Quando me sento e relaxo Depois dos meus afazeres Recordo meu bom Riacho. E meus pequenos prazeres Minhas jogadas de bola Na quadra da minha escola Nos dias de minha infância Eu naquela tenra idade Não sabia que saudade Rimava bem com distância.
Lá em casa não havia Nenhuma comodidade Não tinha água encanada E nem eletricidade. Chegava meu pai cansado Depois de ter caminhado A pé uma légua e meia Ele de mãos calejadas Das lutas e empreitadas E nós de barriga cheia.
E minha mãe dividida Entre a casa e o roçado Também de corpo cansado Das duras lutas da vida Quando o coração sangrava No peito dela sobrava Espaço exclusivamente Pra dispensar as maldades Sepultar suas saudades E ainda amar a gente.
Por isso é que sou feliz Sei que pouca gente sabe Este meu verso não diz O que no meu peito cabe Mas, se eu gosto de mim E se sou feliz assim É porque nasci cercado No meu pequeno recanto De dengo por todo canto E amor por todo lado.
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