“Poeta, cante o que sinto,
Que sinto e não sei cantar”
Poeta, faça um favor,
Pois não “tô” mais agüentando,
Meu peito está sufocando,
Mergulhado numa dor.
Escreva um verso de amor
Pra quem quis me abandonar
Ela – meu primeiro par –
Eu, fui dela, o quarto ou quinto...
“Poeta cante o que sinto,
Que sinto e não sei cantar”!
Cante as noites que passei
Em claro pensando nela.
Descreva a boquinha dela,
Que por ventura beijei.
Cante as frases que deixei
Infindas ao gaguejar...
Só você sabe rimar
meu pecado e meu instinto.
Poeta, cante o que sinto,
Que sinto eu não sei cantar.
Sempre tive uma saudade
Encravada no meu peito,
E não consigo direito
Descrevê-la de verdade...
Até que tenho vontade
De escrever pra me expressar,
Mas só sei desabafar
Numa dose de absinto.
Poeta, cante o que sinto,
Que sinto e não sei cantar.
Cante as dores que padeço
Sem dividir com ninguém;
Cante a dor de querer bem
A quem não me tem apreço;
Cante pra ver se eu esqueço,
De quem só vivo a lembrar;
Cante que eu só sei chorar
E quando choro não minto.
Poeta cante o que eu sinto,
Que sinto e não sei cantar.
Poeta, o que eu mais queria
Era possuir teu dom,
Pois deve ser muito bom
Transformar dor em poesia...
Cante, pra minha alegria
Algo pr’eu acreditar
Que meu bem irá voltar
Pro nosso antigo recinto.
Poeta, cante o que sinto,
Que sinto e não sei cantar
Descreva meu coração
-Nas muitas dores que sofre-
Sendo atualmente um cofre
De armazenar solidão...
Cante sua frustração
E seu eterno penar:
Com muito amor para dar,
No entanto de amor faminto.
Poeta, cante o que sinto,
Que sinto e não sei cantar.
AMO, mas não sou amado;
LEMBRO, mas fui esquecido;
VIVO, mas é mal vivido;
SONHO, mas não sou sonhado;
SOFRO, mas sofro calado,
Por não saber versejar...
Se a minha dor lhe inspirar,
Faça um verso, que eu consinto
Poeta, cante o que sinto,
Que sinto e não sei cantar
Poeta, estou me sentindo
Como um peixe fora d'água,
Cheio de angústia e de mágoa
Com essa dor me oprimindo...
Vejo a vida se exaurindo
E se isso continuar,
Posso me considerar
Um animal quase extinto.
Poeta, cante o que sinto,
Que sinto e não sei cantar.
Meu poeta, eu lhe prometo
Não ficar lhe aperreando,
Mas só e somente quando
Você fizer um soneto,
Quem sabe até um terceto...
Você pode me ajudar!
Faça um verso pra me dar,
Nem que seja bem sucinto,
Poeta, cante o que sinto,
Que sinto e não sei cantar!
Cante de modo ordenado
Minhas muitas desventuras.
As eternas amarguras
Pelas quais tenho passado...
De modo simplificado,
Cante, em verso, o meu penar.
Cante num tom singular,
Sutil, pacato e distinto...
Poeta, cante o que sinto,
Que sinto e não sei cantar.
Nesse mote em sete, começa Vinícius Gregório e eu pego a deixa.
Que sinto e não sei cantar”
Poeta, faça um favor,
Pois não “tô” mais agüentando,
Meu peito está sufocando,
Mergulhado numa dor.
Escreva um verso de amor
Pra quem quis me abandonar
Ela – meu primeiro par –
Eu, fui dela, o quarto ou quinto...
“Poeta cante o que sinto,
Que sinto e não sei cantar”!
Cante as noites que passei
Em claro pensando nela.
Descreva a boquinha dela,
Que por ventura beijei.
Cante as frases que deixei
Infindas ao gaguejar...
Só você sabe rimar
meu pecado e meu instinto.
Poeta, cante o que sinto,
Que sinto eu não sei cantar.
Sempre tive uma saudade
Encravada no meu peito,
E não consigo direito
Descrevê-la de verdade...
Até que tenho vontade
De escrever pra me expressar,
Mas só sei desabafar
Numa dose de absinto.
Poeta, cante o que sinto,
Que sinto e não sei cantar.
Cante as dores que padeço
Sem dividir com ninguém;
Cante a dor de querer bem
A quem não me tem apreço;
Cante pra ver se eu esqueço,
De quem só vivo a lembrar;
Cante que eu só sei chorar
E quando choro não minto.
Poeta cante o que eu sinto,
Que sinto e não sei cantar.
Poeta, o que eu mais queria
Era possuir teu dom,
Pois deve ser muito bom
Transformar dor em poesia...
Cante, pra minha alegria
Algo pr’eu acreditar
Que meu bem irá voltar
Pro nosso antigo recinto.
Poeta, cante o que sinto,
Que sinto e não sei cantar
Descreva meu coração
-Nas muitas dores que sofre-
Sendo atualmente um cofre
De armazenar solidão...
Cante sua frustração
E seu eterno penar:
Com muito amor para dar,
No entanto de amor faminto.
Poeta, cante o que sinto,
Que sinto e não sei cantar.
AMO, mas não sou amado;
LEMBRO, mas fui esquecido;
VIVO, mas é mal vivido;
SONHO, mas não sou sonhado;
SOFRO, mas sofro calado,
Por não saber versejar...
Se a minha dor lhe inspirar,
Faça um verso, que eu consinto
Poeta, cante o que sinto,
Que sinto e não sei cantar
Poeta, estou me sentindo
Como um peixe fora d'água,
Cheio de angústia e de mágoa
Com essa dor me oprimindo...
Vejo a vida se exaurindo
E se isso continuar,
Posso me considerar
Um animal quase extinto.
Poeta, cante o que sinto,
Que sinto e não sei cantar.
Meu poeta, eu lhe prometo
Não ficar lhe aperreando,
Mas só e somente quando
Você fizer um soneto,
Quem sabe até um terceto...
Você pode me ajudar!
Faça um verso pra me dar,
Nem que seja bem sucinto,
Poeta, cante o que sinto,
Que sinto e não sei cantar!
Cante de modo ordenado
Minhas muitas desventuras.
As eternas amarguras
Pelas quais tenho passado...
De modo simplificado,
Cante, em verso, o meu penar.
Cante num tom singular,
Sutil, pacato e distinto...
Poeta, cante o que sinto,
Que sinto e não sei cantar.
Nesse mote em sete, começa Vinícius Gregório e eu pego a deixa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário