JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

terça-feira, 23 de outubro de 2012

POETA REVERENDO BRÁS IVAN

A segunda da série.
Um "arrombar de barreiro
O fim de um longo jejum
As ramas de jerimum
Ameaçando o terreiro
Boiada num atoleiro
Feijao baixando o valor
E um atravessador
Sem ganhar mais um tostao.
SO PARECE MEU SERTAO
QUANDO O ANO È CHOVEDOR.

Nas casas dos camponeses
"paiò" de milho guardado
Sertanejo emocionado
Porque lucrou duas vezes
Um vaqueiro vendo as reses
Mudar de carne e de cor
Pensa: "Deus curou a dor
Das feridas do verao.
SO PARECE MEU SERTAO
QUANDO O ANO È CHOVEDOR.

Trovoes como um estribilho
Que hà tempos nao se escutava
As ramas finas da fava
Enrolando o pé de milho
Matuto fazendo filho
Sem se lembrar que o doutor
Lhe tinha dito: "O senhor
Nao tem idade mais nao".
SO PARECE MEU SERTAO
QUANDO O ANO È CHOVEDOR.

Bras.

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