho,
Quero ser filho de Deus.
Mas quem acredita nisso,
Quem nessas coisas tem fé,
Assim que ver um macaco
Já sabe o seu pai quem é.
Estire o braço e a mão
E diga com educação:
A bênção pai chimpanzé...

FIM 
(Todos os direitos reservados ao autor)

POETA DA SEMANA

POEMA DE GERALDO AMANCIO


 
Nesta deliciosa sátira, o poeta Geraldo Amancio coloca em 'xeque' a teoria da evolução do homem, de Charles Darwin, defendendo a visão criacionista da Bíblia, sem negar, contudo, que aqueles que acham que o homem vem realmente do macaco, têm todo o direito de reverenciar os seus ancestrais, afinal de contas é sempre bom ter respeito e consideração pelos parentes. Nessa mesma linha, em 1910, o poeta Leandro Gomes de Barros publicou no jornal O Rebate, de Juazeiro do Norte, um poema intitulado aCreação do Mundo*, igualmente engraçado, questionando a versão bíblica e também a Teoria da Evolução. Vejam o início do poema do velho Leandro:
 
A CRIAÇÃO DO MUNDO
 
Fui ver se estudava a forma
Como foi a Criação
Quase pude conseguir
Como ela foi então,
Faltou-me achar a parteira
Que pegou o velho Adão.
 
Antes de nada existir
Cousa alguma não havia,
Nem céu, nem terra, nem mar,
Nem luz nem ar existia
Mas nos diz a Escritura
Deus sobre as águas vivia.
 
Aqui faço reticência…
Nada valeu o estudo
Quem for pensar nesse dogma
É capaz de ficar surdo
Porque se existia água
Assim, não faltava tudo.
 
Porque nos diz a história
Céu e terra não havia
A mesma história confirma
Que Deus nas águas existia
Porém não diz onde eram
As águas onde Deus vivia.
 
Creio que Deus disse um dia
Vou fazer a Criação
Mas o céu já estava feito
Que era a sua habitação
Deus não morava nas águas
Que não era tubarão.
 
(...)
 
 
O MACACO E O HOMEM
Geraldo Amâncio
 
Mamãe sempre me ensinou
Desde o tempo de menino,
Que o homem, conforme a Bíblia,
É criação do Divino.
Disse um cientista fraco
Que o homem vem do macaco
Não aceito, nem combino.
 
Macaco é de uma cor só
Que seja grande ou pequeno.
Homem existe: branco, preto,
Gazo, amarelo, moreno,
Dr, tenha paciência,
No mapa dessa ciência
Tem muita falha e empeno.
 
Eu ser neto de macaco?
Isso não me satisfaz.
Gente é gente, bicho é bicho
Não misture os animais.
Por que só antigamente
Macaca paria gente
E agora não pare Mais?.
 
Meu Deus que história fraca
Essa que a ciência inventa,
Quem já viu um pé de manga
Dando goiaba ou pimenta.
Goiabeira dando jaca,
Quem foi que viu uma vaca
Sendo mãe de uma jumenta.
 
Se o macaco é pai do homem,
O filho não pucha aos pais.
Porque nos procedimentos
São bantante desiguais,
Quem viu macaco roubando,
Matando gente, assaltando
Do jeito que o homem faz?.
 
Se o macaco é pai do hemem
O que foi que aconteceu?
Se o pai é que ensina o filho
A falar do jeito seu.
Nisso a ciência se entala,
Se o macaco não fala,
Com quem o homem aprendeu?.
 
Eu não sou contra o macaco,
Nem contra os costumes seus.
Macaco ser pai do hemem,
Isso é coisa dos ateus.
Cada um com seu capricho,
Se é de eu ser filho de bicho,
Quero ser filho de Deus.
 
Mas quem acredita nisso,
Quem nessas coisas tem fé,
Assim que ver um macaco
Já sabe o seu pai quem é.
Estire o braço e a mão
E diga com educação:
A bênção pai chimpanzé...

