JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

domingo, 27 de outubro de 2013

POETAS DA SEMANA

VERSO DO FACE E POESIA

Nosso viver é repleto
De glórias e desenganos
A vida é uma charada
Que DEUS deixou pra os humanos
Cabendo a nós decifrá-la
Com a passagem dos anos

Ciro Filó.
Meu coração de poeta
Já chorou nas madrugadas
Já se iludiu com palavras
De algumas ex-namoradas
Não brincou mas foi brinquedo
Na palma das mãos erradas.
Marcos Rabelo
 
 
O juízo do poeta
Tem extensões secundárias
Em áreas imaginárias
Onde a visão se completa
De abstrata a concreta
Ela vai se transformando
Aos poucos vai se moldando
No sentimento que exprime
Mostrando o quadro sublime
Da mão de “DEUS” desenhando.

Ciro Filó
 
 
 
Entre as noites sensuais
De tanta atração legítima
Eu terminei sendo vítima
De ilusões sentimentais
Se não me amava mais
Bastava dizer que não
Não me abraçar no colchão
Nem se deitar no meu peito
Você não tinha o direito
De ferir meu coração
Marcos Rabelo
DOCES LEMBRANÇAS

MANDO DE VOLTA AS CARTAS QUE ENVIASTE
ME DECLARANDO TÃO PROFUNDO AMOR
E TE PERGUNTO PORQUE É QUE DEIXASTE
O PEITO DE AMAS SOFRER TANTA DOR

AH! LINDAS NOITES AS QUAIS ME AMASTE
E EM BEIJASTE, TAL QUAL BEIJA-FLOR,
NOITES ARDENTES EM QUE DELIRASTE
E TROUXESTE À TONA UM SONHO MULTICOR

HOJE MEU PEITO TRISTE, AMARGURADO.
TRANSFORMOU TODO SONHO DO PASSADO
NESTE MUNDO CINZENTO EM MEU PRESENTE

PARA MIM, RESTARAM SÓ DOCES LEMBRANÇAS.
QUANDO AGARRAVA TUAS LONGAS TRANÇAS
E TÚ ROÇAVAS EM MEU CORPO QUENTE.

Ciro Filó.
 
Antonio Alvares
TRÊS GERAÇÕES DE AMANTES...
DE UM BOÊMIO HIGHLANDER ***

Malícia que me seduz
Deleite da minha visão
Rosados mamilos em riste
Têm fermento igual a pão
Inchada aréola a ostentar
Bicos com sinal subliminar
Da libido excitando tesão

Uma boca tão sensual
Na subida do meu olhar
Teu empinado nariz
Atiça-me te desejar
Olhos firmes de sentinela
O teu olhar é uma janela
Aberta pra eu entrar...

Longos fios de cabelo
Em desalinho é cachoeira
A espalhar no lindo busto
Mechas de fêmea arteira
Deixando-me de certa forma
Num momento de bobeira...

Olho mais e fico pasmo
Na descida do meu olhar
Uma elipse na vertical
No umbigo se fez formar
E os dois ângulos obtusos
Da cintura faz provocar

Instintos mais primitivos
Que aceleram o coração
Em busca do seu prazer
Baixo mais a minha visão
E enxergo estarrecido...
O cúmulo da perfeição!

Mais primoroso, nunca vi
Um monte de Vênus igual
Nenhuma penugem sequer
Num lampinho fenomenal
Ou é perfeita depilação
Ou é fenômeno natural...

Com essa moça perfeita
Princesinha de vinte anos
Revivi um amor decano
Tramado pelos arcanos...
Na época de moço rapaz
Jovem amoroso e capaz
Sua avó eu tinha nos panos

A bela mulher de trinta
Que não aquietava o olhar
Sempre estava na janela
Quando eu estava a passar
Deu-me recado silencioso
Em discreto sorriso tinhoso
Convidando-me a adentrar

No âmago da intimidade
Do recinto de seu lar
Pois o marido viajante
Não parava de viajar
E isso nos dava tempo
E hiato em contratempo
Para deitar e rolar...

A criança de oito anos
Era a linda filhota dela
E onze anos depois...
Formou-se mulher tão bela!
Já professorinha da escola
E com camisinhas na sacola
Sumíamos da cidadela...

Algumas décadas depois
O destino me pôs na mão
A neta da primeira amante
Filha da segunda paixão
Que me largou pra casar
E noutra cidade foi morar
Teve filhas noutro rincão

Os traços de avó e mãe
Da lindeza na mesa ao lado
No restaurante do hotel
Onde eu estava hospedado
Me fez agir com gentileza
Me aproximei com leveza
Daquele sonho dourado...

Acompanhada estava
Das amigas de viagem
Todas jovens e atraentes
Em excursão de mensagem
Acontecida numa cidade
Onde eu estava de passagem

- Eu desejo me apresentar
Sem a intenção de incomodar
Sou amigo de uma senhora
Que talvez possa lembrar
Naquela cidade distante (...)
Conheci quem te vou falar (...)

Ela então se levantou
Com brilho no lindo olhar
Abraçou-me alegremente
E confirmou ter no lugar
A sua avó bem saudável
O que fez me alegrar

Viajaria no dia seguinte
Ela assim me falou
Conversamos longamente
Quando me confidenciou:
- Me aguarde mais à noite
Que no teu quarto eu vou...

