JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

domingo, 15 de abril de 2012

POETAS DA SEMANA


Politiquice (do meu Livro Cara & Coroa.)

O meu sertão é o retrato
Do palco politiqueiro!
Tem do santo candidato
Ao político trapaceiro!
Com respeito aos mais honrados,
Tem uns cabras descarados
De conversinha treinada,
Que se o cabra cochilar,
Quando menos esperar
A calça ta arreada.

Tem uns nó cegos que até
Usam VIC VAPORUB,
Para chorar pro Mané
Antes que ele lhe “derrube”.
O cabra tem tanta pena
Daquela tão triste cena,
Que em vez de algo pedir,
Faz vaquinha até com irmão
Para ajudar o ladrão
Que depois, vai dele rir.

Tem político cachaceiro,
Padre, ladrão, agressor,
Tem traveco, pistoleiro,
Raparigueiro e doutor.
Candidata gostosona,
Filho pegando carona
No nome do pai, saudoso...
Tem político de má fé
Deus me livre, tem até
“Político mentiroso”!

Convites pra almoço e sopa,
Pra rezas e aniversário.
Aí é um lava roupa,
Dos podres do adversário.
Político sendo envolvente,
Descobre tanto parente
Na véspera da eleição,
Arruma tanta comadre
Que nem precisa de padre
Pra batizar um cristão!

Aí desce a matutada
Fazendo aquele “arrastão”,
Uns gritam: Olhe a lapada!
Outros dizem: Sai ladrão!
Tem tanto eleitor doente
Que com bem pouquinha gente,
Diz: Foi o arrastão maior
Que teve nesta cidade!
Outros dizem: nem metade
Do nosso, que foi melhor!

Chega o dia da eleição!
Cidade de duas cores,
Provocações, divisão,
Corre-corre de eleitores.
Chaleirado e molha-mão,
Briga em fila e empurrão
São as cenas principais.
E no fim do dia, o show
Pra festejar quem ganhou
E chatear os rivais.

Depois da grande vitória,
Aí vem a divisão
Dos cargos de quem na glória
Levou nome de ladrão.
Um dúzia, na vantagem
Por ser fiel a ramagem
Ganham cargos maiorais.
E o resto do povo, enfim
Se o prefeito for ruim
Só ganham mesmo é pra trás.

Na época que a romaria
Do Padin Ciço começa,
Tem candidato em valia
Tudo pagando promessa.
Brigando com o eleitor
Por ter-lhe feito o “favor”,
Da promessa feita e pronta.
Depois de eleito diz:
Ô eleitor infeliz,
Faz a dívida eu pago a conta!
 
VERSOS DE MARIANA TELES

Mesmo sem sono eu preciso,
Sentir o cheiro da cama
Dormir beijando o retrato
Do homem que inda me ama
Sentindo o cheiro do mato
Do chão de Tuparetama
Quando o telefone toca,
Que a música é diferente
Meu coração de menina
Quase desaba na frente
Que coração de poeta
Só faz o que o dono sente.
É no amor de nós dois,
Que eu toda vez me comovo,
Meu coração não escuta
Nem a razão nem ao povo
É por isso que eu lhe digo
Que toda vez que eu desligo
Já quero ligar de novo
De vez em quando inda rola,
Um flach back da gente,
Que quando eu digo que não,
Não é NÃO que o peito sente
E quando a gente termina
Tem que voltar novamente.
Em busca de novas eras
E horizontes afins
Irei criar meus jardins
O  cosmos e suas esferas
Pinto os pulos das panteras
Pinto um aboio bonito
Do Acauã o seu grito
Da criança a alegria
Com o Pincel da Poesia
Pinto o Painel do Infinito

Eu pinto a cor da Paixão
Pinto olhar apaixonado
Eu pinto o sertão molhado
A ave de arribação
O gado na apartação
Da religião o rito
Pinto Lula, o meu Mito
Pinto o sol que irradia
Com o Pincel da Poesia
Pinto o Painel do Infinito

 Pinto um drible de Neimar
A elegância de Didi
O andar do Jabuti
A águia no seu plainar
O canto do Sabiá
Meu São José do Egito
Pinto, escrevo e acredito
Na intersecção de Maria
Com o Pincel da Poesia
Pinto o Painel do Infinito
(Mote e Glosas de Josa Rabelo)

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