FIM 
(Todos os direitos reservados ao autor)

FILME DA SEMANA

O GRANDE TRUQUE

Sinopse 
Século XIX, Londres. Robert Angier (Hugh Jackman) e Alfred Borden (Christian Bale) se conhecem há muitos anos, desde que eram mágicos iniciantes. Desde então eles vivem competindo entre si, o que faz com que a amizade com o passar dos anos se transforme em uma grande rivalidade. Quando Alfred apresenta uma mágica revolucionária, Robert fica obcecado em descobrir como ele consegue realizá-la.

FRASE DA SEMANA

Amigo de verdade é aquele que diz o que você precisa ouvir, não o que você quer ouvir. Ele arrisca a amizade pelo seu bem!
– Autor Desconhecido

domingo, 13 de outubro de 2013

FILME DA SEMANA

SINOPSE:

David Norris (Matt Damon) é um jovem político com uma carreira promissora, mas um escândalo atrapalhou a sua corrida ao Senado. Tão logo perde a disputa pela vaga ele conhece Elise (Emily Blunt), bailarina por quem se apaixona. Contudo, homens com estranhos poderes de interferir no futuro aparecem do nada e começam a pressioná-lo para que ele não dê continuidade a este romance, porque isso poderá atrapalhar o futuro de ambos. Sem saber ao certo quem são essas pessoas, a única certeza que David possui é que precisará reunir forças para enfrentá-los e encarar o que o destino lhe reserva.

POETA DA SEMANA

 

Jonas Bezerra

NASCEU EM 17 DE FEVEREIRO DE 1987 EM IGUATU-CE, É DE UMA FAMÍLIA DE TRADIÇÃO POÉTICA, COMO POR EXEMPLO SEU PAI(CHICO ALVES) REPENTISTA PROFISSIONAL HÁ 30 ANOS, AINDA EM ATIVIDADE.
JONAS BEZERRA COMEÇOU A CANTAR PROFISSIONALMENTE AOS 15 ANOS DE IDADE.
JÁ PARTICIPOU DE MAIS DE 150 FESTIVAIS DE REPENTISTAS EM TODO BRASIL, DISPUTANDO COM AS MAIORES EXPRESSÕES DA CULTURA POPULAR DO GÊNERO, SENDO CONSAGRADO AO PRIMEIRO LUGAR EM MUITOS FESTIVAIS.

Amigo
(Soneto)

Quer ser meu amigo? Eu estou aqui!
Pois, não quero mais vê-lo tão ausente.
Se alguma coisa o fez diferente,
Com a sua ausência, muito eu aprendi.

Fiquei flexível e por ser consciente
Procuro saber em que lhe agredi.
Me desculpe amigo, se eu lhe feri
Me perdoe se um dia eu fui prepotente.

Não deixe que a ira domine o seu ego
Gerando inimigo e o tornando cego
Por que quem vê cara não vê coração.

Faça um retrospecto do que fiz contigo
Tendo culpa ou não pra ser seu amigo
Eu mais uma vez lhe peço perdão.


Autoria: Jonas Bezerra



Eu sou rico e pobre
(Soneto)

Na riqueza vivo sendo um egoísta
Usando o poder para atrocidade
Não sou a favor que haja igualdade
Por que sigo a lógica de um capitalista.

Na pobreza mudo, faço caridade,
Sou simples, sou meigo, brando e paisagista.
Acredito que, outra vida exista
Cultivando os frutos da felicidade.

Eu sou mais ser pobre, que sofre e partilha,
Do que ter riqueza, fazendo quadrilha,
Enganando o povo e se mostrando nobre.

Perante isso tudo, há uma certeza:
_Eu sou muito pobre para ter riqueza,
Mas sou muito rico por que nasci pobre.

