JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

quarta-feira, 13 de março de 2013

VERSOS DO DIA

É tão grande o sofrimento
Que não dá pra descrever
É preciso ir lá pra ver
Gado morrendo ao relento
Além da fome, sedento
E o seu dono impotente
Também vira um indigente
Onde ninguém lhe ampara
A seca mostrando a cara
E a fome rindo da gente.

O relâmpago se escondeu
Silenciou o trovão
A umidade do chão
também desapareceu
A esperança morreu
E ao ver o sol nascente
como dragão insolente
suas centelhas dispara
a seca mostrando a cara
e a fome rindo da gente.

É um filme de terror
Mas a cenas são reais
Carcaças de animais
Numa terra sem vigor
Gemidos de quem tem dor
Mas sem dizer o que sente
Ao ver a morte de frente
Bem na ponta de uma vara
A seca mostrando a cara
E a fome rindo da gente.

Mote de: Josa Rabelo
Glosa: Pedro Fernandes -- 13/03/2013.

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