JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

quinta-feira, 29 de julho de 2010

VERSOS DE JOÃO PARAIBANO



Doutor eu sei que errei

Por dois fatos, dama e porre
Por amor se mata e morre
Eu não morri nem matei
Apenas não respeitei
Um ambiente de classe
Depois de apanhar na face
Bati na flor do meu ramo
Estou preso porque amo
Quanto mais se odiasse


Poeta mesmo ofendido
Ainda oferece afeto
Faz pena dormi no teto
Da morada de um bandido
Se humilha, faz pedido
Ninguém escuta a voz sua
Não ver o sol nem a lua
Padece o maior desprezo
Pra que um poeta preso
Com tantos ladrões na rua


Sei que não sou marginal
Mas com ciúmes de alguém
Pedi pra fazer o bem
Acabei fazendo o mal
Eu tenho casa e quintal
Portão, cortina e janela
Deixei pra dormir na sela
Com a minha cabeça lesa
Só sabe a cruz quanto pesa
Quem ta carregando ela

Doutor se eu perder o nome
Não acho mais quem me empreste
A minha mulher não veste
Os filhos que tem não come
A minha fama se some
Para nunca mais voltar
Não querendo lhe comprar
Humildemente eu lhe peço
Se puder rasgue o processo
Deixe o poeta cantar

(João Paraibano)

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