Autoria: Jonas Bezerra



Separação
(Soneto)

Vou sentir com certeza sua falta,
Vou lembrar de você constantemente.
O meu ser pra vingança não exalta,
Nem eu vou me obrigar ser diferente.

O seu gênio e o meu têm força alta
Só não sei lhe dizer o mais valente.
Eu só sei que me peito ainda salta
Quando vejo você na minha frente.

Me desculpe se fui ignorante,
Insensível, disperso, intolerante
Como um louco num beco sem saída.

Caso nada aconteça entre nós dois,
Peço a Deus, e espero que depois
Eu encontre você feliz da vida.

Autoria: Jonas Bezerra



Poeta mostre o minério
Da sua filosofia
(Mote em sete sílabas)

Poeta diga se os lábios
Declaram força emotiva
Se a nossa memória arquiva
Do jeito dos alfarrábios
Se a cabeça dos sábios
Possuem outra sintonia
E se serve a democracia
Num país que não é sério
Poeta mostre o minério
da sua filosofia.

Se a parede do progresso
Pode ter desabamento
Se o arrependimento
Dá lugar ao retrocesso
Se a BR do sucesso
Parece uma rodovia
E se a algema da magia
Prende quem tá no mistério
Poeta mostre o minério
da sua filosofia.

Se o sol do desconsolado
Conduz no seu raio as dores
Se o trono dos opressores
Está desapreciado
Se o corpo do pecado
Também tem fisionomia
E se o tom da melancolia
Dá mais vida ao impropério
Poeta mostre o minério
da sua filosofia.

Poeta cante a canção
Que libera o sentimento
E diga se há ligamento
Da mente pra o coração
Se os poros da traição
Sofrem de hemorragia
Se a sensação da orgia
É a mesma do adultério
Poeta mostre o minério
da sua filosofia

Autoria: Jonas Bezerra


Versos diversos:

Falando da vida Edvaldo Zuzu disse:

Agora eu nem sei dizer
Quem são os meus inimigos

Jonas Bezerra disse:

Chorei vendo dois mendigos
Na calçada de uma escola
Um por me pedir um pão
Estirando uma sacola
E o outro por que não tinha
Nem mão pra pedir esmola.


Falando da escravidão Charles Gomes disse:

A Europa escravizou
O povo da pele escura.

Jonas Bezerra disse:

Naquela época a tortura
Causava muitos receios
E a África bebeu o leite
Que pingou dos peitos cheios
Dizendo: _ Por qual motivo
Roubaste os filhos alheios?


Cantando com Ismael Pereira em Lavras da Mangabeira pediram o seguinte Mote:

Só faltava um palhaço no congresso
Tiririca chegou não falta mais

Jonas Bezerra disse:

A campanha que fez inda fascina
Por que fez com humor e esperança
Ou vai ser o começo da mudança
Ou vai ser o princípio da ruína
Quem cantou Florentina, Florentina
Eu vou ver no congresso o que é que faz
Um protesto na urna é eficaz
Mas assim não se faz ordem e progresso
Só faltava um palhaço no congresso
Tiririca chegou não falta mais

Caras novas fazendo mais estréias
Quero ver o congresso como fica
Foi Francisco Everardo “o Tiririca”
Que ganhou da maneira de Enéas.
Mas o homem que falho nas idéias
Não consegue implantar seus ideais
E quem sugar nas mamatas federais
Nunca mais vai vender nenhum ingresso
Só faltava um palhaço no congresso
Tiririca chegou não falta mais.

Cantando com Raullino Silva em Natal-RN, pediram o seguinte mote:

Pra quê tanta riqueza num país
Que não deixa de ser escravizado.

Jonas Bezerra disse:

Dois Brasis eu conheço atualmente
Um que vende barato a obra-prima
E um que é luxuoso e se anima
Com produtos de outro continente
Se nós temos produto, o que é da gente
Dá mais lucro jogando no mercado
Se o mercado não for balanceado
Vai sofrer muito mais os dois Brasis
Pra quê tanta riqueza num país
Que não deixa de ser escravizado.


