JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

segunda-feira, 11 de abril de 2011

SEMANA DA POESIA COM LEAL RODRIGUES



Está com o fundo rasgado
O saco do querer mais.

Mote: João Paraibano

Vejo com grande tristeza
Que a fome ainda impera
Muitos moram em tapera
Vivem na maior “dureza”
Suas “partes”, com certeza!
Estão nas mãos dos “maiorais”
Que sugam os pobres mortais
Num vendaval aloprado!
Está com o fundo rasgado
O saco do querer mais.

Quando olho pela rua
A criança abandonada
Doente e maltratada
Numa realidade crua
É “responsa” minha e sua,
Nunca é tarde demais
Pra cobrar dos “canibais”
Que se reparta o “bocado”
Está com o fundo rasgado
O saco do querer mais.

É manchete todo dia
A tal da corrupção
Só se vê “caba” ladrão,
Negando a sua autoria
Na maior hipocrisia,
Esses “nobres comensais”
Estupram os ideais,
E o direito consagrado!
Está com o fundo rasgado
O saco do querer mais.

Autor: Lindoval Rodrigues Leal
Porto Velho-RO, 02/07/2008

VOLTEI PRA SENTIR O CHEIRO
DAS TERRAS DO MEU SERTÃO...

(Mote: Jonas de Antônio de Hilário. Enviado por Wellington Vicente)

Depois de diversos anos
Distante do meu lugar
Preparei-me pra voltar
Há muito fazia planos,
Cansei dos centros urbanos
Dessa peregrinação
De muita poluição
Da vida de biscateiro,
Voltei pra sentir o cheiro
Das terras do meu sertão.



Trabalhei como um escravo
Fui servente, fui pedreiro
Minha vida era o “canteiro”
Na luta por um centavo
Na lida, eu fui um bravo
Pra garantir o meu pão
Só tive a decepção
De ganhar pouco dinheiro,
Voltei pra sentir o cheiro
Das terras do meu sertão
Preparei a minha mala
A “passagem”, então comprei
Num “busão” eu embarquei
Direto, sem ter escala
Pois, a saudade que abala
Maltrata meu coração
Sonho em ver o meu torrão
E meu povo hospitaleiro,
Voltei pra sentir o cheiro
Das terras do meu sertão.

Quero ver minha cidade
Pacata, pequena e linda
Ali a viagem, finda
Vai sobrar, felicidade
Dos sonhos de liberdade
Fica aqui uma lição:
Não abandone seu chão
Só com tino aventureiro,
Voltei pra sentir o cheiro
Das terras do meu sertão.

Autor: Lindoval Rodrigues Leal
Porto Velho-RO, 14/08/2008

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