JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

domingo, 2 de março de 2014

POETA DA SEMANA

Deixo tudo ao partir, não levo nada
Do que um dia te dei, és merecida!
Tuas juras quebradas são os cacos
Que restaram de nós, na despedida.
Mas, preciso demais na ocasião,
Que devolvas meu pobre coração
Que eu preciso voltar pra minha vida!

Lima Júnior
 
Dayane Rocha
O céu fica mais bonito
Quando uma chuva anuncia
As nuvens ficam pesadas 
A terra fica mais fria 
Depois escuto um trovão 
E o "relampo" faz clarão
Sem precisar de energia
.
Dayane Rocha
Relembro com perfeição
Quando dominó jogava 
Não tinha a pedra da vez 
Mas, mesmo assim não passava 
Roubava quando podia 
Botava um gato e ganhava.

Nada a ver comigo...

Foram tantos efêmeros amores
E paixões suicidas no meu peito,
Que findei misturando tais sabores
E até meu paladar perdeu o jeito...
Vi o meu coração inflado e frio,
Que apesar do volume era vazio
Mesmo o caos do amor sendo inquilino.
E onde nasceram dúzias de paixões,
Hoje é só um sepulcro de ilusões 
Onde habita o fantasma do destino.

Lima Júnior

Jesus me deu dez saudades
Eu lhe disse tudo bem
Dê nove, fique com uma
Que todas não me convém
Mas eu caí na besteria
Não dividi com ninguém
(Antonio Pereira).


Rsrsrs má fama da peste!

Só queria saber quem teve a manha
De inventar que eu sou um pegador
Se eu já nem sei mais qual o sabor
De um beijo na hora que se ganha.
Minha boca criou teia de aranha
De esperar, sem saber se algum dia,
Vou sentir novamente a alegria
Exclusiva, de um amor nada banal.
“Sem AVAL, de amor de carnaval
Eu espero um amor, sem fantasia!”

Lima Júnior

TRAGA UM LITRO PRA MIM, POR GENTILEZA
UMA COCA, UM LIMÃO, UM COPO MÉDIO
PORQUE QUERO MATAR ESSE MEU TÉDIO
DEBRUÇADO NAS BORDAS DESTA MESA
NÃO ME TRAGA LINGUIÇA CALABREZA
POIS SÓ "CANA" ME ACALMA O CORAÇÃO
SE SOBRAR, GUARDE A COCA E O LIMÃO
QUE AMANHÃ VOU BEBER DO MESMO TANTO
TODA MESA DE BAR CONHECE O QUANTO
É DIFÍCIL VIVER NA SOLIDÃO!

Lenelson Piancó


COMO DEFINIR JOÃO PARAIBANO? MAGNÍFICO? EXTRAORDINÁRIO? MAGNÂNIMO?
INCRÍVEL? POETA INIGUALÁVEL? 
QUAL A DEFINIÇÃO DE JOÃO PARAIBANO, VENDO VERSOS COMO ESSES, CEDIDOS POR ARY DA FARMÁCIA:

ONDE UMA MANTA DE CELA
GUARDA DO VAQUEIRO O NOME
VÊ-SE UMA GARÇA FAMINTA
QUE HÁ VÁRIOS DIAS NÃO COME
VELANDO UM CORPO DE UM BOI
QUE A SECA MATOU DE FOME.

NA MESA QUE UM RICO COME
SE NUTRINDO, SEM NUTRIR
VÊ-SE O PÃO QUE A MÃO COVARDE
ESQUECEU DE DIVIDIR
COM QUEM DESMAIOU DE FOME
QUANDO CANSOU DE PEDIR.
(JOÃO PARAIBANO)

EITA JOÃO PARAIBANO GRANDE D'GOTA!

VERSO CEDIDO POR ARY DA FARMÁCIA:

TODO DIA NA DORMIDA
UM PESADELO ME ABRAÇA
MEU CABELO QUE ERA PRETO
FICOU DA COR DE FUMAÇA
FICOU BRANCO APÓS OS TRINTA
EU NÃO QUIS PINTAR COM TINTA
O TEMPO PINTOU DE GRAÇA.
(JOÃO PARAIBANO)
Parte superior do formulário


Bom dia com Ary da Farmácia!!

"Cabaré triste recanto
Onde há festa todo dia
Reinando falsa alegria
Misto de alegria e pranto
Onde tudo é por enquanto
Como preço de leilão
Aonde o bom coração
De pernoitar tem receio
CABARÉ CORTIÇO CHEIO
DE ABELHAS DA PERDIÇÃO.

MOTE: RAIMUNDO ASFORA
GLOSA: GREGÓRIO MENEZES


Desfalece o sol e o céu parece
Um altar reservado pra Maria
Bem distante uma nuvem vela o dia
No silêncio enlutado de uma prece. 
Deus visita o casebre e permanece
Quando a fé de quem ora, tem verdade
Toda casa é altar de santidade
Pra quem curva o joelho diante o Pai.
Cai a tarde, o sol desce, o dia vai
Nasce a noite no colo da saudade.

Paira a fé no olhar da rezadeira,
Que desfia o rosário conta a conta,
E num velho vaqueiro que desmonta
Do cavalo, bem perto da cocheira.
A fumaça da velha carvoeira
Sobe ao céu procurando eternidade
E uma vela queimada na metade
Se desgasta na “fé”, some e não cai.
Cai a tarde, o sol desce, o dia vai
Nasce a noite no colo da saudade.

Poeta Lima Júnior

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