JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

domingo, 25 de dezembro de 2011

POETAS DA SEMANA

Eu achei na latada do oitão
Meu pião, a chupeta e minha rede
E num torno que tinha na parede
Vi um quadro de pai e meu irmão
Quando olhei eu senti uma emoção
Que não fui pra chorar, porém chorei
E disse ao velho um umbuzeiro: hoje eu voltei
Quem é velho recorda a mocidade
Encontrei uns pedaços de saudade
No monturo da casa que morei
(Domênico Perazzo)


Do cavalalo de pau, só um pedaço
A burrinca, a peteca e o pião
Os pedaços jogados pelo chão
E a lembrança voando no espaço
O baralho sorte, é eu quem traço
E nem me lembro do dia que tracei
E um umbigo que lá eu enterrei
O cordão só tava uma metade
Encontrei uns pedaços de saudade
No monturo da casa que morei
(Aldo Neves)

Seo Moço escutou isso
Matuto é tão valioso
Quanto um grande estudioso
Muda só o compromisso
E é porque o seu serviço
Não sai em televisor
Mas em compensação senhor
Parece até um insulto
Não tem ensino pra matuto
E sobre estudo pra Doutor

Será que é porque doutor
É quem cuida das doenças
Existe essas diferenças
Pra o pequeno agricultor
Eu lhe asseguro senhor
Adoece quem  não come
Se um matuto sem nome
Não produzir alimento
Digo sem constrangimento
Até doutor passa fome
(Marquinhos da Serrinha)

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