Cantando com Luciano Leonel no Festival de Gravatá - PE, o mote sorteado foi o seguinte:

O mendigo é o ser que mais se humilha
E permanece esquecido pela massa

Jonas Bezerra disse:

Seu abrigo é a árvore quando enfolha
Por não ter quem lhe dê a mão amiga
A quentura da tarde lhe castiga
O sereno da noite vem e molha.
Quando vai pras esquinas ninguém olha
Quando vai pra os sinais ouve pirraça
E por achar que a esmola é pra cachaça
Não colocam o dinheiro na vasilha
O mendigo é o ser que mais se humilha
E permanece esquecido pela massa


Cantando com Acrízio de França em Cajazeiras-PB pediram o seguinte mote:

Eu ensino cantando a cantador
Que se cresce querendo me ensinar

Jonas Bezerra disse:

Se a Bíblia Sagrada tem as chaves...
Se MERIBE-BAAL não foi esperto
E Moisés com seu povo no deserto
Foi capaz de passar muitos conclaves!
De manhã a comida era a das aves
Já a noite era o fogo do altar
E logo após quatro décadas caminhar
Foi chamado pra terra do Senhor
Eu ensino cantando a cantador
Que se cresce querendo me ensinar.

FRASE DA SEMANA

" Amizade é igual estrada... por mais longe que esta uma da outra independente da distancia nunca se separam."
Ludmilla Ponomarenco

RECEITAS DA SEMANA

Receita de Vaca Atolada Mineira

Vaca Atolada Mineira

Ingredientes da Receita de Vaca Atolada Mineira

1 kg de costela de vaca
2 cebolas picadas
4 dentes de alho amassados
5 tomates descascados, picados sem sementes
1 colher (sopa) de vinagre
1 colher (chá) de salsinha picada
3 cebolinhas verdes picadas
1 cubinho de caldo de carne
2 colheres (sopa) de óleo
1 kg de mandioca descascada e cortada em pedaços

Como Fazer Vaca Atolada Mineira

Modo de Preparo:
Misture as costelas com a cebola e o alho.
Leve ao fogo com o óleo e frite até que dourem.
Junte os tomates, o vinagre, a salsinha, a cebolinha e o cubinho de caldo de carne.
Acrescente água suficiente para cobrir. Cozinhe.
Quando a carne estiver macia, adicione a mandioca e água suficiente para cozinhá-la.

Receita de Sopa Paraguaia

Sopa Paraguaia

Ingredientes da Receita de Sopa Paraguaia

06 colheres (sopa) de fubá de milho
02 ovos
01 copo de leite
02 colheres (sopa) de manteiga
01 prato de queijo ralado
01 colher (chá) de fermento em pó
02 cebolas grandes cortadas em rodelas

Como Fazer Sopa Paraguaia

Modo de Preparo:
Frite a cebola na manteiga, junte 1 xícara (chá) de água quente e deixe ferver.
Depois de bem frita, junte sal a gosto e misture os outros ingredientes, mexendo bem.
Coloque tudo em uma forma refratária e leve ao forno para assar.

