A POESIA
A POESIA não morre,
do verso a força é suprema
E a rima é sangue que corre
Na veia-mãe do poema!
Todo POETA é um louco
Imensamente feliz.
Por muito que diga pouco,
Diz muito o pouco que diz.
Explicar a POESIA,
Ninguém consegue explicar.
É mais pesada que o chumbo,
É leve igualmente o ar ...
É fina como cabelo,
É bela como o luar!
Toca na alma da gente,
Fazendo rir ou chorar ...
Faz a tristeza morrer
E o sonho ressuscitar ...
A POESIA é tão santa
Que, quando um poeta canta,
Deus pára pra escutar!
E,para terminar meu hino,
A POESIA, seu menino,
Como tudo que é divino,
Não dá pra gente pegar ...
Se eu pegasse a POESIA,
De porta em porta eu saia,
Igual um mendigo faz,
Pedindo não, dando esmola,
Tocando a minha viola,
Cantando a CANÇÃO DA PAZ !
Grande poeta DEDÉ MONTEIRO
Sócio fundador da APPTA
14/03/06
A POESIA não morre,
do verso a força é suprema
E a rima é sangue que corre
Na veia-mãe do poema!
Todo POETA é um louco
Imensamente feliz.
Por muito que diga pouco,
Diz muito o pouco que diz.
Explicar a POESIA,
Ninguém consegue explicar.
É mais pesada que o chumbo,
É leve igualmente o ar ...
É fina como cabelo,
É bela como o luar!
Toca na alma da gente,
Fazendo rir ou chorar ...
Faz a tristeza morrer
E o sonho ressuscitar ...
A POESIA é tão santa
Que, quando um poeta canta,
Deus pára pra escutar!
E,para terminar meu hino,
A POESIA, seu menino,
Como tudo que é divino,
Não dá pra gente pegar ...
Se eu pegasse a POESIA,
De porta em porta eu saia,
Igual um mendigo faz,
Pedindo não, dando esmola,
Tocando a minha viola,
Cantando a CANÇÃO DA PAZ !
Grande poeta DEDÉ MONTEIRO
Sócio fundador da APPTA
14/03/06
"No sertão tem vaqueiro que dar grito
No boiato correndo lá na serra
No curral, tem uma cabra que berra
Porque quer amamentar seu cabrito
A natura faz um filme tão bonito
Como mãe generosa e protetora
A maior e melhor das genitora
Que faz tudo e não cobra um tostão
Valorize a cultura do sertão,
Feche as portas da mídia enganadora"
Tem poeta dedilhando sua viola
Um cachorro latindo no terreiro
Tem um galo engordando no chiqueiro
E um pássaro cantando na gaiola
Um menino brincando com sua bola
A galinha da ninhada é protetora
Protegendo da raposa, à predadora
Escondendo os seus pintos no oitão
Valorize a cultura do sertão,
Feche as portas da mídia enganadora
Dê valor ao o homem que é roceiro
Esqueçamos do programa do Gugu
Onde só se exibe corpo nu
E não mostra o poeta violeiro
Reconheça o aboio do vaqueiro
Não se iluda com essas emissoras
Que só bota a dançinha da vassoura
Não se escuta de viola um baião
Valorize a cultura do sertão,
Feche as portas à mídia enganadora”
Acauã num pau seco a cantar
O roceiro com a cena desanima
Fala logo que a chuva vai ser fina
Pensa logo como é que vai lucrar
Esse ano a semente não vai dar
Vou perder quase toda a lavoura
Só Jesus com a chuva salvadora
Nos dá lucro de arroz, milho e feijão
Valorize a cultura do sertão,
Feche as portas à mídia enganadora
Glosas:Jânio Leite
Mote: Josa Rabelo
O poeta Paulo Rabelo estava num casamento em Iguaracy e percebendo a emoção do pai da noiva que não parava de chorar e, tendo o mesmo no jardim da sua casa um ninho de Beija-Flor.
