JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

terça-feira, 7 de setembro de 2010

VERSOS MAGNÍFICOS

Manoel Lulu entrando no celeiro viu uma rata com filhotes, deu uma pancada e matou um dos filhotes. A rata correu e  se escondeu no mato.Pouco tempo depois,voltou pra buscar o filhote que estava esmagado no chão... Então o poeta vendo a cena fez:

Eu achei a morada d'uma rata
D'uma pancada que dei , ela correu...
Dos ratinhos que tinha um morreu
Ela foi ocultou-se pela mata
Disse eu: de matar ninguém empata
Quem lhe salve da morte aqui não tem
Mas lembrei-me que era pai também
Resolvi lhe deixar na Santa Paz
E jurei a meu Deus que nunca mais
Judiava com filho de ninguém
(Manoel Lulu)

É bonito na terra ensolarada
Um bezerro berrando na porteira
Um vaqueiro no mato na carreira
E se escuta um trupé de uma boiada
Um cabrito na beira da calçada
Uma porca roncando no chiqueiro
Ver dois sapos nadando num barreiro
Um subindo na água outro descendo
O MORMAÇO DO SOL NOS AQUECENDO
E UM BOIATO PASTANDO NO TERREIRO

Mote: Josa Rabêlo
Glosa: Aldo Neves


A SAUDADE INSISTENTE FEZ MORADA

NO BATENTE DA MINHA MORADIA.

(mote: Irason)

Recordar o passado é mergulhar
Nas águas mais profundas da lembrança
Retornar pro meu tempo de criança
E ouvir as cantigas de ninar;
Sentado num pilão eu escutar
Minha avó rezando ave Maria
Debulhando um rosário todo dia
Sem queixa-se de dor ou enfadada
A SAUDADE INSISTENTE FEZ MORADA
NO BATENTE DA MINHA MORADIA.


Parece até que eu estou olhando
Minha mãe remendando o meu calção
A vela da primeira comunhão
Bê-á-bá na escola soletrando;
Vejo pai com cipó me esperando
Pra punir todas as artes que eu fazia
Hoje choro sem sua companhia
Que meu peito soluça e dá pontada
A SAUDADE INSISTENTE FEZ MORADA
NO BATENTE DA MINHA MORADIA.

Glosas: Léo Medeiros

Sobral, 04 de setembro de 2010.

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