JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

terça-feira, 11 de novembro de 2008

SER

LEIA COM ATENÇÃO E REFLITA.
Ser

Não vale o que temos, nem o que sabemos, nem o que fazemos: vale o que somos.
Ser é a essência do indivíduo.
Um vaso pode ter moedas de ouro, pode fazer vista por sua beleza, mas ser barro ordinário. Outro pode estar enlameado, sujo e amassado,e, no entanto, ser de ouro puríssimo.
Inegável que o segundo vale mais que o primeiro.
Jamais esqueçamos que Herodes era rei, e Jesus, carpinteiro.
Que Nero era imperador e Paulo, prisioneiro.
Não é parecer, tampouco. Não é a opinião dos outros: é o que somos em nosso mais íntimo mundo espiritual.
Nem é o que ainda sentimos em nós, pois este sentimento, ao passar pelo eu inferior, pode transmudar-se em orgulho, banhar-se em nosso convencimento, enfeitar-se com a nossa vaidade e ficar totalmente retorcido.
Confesso que não saberia estabelecer um modo de sabermos o que o que somos, mesmo porque não há juiz em causa própria. Qualquer autojulgamento pode ser errôneo, ou, pelos menos, falho.
Mas talvez possamos ir, sabendo se estamos ficando melhores:
• Se verificamos que aquele constrangimento que sentíamos de um antigo adversário já está desaparecendo, dando lugar a uma simpatia tão franca e aberta como quando estamos diante de um amigo de longos anos;
• Se formos verificando que aqueles pensamentos que outrora surgiam em nossa mente diante de certas criaturas estão modificando e agora parecem pensamentos de santidade e piedade.
• Se aos poucos comprovamos que, diante da diabrura de uma criança, não mais sentimos aquela irritação antiga, mas, antes, nossa compreensão é mais clara e risonha, e sentimo-nos felizes com a felicidade da inocência;
• Se lentamente descobrimos que, ao darmos um escorregão, não mais somos assomados por aborrecimento, irritação ou raiva, mas que um sorriso espontâneo e sincero de bondade nos aflora aos lábios, vindo do coração;
• Se dia a dia percebermos que diante das coisas mundanas não nos emocionamos mundanamente, mas sentimos divinamente em nós a comoção do amor divino, através do mundo de Deus;
• Se suavemente notarmos que realmente nada somos e nada sabemos, e que tudo o que temos nós o recebemos do alto, como dádiva generosa; sabendo colocar-nos diante das coisas na posição exata, sem ressentir-nos quando formos passados para trás;
• E, finalmente, se aprendermos a receber injúrias e calúnias com a serenidade com a qual ouvimos um cão preso ladrar contra nós, não dando a menor importância, porque nada nos atinge.

E tudo se o verificarmos sem envaidecer-nos, isto é, sem que nos julguemos humildes...


(Autor desconhecido)

Do: amigo de vocês: JOSA RABÊLO