JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

sábado, 20 de outubro de 2012

RIO PAJEÚ

Pajeú Imortal
 

Rio lendário dos grandes menestréis
O berçário do reino da poesia,
Onde os versos são flores que extasia
Das violas aos folhetos de cordéis.
Os poetas são mestres bem fiéis
Decantando teu reino de beleza
Onde a força da grande natureza
É mostrada nos versos de improviso
Expressando do peito um paraíso
Revestido de grande realeza.

Tuas águas escorrem o sentimento
Dos poetas bucólicos, campestres,
Velhos vates são pássaros silvestres,
Que no verso faz nobre sacramento.
Cantadores fizeram um juramento
De jorrar a beleza no teu leito
Onde a fonte cristal que tem no peito
Nunca seca a corrente da poesia
Transbordando com cantos e magia
As ribeiras com o verso mais perfeito.

Sempre vejo nas margens verdejantes
Lindos bandos das aves cantadeiras
Disputando um cantinho nas ribeiras
Pra beberem os poemas fulgurantes.
As juremas com galhos tremulantes
São os ecos de antigas cantorias
Beija-flores carregam com magias
Os segredos dos versos delicados;
Os orvalhos dos cantos mais sagrados
Cintilantes com tons de sinfonias.

Imortal, nobre “Pajeú das Flores”,
Tua história foi feita de poesia
No teu leito transborda a melodia
Das cantigas dos mestres cantadores.
Os poetas são plácidos pintores
Desenhando teu curso na história
Registrando nos cantos a memória
Com os traços sutis do sentimento
Te fazendo gigante monumento
Onde os versos enfeitam tua glória.

Gilmar Leite

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