domingo, 6 de outubro de 2013

POETA DA SEMANA


JOÃO FURIBA



Foto: Paulo Carvalho

Poeta popular, violeiro repentista, João Batista Bernardo, o João Furiba nasceu em 04/07/1931, em Taquaritinga do Norte–PE.
É considerado um dos grandes repentistas nordestinos, tendo iniciado a carreira ainda na adolescência. Já arrebatou inúmeros troféus, em competições entre violeiros, tendo ficado em primeiro lugar em diversas ocasiões. O apelido “Furiba” segundo ele, quer dizer coisa sem importância, e foi dado por Pinto do Monteiro inspirado na figura magra e de baixa estatura de João. Foi um dos maiores e mais constantes parceiros de Pinto do Monteiro, enquanto este era vivo, e tornaram -se também grandes amigos apesar das farpas trocadas durante os desafios. O primeiro encontro dos dois grandes poetas é descrito da seguinte maneira:
“Lino Pedra Azul (também cantador de renome) teria agendado uma cantoria com Pinto, em Belo Jardim, mas em função de outros compromissos surgidos, pediu ao então rapazote João Batista que o substituísse. Ansioso e receoso, João que só veio a ser conhecido como Furiba anos depois, aceitou. Chegou no local e perguntou:
JF -   É o senhor que é seu Pinto?
PM -  Sou.
JF -   É que Lino me pediu pra vir lhe substituir na Cantoria…
PM -  Não sei se vai ter cantoria, não… ( disse Pinto sem acreditar que estava diante de alguém que pudesse enfrenta-lo )
Os promotores da cantoria chegaram perto de Pinto imploraram que o Gênio cantasse com o desconhecido João Batista…
Iniciaram o baião de viola. Cada um esperando que o outro iniciasse a sextilha.

Começaram… Lá pras tantas, Pinto termina a sextilha dizendo:

“Não sei que tem vaca magra come muito e não engorda”

Era uma referencia ao aspecto franzino e raquítico do Furiba, que respondeu:

“É porque feijão de corda já ta passando de cem, o milho tá muito caro farinha cara também, se Jesus não pisar no frei. Não vai escapar ninguém”

Ao terminar a sextilha, Pinto disse:
- Depois “nós conversa”, viu?.

A partir daquele momento, iniciaram uma das duplas mais  fecundas da poética voleira…
João Furiba também fez dupla com outros cantadores sempre demonstrando sua agilidade e competência na feitura dos improvisos. Cantando com João Cardoso este fez com os seguintes versos:

Furiba fui informado Que você lá em Tabira Pega frete, dá recado Varre a rua mas se vira Agora eu quero saber Se isso é verdade ou mentira?

Furiba respondeu:

Colega eu fiz em Tabira O meu recenseamento Seis mil e quinhentas casas Um colégio e um convento Comprei agora o BANDEPE A CISAGRO e o FOMENTO.

O conhecido cantador Ivanildo Vila Nova, cujo pai também era repentista, cantando com João Furiba terminou uma estrofe, dizendo:

Não conheço cantador Pra ser igual a mim.

Furiba respondeu dizendo:

Seu pai também foi assim Se dizia professor Falava com tantos “s “ Que parecia um doutor Cantou quarenta e seis anos Morreu sem ser cantador.
E assim é João Furiba, alegre, irreverente, criativo, poeta popular simplesmente. É um daqueles que faz a mais autêntica cultura nordestina. Alberto Oliveira (poeta e cordelista) afirma que João Furiba é um dos maiores poetas da história do repente brasileiro. Zelito Nunes, foi quem me apresentou a este extraordinário artista a quem eu muito admiro e prezo.

Pinto do Monteiro e João Furiba

Do livro de Zelito Nunes, “Pinto velho do Monteiro – um cantador sem parelhas”, apesar de o livro ser todo bom, tem trechos que achei bastante engraçado e que retratam o espírito puro e criativo do povo sertanejo encarar a vida mesma quando a situação não é das melhores. Uma dessas diz respeito a uma visita que o cantador João Furiba foi fazer ao poeta Pinto do Monteiro.
Pinto já se encontrava doente e sem enxergar quando Furiba chegou na porta de sua casa e, saudando o poeta, disse:

“Há tempo em que eu não vinha
nesta santa moradia
visitar o velho Pinto
Me traz tanta alegria
Que é mesmo que ter tirado
O bolão da loteria”

Pinto com muito bom humor, disse:
 
“Eu não imaginaria
que você chegasse agora
Com essa sua presença
Obtive uma melhora
Quer ver eu ficar bom mesmo
É quando você for embora