JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

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quarta-feira, 9 de maio de 2012

SECA!!!!

Nordeste vive pior seca dos últimos 30 anos



O quadro é de desolação no semiárido nordestino, que enfrenta a pior seca dos últimos 30 anos – desde a dificuldade de água para beber à destruição de plantações e perda de animais. São 525 municípios em estado de emergência.
Em Pernambuco, são 70 os municípios que vivenciam problemas já expressos em alguns números da Secretaria Estadual de Agricultura: na maioria desta área a redução das chuvas foi em média de 75% – chegando até 92% em alguns – e a maioria dos açudes localizados no sertão está com 30% da sua capacidade. A falta de chuva provocou a perda de 370 mil toneladas de grãos. Nos cem primeiros dias deste ano, o número de animais vendidos para fora do Estado é 73% maior que o do mesmo período do ano passado.
“Os criadores, a maioria deles pequenos, estão se desfazendo dos seus animais porque falta ração, falta capim, falta sorgo”, afirma o secretário estadual de Agricultura e presidente do Comitê Integrado de Combate à Seca de Pernambuco, Ranílson Ramos que prevê dificuldade de recomposição do rebanho depois da estiagem, já que as fêmeas de boa linhagem têm sido comercializadas para o Pará e Maranhão.
Nem todos os criadores, no entanto, têm a sorte de conseguir vender seus animais. “É uma tristeza a gente ver os agricultores de pequenos sítios da área rural de Águas Belas pegarem seus bichos já muito magros para levar para as feiras na cidade e voltarem para casa com os mesmos animais”, afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Águas Belas, no sertão pernambucano, André de Santana Paixão. Com 33 anos, André só se lembra de ter visto secas tão fortes em 1983 e em 1998.
Ele reforça o que diz o governo: pelo menos por enquanto a população atingida pela seca não passa fome. “Passa necessidade” afirma ele. O Bolsa Família chega para 850 mil famílias no agreste e no sertão. Os carros pipas – única fonte de abastecimento d’água – voltaram a povoar a região semiárida. Ranílson Ramos afirma que o Estado precisa de 1,5 mil deles para atender as comunidades afetadas pela falta d’água. Por enquanto, são 1,1 mil rodando pela região – 600 deles do governo estadual e o restante do Exército e de prefeituras.
Os recursos anunciados pelo governo federal para minorar a agonia dos que vivem no semiárido nordestino – de liberação de crédito ao Bolsa Estiagem – ainda não se concretizaram. Organizados pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Pernambuco (Fetape), sindicatos têm mobilizado pequenos agricultores em protestos exigindo rapidez na efetivação das medidas e a participação da sociedade civil nos comitês de combate à seca.
Fonte: Agência Estado

Um comentário:

  1. A natureza
    Vejo de longe o nosso sertão viver mais um dos momentos crítico neste ano. A seca que mostra que veio com força para se tornar uma das maiores dos tempos modernos. A mãe natureza manda os seus recados e cabe a todos nós entendemos o que ela tem para nos dizer.
    Nosso nordeste tem essa peculiaridade e todos os anos que temos uma grande seca a maioria dos municípios do nordeste fica flagelados. No entanto, mesmo em secas menos intensas, muitos municípios padecem e sofrem. E o que fazem as autoridades? O que discutem sobre o assunto. É, dá pra sentir a dor, o sofrimento e a clareza daquelas pessoas de continuar como estão. E muitas vezes nada é feito, ninguém debate nada. As lideranças se calam, pois a seca dá bons rendimentos eleitorais para eles. A calamidade pública permite que as compras sejam feitas sem licitações e os cartões do governo darão importante impulso aos que irão disputar eleições seguintes. Este ano, da mesma forma, teremos eleições e muitas lideranças de vários partidos políticos festejam as vantagens que estão tendo com a seca. Enquanto eles comemoram em suas casas de luxo, nas capitais dos seus estados os ganhos que estão tendo, as pessoas sofrem, morrem e perdem a esperança de viverem em seus municípios e cidades atingida pela seca que a mãe natureza não explica.
    Será que é isso que queremos? Será que dessa forma construiremos um novo estado? Será que não debater de frente os problemas da seca não está nos planos dos nossos políticos? Deixo essas perguntas para que possamos refletir sobre esse problema, que é grave, mais é de origem natural, e cabe a nós, enquanto seres humanos, tratamos a mãe natureza com o devido respeito.
    João Leite Sobrinho
    Tuparetamense

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