JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

SEMANA DOS POETAS (COLETÂNEA DE VERSOS)


Aí certa vez o poeta Dimas Bibiu disse:

Eu não creio em quem faz economia

Passa fome com pena de gastar
Vê um pobre faminto e não lhe dar
Um pedaço do pão de cada dia
Tem dinheiro, tem terra, vacaria
Nega um copo de leite a uma criança
Junta tudo que tem, ainda avança
Pra tomar um pedaço do alheio
Pode até se salvar, mas eu não creio
Só se Deus der um toque na balança!
Do blog Na Cacimba da Poesia

o deitar faço o meu “aquecimento”
Relembrando  uns poemas que eu conheço
De poetas que eu gosto e não esqueço
De usá-los no meu “alongamento”
Faço um “cooper” veloz no pensamento
Sem o risco de ter taquicardia
Meu suor carregado de energia
Pega o verso que eu sonho e o transforma
Pra manter minha mente sempre em forma
Meu esporte é brincar de poesia.

Minha “esteira” é repleta de sonetos

E de versos dos vates do repente.
Eu caminho excitando a minha mente,
Não tropeço em nenhum de seus quartetos.
Não descanso a caminho dos tercetos
Nem enfrento a cruel monotonia
De viver dentro d’uma academia
Me encarando no espelho a cada instante.
Para ter minha mente vicejante,
Meu esporte é brincar de poesia.

Ismael Gaião
Do blog Na Cacimba da poesia

 
Manoel Lulu entrando no celeiro viu uma rata com filhotes, deu uma pancada e matou um dos filhotes. A rata correu e  se escondeu no mato.Pouco tempo depois,voltou pra buscar o filhote que estava esmagado no chão... Então o poeta vendo a cena fez:

Eu achei a morada d'uma rata
D'uma pancada que dei , ela correu...
Dos ratinhos que tinha um morreu
Ela foi ocultou-se pela mata
Disse eu: de matar ninguém empata
Quem lhe salve da morte aqui não tem
Mas lembrei-me que era pai também
Resolvi lhe deixar na Santa Paz
E jurei a meu Deus que nunca mais
Judiava com filho de ninguém
(Manoel Lulu)

É bonito na terra ensolarada
Um bezerro berrando na porteira
Um vaqueiro no mato na carreira
E se escuta um trupé de uma boiada
A galinha em cima da calçada
Uma porca chiando no chiqueiro
Ver dois sapos nadando num barreiro
Um subindo na água outro descendo
O MORMAÇO DO SOL NOS AQUECENDO
E UM BOIATO PASTANDO NO TERREIRO

Mote: Josa Rabêlo
Glosa: Aldo Neves

A SAUDADE INSISTENTE FEZ MORADA
NO BATENTE DA MINHA MORADIA.
(mote: Irason)

Recordar o passado é mergulhar
Nas águas mais profundas da lembrança
Retornar pro meu tempo de criança
E ouvir as cantigas de ninar;
Sentado num pilão eu escutar
Minha avó rezando ave Maria
Debulhando um rosário todo dia
Sem queixa-se de dor ou enfadada
A SAUDADE INSISTENTE FEZ MORADA
NO BATENTE DA MINHA MORADIA.

Parece até que eu estou olhando
Minha mãe remendando o meu calção
A vela da primeira comunhão
Bê-á-bá na escola soletrando;
Vejo pai com cipó me esperando
Pra punir todas as artes que eu fazia
Hoje choro sem sua companhia
Que meu peito soluça e dá pontada
A SAUDADE INSISTENTE FEZ MORADA
NO BATENTE DA MINHA MORADIA.

Glosas: Léo Medeiros
Sobral, 04 de setembro de 2010.

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