JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

domingo, 13 de março de 2011

SEMANA DA POESIA COM JANIO LEITE


Sertanejo se alegra com o roçado
E uma mesa repleta de fartura
Tem pamonha, tem canjica e rapadura
Queijo, Leite, coalhada e milho assado
No curral muito gordo tem seu gado
E se olha para o céu está cinzento
Uma nuvem com água traz sustento
Pra quem tava numa grande agonia
Quando chove no sertão há alegria
É a certeza que teremos alimento

Uma chuva se forma no nascente
O roceiro se anima com a cena
Fala para a mulher sua pequena
Este ano tem fartura para a gente
Só Deus mesmo nosso pai onipotente
Que pra ele fiz até um juramento
Se chovesse e acabasse o sofrimento
Eu rezava uns Pai Nosso e Ave Maria
Quando chove no sertão há alegria
É a certeza que teremos alimento

Cada dia que passa em minha vida
Sinto o tempo afastar você de mim
Se o destino quiser que seja assim
Minha dor vai ser grande e desmedida

No peito se abre uma ferida
Sem achar uma cura pra seu fim
Se é assim que Deus quer, ô coisa ruim
Aceitar essa amarga despedida

Os melhores momentos dessa história
Ficarão para sempre na memória
Pois de ti eu vou sempre recordar 

Consciência eu tenho de não ter
Mas queria pelo menos lhe dizer
Foste o erro que mais gostei de errar.

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