JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

EU NÃO VOU DEVOLVER NÃO!!!

EU NÃO VOU DEVOLVER NÃO
  
Minha resposta aos versos do amigo e poeta Paulo Rabelo “Devolva meu violão” que quer que eu entregue um violão que já não lhe pertence... E aos comentários dos amigos e poetas, Josa Rabelo e Jânio Leite que demonstraram claramente em versos de que lado estavam.

                                                                            
Nunca pensei que meu ato
Fosse causar confusão;
Não sei... Mas sei que de fato
Me apossei-me do violão,
Instrumento afinadinho
O braço e o tampo de pinho
Com um verniz bem reluzente,
Tarraxas, trastes, “carbono”,
Reflexo de que o ex-dono
Zelou cuidadosamente.

Aconteceu de repente
Veio em mim aquele alento,
Quando fiquei frente a frente
Daquele belo instrumento;
Comecei a o dedilhar,
Percebi que o meu cantar
Em seus tons se entrelaçava;
Não sei se sorte ou destino
Só sei que desde menino
Era o som que eu procurava.

Foi mais forte quando estava
Lá em riacho do meio;
Eu tocava, ele externava
Paixão no mais puro enleio,
Sentimentos afloravam,
Poetas se inspiravam,
Mote, tema, rima e glosa;
Cid, Fred, Aldo e Dió
Felipe, Jânio... E que dó
O ex dono e o irmão Josa.

 Por isso caro poeta
Eu não vou devolver não,
A turma será seleta
Pra tocar no violão,
Com certeza um rol de artistas
Cantadores, repentistas,
Nos bares, casas, nas ruas;
Também “bebuns”, mau condutas
Doidos, cegos, prostitutas
Já feriram as cordas suas.

Eu vou cuidar desse pinho
Como uma mãe do seu filho,
Com esmero, zelo e carinho
E ofuscar mais o seu brilho;
Gostei desse violão,
Eu não vou devolver não
Nem adianta implorar;
Poeta Paulo Rabelo
Quando quiseres revê-lo,
Sabes onde me encontrar...    Rssssss
 ( Hércules Nunes)


Eu não vou devolver não
Faço birra e bato o pé,
Quer de volta o violão!
Vem buscar em São José.

5 comentários:

  1. Imagino que o poeta
    Quiz a mágua afogar
    E na ansia de estancar
    A dor que o peito decreta
    Entrou na porta secreta
    Corredor de escuridão
    Queia lhe dar a mão
    Que ela voltasse ao seu ninho
    Mas preciso do meu pinho...
    Devolva meu violão

    Aluisio Lopes, 05-08-2011

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  2. Eu vou ter que apelar

    Pra o gênio Dedé Monteiro

    Diga a Gonga, companheiro

    Que dele vou precisar

    Para sensibilizar

    Outro gênio da canção

    Na persistência do não

    O violão não devolvo

    Me resta chorar de novo

    E comprar outro violão.



    Um forte, abraço e me ajudem.



    Paulo Rabelo.

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  3. Eduardo Rabêlo:

    Entre o dono e o ex-dono
    eu não sei quem tem razão.
    Eu só quero tá presente
    no final da confusão.

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  4. Perguntei tremendo a voz/
    Diga violão amigo/
    Queres voltar pro ex-dono
    /Abandonar seu abrigo/
    Com toda delicadesa/
    Respondeu que tem certeza/
    De que quer ficar comigo.
    Hérculues Nunes

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  5. Perguntei ao instrumento
    Tu quer voltar pra teu dono?
    Ou ficar no novo trono
    Me respondeu no momento
    Não saio desse aposento
    Aqui eu sinto emoção
    No dedilhado da mão
    De quem me toca com Zêlo
    Desculpe Paulo Rabelo
    Eu não quero voltar não

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