JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

quinta-feira, 1 de julho de 2010

POETA PEDRO FERNANDES

Tantos planos desenhei


Sonhando de olho aberto

Achava que dava certo

Tudo quanto desejei

Intempéries enfrentei

Borrascas lúgubres de amor

me deformaram o pudor

congelando a esperança

sem pureza de criança

Deixei de ser sonhador.



No tosco circo da vida

Com as luzes me iludi

Sentimentos confundi

sob uma lona encardida

no trapézio da bebida

fiz vôo embriagador

e sem item protetor

aterrizei no fracasso

só quando escapei do laço

deixei de ser sonhador.



Acreditei em promessas

Que as Marias faziam

Todas elas descumpriam

Aquelas do jeito dessas

Para jurar tinham pressas

Pra cumprir tinham pavor

Juravam com esplendor

Negavam por brincadeira

De tanto levar rasteira

Deixei de ser sonhador.



Mote de Manoel Rodrigues

Glosa de; Pedro Fernandes

João Pessoa, 19/06/2010.

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