Nesse ninho a Beija-tinha posto dois ovos que não vingaram e, posteriomente, pôs um ovo que vingou e nasceu um pequenino Beija-Flor. Quando a noiva foi saindo de casa, no mesmo momento, o Beija-Flor bateu asas e vou. Neste momento o Poeta Paulo Rabelo fez:
Minha Filha e o Beija-flor
Um beija-flor pequenino
sentou e depois partiu
nem de mim se despediu
adivinhando o destino
de um pai que virou menino
pra ser gigante no fim
o beija-flor fez assim
do quintal da minha casa
partiu levando na asa
mais da metade de mim.
vem de volta, traga aquela
que é minha eterna criança
a minha única esperança
é encontrar tu e ela
eu deixo aberto a janela
pode entrar devagarinho
não lhe faltará carinho
o teu voou terá escolta
tu trazendo ela de volta
meu peito será teu ninho
Um beija-flor pequenino
sentou e depois partiu
nem de mim se despediu
adivinhando o destino
de um pai que virou menino
pra ser gigante no fim
o beija-flor fez assim
do quintal da minha casa
partiu levando na asa
mais da metade de mim.
vem de volta, traga aquela
que é minha eterna criança
a minha única esperança
é encontrar tu e ela
eu deixo aberto a janela
pode entrar devagarinho
não lhe faltará carinho
o teu voou terá escolta
tu trazendo ela de volta
meu peito será teu ninho
mas beija-flor tu marcou
pra sair na mesma hora
se o meu coração chora
é porque nada ficou
bateu a asa e voou
levando minha criança
só me restando a lembrança
de um balanço de rede.
Se meu choro mata a sede
o meu pão é a esperança.
a esperança de ver
meu beija-flor no jardim
minha filha perto de mim
a flor do meu bem querer
ai poderei dizer
que o tempo não foi perdido
depois de me ter trazido
minha filha e o beija-flor
será um bálsamo pra dor
de um coração sofrido.
mas esse é o caminho
toda carne tem seus ossos
nossos filhos não são nossos
dizia Padre Zezinho
os queremos bem pertinho
buscando a felicidade
mais quando chega a idade
temos que cair no laços
dos filhos dando seus passos
em buscar da liberdade.
se o meu coração chora
é porque nada ficou
bateu a asa e voou
levando minha criança
só me restando a lembrança
de um balanço de rede.
Se meu choro mata a sede
o meu pão é a esperança.
a esperança de ver
meu beija-flor no jardim
minha filha perto de mim
a flor do meu bem querer
ai poderei dizer
que o tempo não foi perdido
depois de me ter trazido
minha filha e o beija-flor
será um bálsamo pra dor
de um coração sofrido.
mas esse é o caminho
toda carne tem seus ossos
nossos filhos não são nossos
dizia Padre Zezinho
os queremos bem pertinho
buscando a felicidade
mais quando chega a idade
temos que cair no laços
dos filhos dando seus passos
em buscar da liberdade.
Paulo Rabelo
QUEM NASCE PAJEÚ
TEM O “GEN” DA POESIA
Quem nasce aqui nesta terra
Já nasce um abençoado
Tudo que fala é rimado
Vendo o dia que se encerra
As flores no pé da serra
Verseja de noite e dia
Trazendo mais alegria
Pra um vaqueiro sem lundu
Quem nasce no pajeú
Tem o “Gen” da poesia
Temos vaqueiro valente
Com o cheiro no gibão
Das madeiras do sertão
Quando passa a gente sente
Canta um aboio dolente
Quem escuta se arrepia
Causando uma nostalgia
Pr’àqueles que tão no sul
Quem nasce no pajéu
Tem o “Gen” da poesia
De Diomedes Mariano
A um José Marcolino
Qu’a sua canção é hino
Cantada de ano a ano
Dedé que o mais humano
Lembra Elizeu Ventania
Dos versos que se fazia
Com a inspiração de Xudu
Quem nasce no pajeú
Tem o “Gen” da poesia
A tríade dos Patriota
Que a todos nós encantou
Antonio Marinho Imperou
Louro foi trocadilhota
Nos versos de Jô se nota
Seu lirismo que irradia
O reco-reco da jia
As marcas de um tatu
Quem nasce no pajeú
Tem o “Gen” da Poesia
(Josa Rabelo)
Quem nasce aqui não se cala
Pois aqui na minha terra
Pode não falar de guerra
Mais de poesia fala
Ao em vez de rifle e de bala
Tem a beleza do dia
Da matuta que sorria
Mexendo um tacho de angu
Que nasce no pajéu
Tem o gen da poesia
(Paulo Rabelo)
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