E despediu-se sorrindo
Com o olhar enigmático
Característico da sua mãe
E da avó, seu olhar tático...
Que me deixou a flutuar
E meio bobo, fiquei estático!

- Impossível, não acredito!
O destino aprontou bonito...
Pois ela ouvira da mãe
Sobre aquele tão bendito
Caso de aventura escondida
Entre eu e sua mãe querida
E anelava sequência ao dito...

E assim, pois aconteceu
À juventude da Julieta...
Um experiente Romeu!
Uma noite inteira de trocas
Do aprendizado ao apogeu

A felicidade é repentina
E ignora o tempo passar
Highlander, só devo ter
Experiência pra atinar
Sem a pressa de chegar
Ser seletivo e devagar
Na boemia a divagar...

Quem sabe, vou alcançar
Um record pra registrar
Amar quatro gerações
De mulheres e sossegar
Se três gerações já amei
Pois foi nisso que apostei...
Ser Highlander e secular!

Antonio Álvares - Literatura de Cordel
TRÊS GERAÇÕES DE AMANTES...
DE UM BOÊMIO HIGHLANDER ***

Malícia que me seduz
Deleite da minha visão
Rosados mamilos em riste
Têm fermento igual a pão
Inchada aréola a ostentar
Bicos com sinal subliminar
Da libido excitando tesão

Uma boca tão sensual
Na subida do meu olhar
Teu empinado nariz
Atiça-me te desejar
Olhos firmes de sentinela
O teu olhar é uma janela
Aberta pra eu entrar...

Longos fios de cabelo
Em desalinho é cachoeira
A espalhar no lindo busto
Mechas de fêmea arteira
Deixando-me de certa forma
Num momento de bobeira...

Olho mais e fico pasmo
Na descida do meu olhar
Uma elipse na vertical
No umbigo se fez formar
E os dois ângulos obtusos
Da cintura faz provocar

Instintos mais primitivos
Que aceleram o coração
Em busca do seu prazer
Baixo mais a minha visão
E enxergo estarrecido...
O cúmulo da perfeição!

Mais primoroso, nunca vi
Um monte de Vênus igual
Nenhuma penugem sequer
Num lampinho fenomenal
Ou é perfeita depilação
Ou é fenômeno natural...

Com essa moça perfeita
Princesinha de vinte anos
Revivi um amor decano
Tramado pelos arcanos...
Na época de moço rapaz
Jovem amoroso e capaz
Sua avó eu tinha nos panos

A bela mulher de trinta
Que não aquietava o olhar
Sempre estava na janela
Quando eu estava a passar
Deu-me recado silencioso
Em discreto sorriso tinhoso
Convidando-me a adentrar

No âmago da intimidade
Do recinto de seu lar
Pois o marido viajante
Não parava de viajar
E isso nos dava tempo
E hiato em contratempo
Para deitar e rolar...

A criança de oito anos
Era a linda filhota dela
E onze anos depois...
Formou-se mulher tão bela!
Já professorinha da escola
E com camisinhas na sacola
Sumíamos da cidadela...

Algumas décadas depois
O destino me pôs na mão
A neta da primeira amante
Filha da segunda paixão
Que me largou pra casar
E noutra cidade foi morar
Teve filhas noutro rincão

Os traços de avó e mãe
Da lindeza na mesa ao lado
No restaurante do hotel
Onde eu estava hospedado
Me fez agir com gentileza
Me aproximei com leveza
Daquele sonho dourado...

Acompanhada estava
Das amigas de viagem
Todas jovens e atraentes
Em excursão de mensagem
Acontecida numa cidade
Onde eu estava de passagem

- Eu desejo me apresentar
Sem a intenção de incomodar
Sou amigo de uma senhora
Que talvez possa lembrar
Naquela cidade distante (...)
Conheci quem te vou falar (...)

Ela então se levantou
Com brilho no lindo olhar
Abraçou-me alegremente
E confirmou ter no lugar
A sua avó bem saudável
O que fez me alegrar

Viajaria no dia seguinte
Ela assim me falou
Conversamos longamente
Quando me confidenciou:
- Me aguarde mais à noite
Que no teu quarto eu vou...

E despediu-se sorrindo
Com o olhar enigmático
Característico da sua mãe
E da avó, seu olhar tático...
Que me deixou a flutuar
E meio bobo, fiquei estático!

- Impossível, não acredito!
O destino aprontou bonito...
Pois ela ouvira da mãe
Sobre aquele tão bendito
Caso de aventura escondida
Entre eu e sua mãe querida
E anelava sequência ao dito...

E assim, pois aconteceu
À juventude da Julieta...
Um experiente Romeu!
Uma noite inteira de trocas
Do aprendizado ao apogeu

A felicidade é repentina
E ignora o tempo passar
Highlander, só devo ter
Experiência pra atinar
Sem a pressa de chegar
Ser seletivo e devagar
Na boemia a divagar...

Quem sabe, vou alcançar
Um record pra registrar
Amar quatro gerações
De mulheres e sossegar
Se três gerações já amei
Pois foi nisso que apostei...
Ser Highlander e secular!

Antonio Álvares - Literatura de Cordel

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