JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

JOSEMAR RABELO, SEM ÓDIO E SEM MEDO

domingo, 5 de janeiro de 2014

POETAS DA SEMANA

Versos Magnificos do,Magnifico Cardeal da Poesia, Poeta Lima Junior.
Por solicitação do Poeta Josemar Rabelo e de Ari da Farmácia, no mote de Bio Gomes escrevi:

Vejo a sombra da noite se esvaindo
E o sol dando a terra novas cores,
Vejo folhas dançarem juntos as flores
Com o peso do orvalho já caindo.
Uma réstea de um galho se bulindo
Desenhar mil imagens (que nem sente)
Suas folhas varrendo o ambiente
Numa valsa dançada com grandeza.
Todo dia o pincel da natureza
Emoldura um cenário diferente.

Uma nuvem rasgando acinzentada
Peneirando um riacho de esperança
E um vento passar fazendo trança
Na folhagem do milho da baixada.
A galinha cobrindo a pintarada
Num recanto da porta do poente
E um balde que posto no batente
Da biqueira retém a correnteza.
Todo dia o pincel da natureza
Emoldura um cenário diferente.

A cabocla na beira de um barreiro
Com a bota de lama na canela
E uma saia molhada que revela
O desenho das ancas, com seu cheiro.
Traz o um pote de água pro terreiro
Do oitão evitando o lado quente
Pra mais tarde após o sol ausente
Sob a lua banhar sua beleza.
Todo dia o pincel da natureza
Emoldura um cenário diferente.

Até mesmo o breu da noite escura
Cintilando fagulha em céu profundo
Não nos diz quão profundo que é o mundo
No alcance que a vista configura.
Uma estrela cadente se aventura
Deslizando no céu, passa silente.
Qual se fosse um flash pertinente
Com que Deus fotografa a singeleza.
Todo dia o pincel da natureza
Emoldura um cenário diferente.

Lima Júnior
 
 
DESPEDIDA

Risos, beijos, abraços, mãos se abrindo
Era assim nosso amor quando nasceu
A fusão de dois sonhos reunindo
Em um só coração, você e eu.

Construímos pra nós um mundo à parte
E desde então o amargo ficou doce
Nosso mundo abstrato era perfeito
Por mais duro e cruel que o real fosse.

No felizes e prolongados dias
Que estivemos os dois de mãos unidas
Tinham muito mais luz, as madrugadas
Tinha muito mais cor, as margaridas
Tudo tinha um sentido diferente
O nosso amor era belo exatamente
Porque dava sentido às nossas vidas.

Quantas vezes você chorou a ida
Sem poder murmurar-me os seus segredos
Quantas noites chorei sentindo a falta
Da carícia do toque dos seus dedos
Sem que um pouco de alento achasse em nada
Tal e qual a criança abandonada
Que a madrasta separa dos brinquedos

Quantos risos, abraços, quantas chances
Por motivos banais desperdiçamos
A saudade estará em cada curva
Das estradas opostas que nós vamos
Um conselho porém resta pra gente
De que nossa paixão infelizmente,
Não deu certo, acabou, mas nós tentamos.
(Zé Luis)
 
No primeiro mote da mesa na escola Pe. Luis : 

A minha vó completou 
Setenta e nove de idade
E diz que sente saudade 
Do tempo que ela brincou 
Seu passado não voltou 
Presente não satisfaz 
E se eu pudesse em reais 
Dava a ela adolescência 
"Infância é correspondência 
Que o tempo leva e não traz."

Dayane Rocha
 
Elenilda Amaral
A lua já vem rasgando
O corpo do céu nublado
Cada corte que ela faz
Deixa o céu iluminado.
Fui ver sem necessidade
Ativei foi a saudade
Antes não tivesse olhado.
Elenilda Amaral
 
 
Elenilda Amaral
Ainda na I mesa de glosas na Escola Padre Carlos Cottart, no mote monstruoso de Diomedes Mariano, saiu assim:

ABOMINO O PRECONCEITO...
QUALQUER DISCRIMINAÇÃO,
POIS A COR DA PELE NÃO
REVELA SE É BOM SUJEITO.
PRA MIM O MAIOR DEFEITO
É DISCRIMINAR ALGUÉM
DEUS NÃO SEPARA NINGUÉM
NEM BOTA COR NO AMOR
QUEM JULGA ALGUÉM PELA COR
REVELA A ALMA QUE TEM.
Elenilda Amaral
Por não ter ambição presa ao meu peito
Por saber relevar cada injustiça
Pela sede na busca da justiça
E a coragem nos rumos do Direito,
Pelos sonhos que dormem no meu leito,
Pela dádiva do dom que me foi dado
Por tão pouco pedir ao pai amado,
E pelo muito que eu sou agradecida
Pela graça da luz da própria vida
Obrigado senhor, muito obrigado.
Mariana Teles

No teu beijo, Deus bota uma mistura
Que imitá-lo eu acho tão custoso
O teu beijo pra mim, é mais gostoso,
Que uma manga depois que está madura.
Porque que ele pra mim tem mais doçura
Que o miolo da própria melancia
Eu beijei o teu rosto e, não sabia,
Que o teu cheiro ficava em minha face
Se o teu beijo matasse quem beijasse
Eu beijava sabendo que morria
(Aldo Neves)

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