UM BOI MAGRO CAMBALEIA
NO CORREDOR DA BEBIDA
MOTE: VANJA RODRIGUES
Onildo Barbosa Repente
ANDA PELAS CORRUTELAS
NAS VEREDAS ESPINHOSAS
COM PASSADAS VAGAROSAS
ULTRAPASSANDO AS CANCELAS
A GENTE CONTA AS COSTELAS
NA CARCAÇA DESNUTRIDA
CADA JUNTA, UMA FERIDA
DE SE DEITAR NA AREIA
UM BOI MAGRO CAMBALEIA
NO CORREDOR DA BEBIDA.
A cabeça na estaca
Mostra a dor que hoje sinto
Onde um bezerro faminto
Morreu, só ficou a vaca
Andando em gume de faca
Amargando o fim da vida
Onde essa seca atrevida
Um grão de fome semeia
Um boi magro cambaleia
No corredor da bebida.
-Henrique Brandão-
Nenhum comentário:
Postar um comentário