JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

domingo, 15 de dezembro de 2013

POETAS DA SEMANA

Uma homenagem à Família do inesquecível Severino Nascimento, que tive a honbra e o privilégio de conhecê-lo e vê-lo trabalhar embaixo do juazeiro retratado nos versos a baixo...

VERSOS CEDIDOS POR ARY DA FARMÁCIA.



Misturando madeira, ferro e aço
Fez canzil, canga e carro para bois
Com um braço fazia pelos dois
Por não ter a ajuda do outro braço
Assim mesmo curvava o espinhaço
Ao som do machado barulhento
Mediu peça, serrou, deu polimento
Atendendo a exigência do carreiro
Quando Deus precisou de um carpinteiro
Foi buscar Severino Nascimento.

Teve o sonho infantil desmoronado
Pela falta do braço um prejuízo
Mas guardava um desenho no juízo
Para cada modelo encomendado
Levou corte de gume de machado
Botou pó de café no ferimento
Teve um banco de angico como assento
Pediu sobra emprestada ao juazeiro
Quando Deus precisou de um carpinteiro
Foi buscar Severino Nascimento

Teve a vista pesada a mão maneria
Calejada do cabo da enxó
E o nariz sufocado pelo pó
Extraído da casca de aroeira
Desenhava uma peça na madeira
Só usado o painel do pensamento
Teve calos na mão por documento
Conhecia a madeira pelo cheiro
Quando Deus precisou de um carpinteiro
Foi Buscar Severino Nascimento.

(João Paraibano)

Versos Magnificos do,Magnifico Cardeal da Poesia, Poeta Lima Junior.

Por solicitação do Poeta Josemar Rabelo e de Ari da Farmácia, no mote de Bio Gomes escrevi:

Vejo a sombra da noite se esvaindo
E o sol dando a terra novas cores,
Vejo folhas dançarem juntos as flores
Com o peso do orvalho já caindo.
Uma réstea de um galho se bulindo
Desenhar mil imagens (que nem sente)
Suas folhas varrendo o ambiente
Numa valsa dançada com grandeza.
Todo dia o pincel da natureza
Emoldura um cenário diferente.

Uma nuvem rasgando acinzentada
Peneirando um riacho de esperança
E um vento passar fazendo trança
Na folhagem do milho da baixada.
A galinha cobrindo a pintarada
Num recanto da porta do poente
E um balde que posto no batente
Da biqueira retém a correnteza.
Todo dia o pincel da natureza
Emoldura um cenário diferente.

A cabocla na beira de um barreiro
Com a bota de lama na canela
E uma saia molhada que revela
O desenho das ancas, com seu cheiro.
Traz o um pote de água pro terreiro
Do oitão evitando o lado quente
Pra mais tarde após o sol ausente
Sob a lua banhar sua beleza.
Todo dia o pincel da natureza
Emoldura um cenário diferente.

Até mesmo o breu da noite escura
Cintilando fagulha em céu profundo
Não nos diz quão profundo que é o mundo
No alcance que a vista configura.
Uma estrela cadente se aventura
Deslizando no céu, passa silente.
Qual se fosse um flash pertinente
Com que Deus fotografa a singeleza.
Todo dia o pincel da natureza
Emoldura um cenário diferente.

Lima Júnior

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