JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Amargas doces lembranças.

Quando me sento e relaxo
Depois dos meus afazeres
Recordo meu bom Riacho.
E meus pequenos prazeres
Minhas jogadas de bola
Na quadra da minha escola
Nos dias de minha infância
Eu naquela tenra idade
Não sabia que saudade
Rimava bem com distância.

Lá em casa não havia

Nenhuma comodidade
Não tinha água encanada
E nem eletricidade.
Chegava meu pai cansado
Depois de ter caminhado
A pé uma légua e meia
Ele de mãos calejadas
Das lutas e empreitadas
E nós de barriga cheia.

E minha mãe dividida

Entre a casa e o roçado
Também de corpo cansado
Das duras lutas da vida
Quando o coração sangrava
No peito dela sobrava
Espaço exclusivamente
Pra dispensar as maldades
Sepultar suas saudades
E ainda amar a gente.

Por isso é que sou feliz

Sei que pouca gente sabe
Este meu verso não diz
O que no meu peito cabe
Mas, se eu gosto de mim
E se sou feliz assim
É porque nasci cercado
No meu pequeno recanto
De dengo por todo canto
E amor por todo lado.


Brás.
 

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