Ao político trapaceiro!
Com respeito aos mais honrados,
Tem uns cabras descarados
De conversinha treinada,
Que se o cabra cochilar,
Quando menos esperar
A calça ta arreada.
Tem uns nó cegos que até
Usam VIC VAPORUB,
Para chorar pro Mané
Antes que ele lhe “derrube”.
O cabra tem tanta pena
Daquela tão triste cena,
Que em vez de algo pedir,
Faz vaquinha até com irmão
Para ajudar o ladrão
Que depois, vai dele rir.
Tem político cachaceiro,
Padre, ladrão, agressor,
Tem traveco, pistoleiro,
Raparigueiro e doutor.
Candidata gostosona,
Filho pegando carona
No nome do pai, saudoso...
Tem político de má fé
Deus me livre, tem até
“Político mentiroso”!
Convites pra almoço e sopa,
Pra rezas e aniversário.
Aí é um lava roupa,
Dos podres do adversário.
Político sendo envolvente,
Descobre tanto parente
Na véspera da eleição,
Arruma tanta comadre
Que nem precisa de padre
Pra batizar um cristão!
Aí desce a matutada
Fazendo aquele “arrastão”,
Uns gritam: Olhe a lapada!
Outros dizem: Sai ladrão!
Tem tanto eleitor doente
Que com bem pouquinha gente,
Diz: Foi o arrastão maior
Que teve nesta cidade!
Outros dizem: nem metade
Do nosso, que foi melhor!
Chega o dia da eleição!
Cidade de duas cores,
Provocações, divisão,
Corre-corre de eleitores.
Chaleirado e molha-mão,
Briga em fila e empurrão
São as cenas principais.
E no fim do dia, o show
Pra festejar quem ganhou
E chatear os rivais.
Depois da grande vitória,
Aí vem a divisão
Dos cargos de quem na glória
Levou nome de ladrão.
Um dúzia, na vantagem
Por ser fiel a ramagem
Ganham cargos maiorais.
E o resto do povo, enfim
Se o prefeito for ruim
Só ganham mesmo é pra trás.
Na época que a romaria
Do Padin Ciço começa,
Tem candidato em valia
Tudo pagando promessa.
Brigando com o eleitor
Por ter-lhe feito o “favor”,
Da promessa feita e pronta.
Depois de eleito diz:
Ô eleitor infeliz,
Faz a dívida eu pago a conta!
VERSOS DE MARIANA TELES
Mesmo sem sono eu preciso,
Sentir o cheiro da cama
Dormir beijando o retrato
Do homem que inda me ama
Sentindo o cheiro do mato
Do chão de Tuparetama
Sentir o cheiro da cama
Dormir beijando o retrato
Do homem que inda me ama
Sentindo o cheiro do mato
Do chão de Tuparetama
Em busca de novas eras
E horizontes afins
Irei criar meus jardins
O
cosmos e suas esferas
Pinto os pulos das panteras
Pinto um aboio bonito
Do Acauã o seu grito
Da criança a alegria
Com o Pincel da Poesia
Pinto o Painel do Infinito
Eu pinto a cor da Paixão
Pinto olhar apaixonado
Eu pinto o sertão molhado
A ave de arribação
O gado na apartação
Da religião o rito
Pinto Lula, o meu Mito
Pinto o sol que irradia
Com o Pincel da Poesia
Pinto o Painel do Infinito
Pinto um drible de Neimar
A elegância de Didi
O andar do Jabuti
A águia no seu plainar
O canto do Sabiá
Meu São José do Egito
Pinto, escrevo e acredito
Na intersecção de Maria
Com o Pincel da Poesia
Pinto o Painel do Infinito
(Mote e Glosas de Josa Rabelo)
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